O OUTRO LADO DA MOEDA!!!

10.31.2005

Sobre o Amor por Márcia Maia...

Direi do amor o tudo e o mais além
que amor só sei sentir se mergulhando
inteira nos seus mares, me entregando
o amor do ato de amar não se abstém.

Eu sei do amor no quando e no também
se perco o prumo ou se me abandonando
no amor eu ardo em fogo ou se é brando
afago o que me invade e entretém.



O amor é tudo quando é desse jeito:
sem causa, sem razão, sem outro feito
além de ser eterno vai e vem

Te amo quando longe estou ou perto
(que tantas sou e não me sei ao certo)
pois tudo em ti resumes: e és além.

Márcia Maia

P.S. – Uma felicitação especial pelos dois anos de aniversário dos seus dois Blogs, o Mudança de Ventos e o Tábua de Marés.

A Energia das Ondas

Num anterior post que intitulei “Á Deriva...pelas questões de energia...” referi que voltaria a este tema, de facto estava á procura de matéria de facto para basear a minha intervenção neste campo, referindo-me a uma energia inventada por um investigador do INETI e do IST nos anos 70 aquando do primeiro “choque petrolífero”, a Energia das Ondas.
Na Póvoa do Varzim está prevista a produção de electricidade através das ondas do mar, um projecto piloto que pode arrancar em 2006 na costa da freguesia da Aguçadoura (5 km a norte da cidade da Póvoa de Varzim), e que irá produzir 2,25 megawatts de potência, suficiente para 1500 casas. O investimento será da responsabilidade da companhia britânica Ocean Power Delivery e do grupo português Enersis.
O mecanismo desenvolvido pela Ocean Power Delivery é chamado de Palamis (uma espécie de cobra marinha, baptizada assim devido ao movimento serpenteante do mecanismo), na Póvoa será instalada a primeira aplicação comercial do Palamis no mundo.
A produção de Energia das Ondas tem a desvantagem de depender da força das ondas (se forem fortes produz mais energia, senão produz-se menos), no entanto não gasta combustível nem polui, dado ser uma energia limpa e sem custos adicionais, em Lisboa (mas com sede fiscal no Porto!!!) existe o Centro de Energia das Ondas que é uma associação sem fins lucrativos fundada em 2003, vocacionada para o desenvolvimento e promoção da utilização da energia das ondas através de suporte técnico e estratégico a empresas, instituições de I&D, entidades governamentais e autoridades locais.
Esta energia como renovável que é tem um grande potencial de crescimento, nomeadamente neste cantinho á beira mar plantado, mas como temos um país os projectos terão vir de dinâmicas concelhias e regionais (como aconteceu com o já referido), com a grande quantidade de costa que temos, acompanhada de uma ondulação constante poderíamos aproveitar esta energia de forma regular, fica com este post a informação e a ideia.

10.30.2005

O Irão e o seu Xiismo...no contexto internacional...

As ultimas palavras do Presidente Iraniano, Mahamud Ahmadinejad, embora amplamente divulgadas pela Comunicação Social mundial, constituem a doutrina vigente desde que o Áyatollah Rúdollan Khomeni liderou na área teocrática o Irão, dizer "como disse o imã (Khomeni), Israel deve ser riscado do mapa" e falando numa conferência no âmbito de uma conferência "O mundo sem o sionismo", em Teerão, à qual assistiam cerca de quatro mil estudantes radicais, é comparativo ao Presidente Bush quando fala numa Igreja Evangélica Pentecostal (Movimentos Carismáticos Evangélicos Cristãos que fazem uma missionação activa mas que acreditam na Capacidade de curar do Espírito Santo) de cristãos renascidos “que fala directamente com Deus” e que este lhe deu a incumbência de “implantar a democracia pelo Mundo através de uma liderança moral dos E.U.A.”.

Presidente Iraniano, Mahamud Ahmadinejad

Mas o mundo aí não se indigna, pois ameaçar um estado de desaparecimento é menos simpático do que dizer-se que todos os estados irão, nem que seja á força, ser moralmente iguais aos E.U.A., entende-se, mas ao mesmo tempo deixa a porta aberta para mais uma flagrante contradição neste mundo em que vivemos.

Falando do Irão, que é diferente do Iraque, pois não existe nem a diversidade religiosa e cultural nem a oposição que acabou por haver e há, neste ultimo, com as tensões nessas comunidades, os E.U.A., se tiverem estrategos mais inteligentes não se atreverão a entrar por ali a dentro como fizeram com o Iraque ou o Afeganistão.

Áyatollah Rúdollan Khomeni

Religiosamente o Irão é Xia, ou seja composto por Xiitas (ou defensores do Xiismo) estes representam ± 10 % dos crentes do Islão, sendo muçulmanos que perpetuaram a opção dos que aceitaram que a direcção da comunidade muçulmana devia ser conferida por herança, sendo no entanto a corrente minoritária adoptada pelos seguidores do Profeta Muhammad, todos eles aceitam como primeiro Imã Ali-Harafyya que era primo e genro, para além de companheiro de primeira hora, do Profeta Muhammad, sendo que todas as vias (pois há quatro vias principais divididas em várias sub-vias) aceitam a autoridade de um Imã e as suas interpretações a nível cientifico e esotérico sendo esta a fonte religiosa para estes, ao contrário dos sunitas que só aceitam os referentes à sunna (termo que normalmente é traduzido por “a tradição”, etimologicamente “o comportamento” do Profeta tal como o estabelece e o relata a tradição, sendo que esta inclui os “ditos” ou hadith de interpretação corânica e os actos do Profeta), quer este Imã esteja vivo ou oculto, tendo sido atribuída a autoridade neste ultimo caso, a um clero que é admitido ou imposto e que tem uma hierarquia própria para cada uma das vias.
Os Xias Iranianos seguem a via (grandemente maioritária entre os Xias) dos Duodecimânicos, ou seja, acreditam que é outra a identidade do sucessor do sexto Imã, Jáfar al-Sádiq, que não é Isma´il (referência dos Septimânicos) mas Músa al-Kázim, sétimo Imã para esta corrente e não Isma´il filho primogénito de Jáfar al-Sádiq, que morreu antes de este falecer, segundo esta corrente Isma´il encontra-se afastado da sucessão pelo facto de ter morrido antes de atingir o Imanato e que os Imãs se sucedem na linhagem de Músa al-Kázim, segundo o direito do mais velho, até ao décimo segundo, chamado de al-Imán al-Máhdi al-Mutazar (o Imã bem guiado, esperado), um Paráclito, sendo que este ultimo Imã não morreu, apenas desapareceu aos olhos dos homens que continuam a depender da sua autoridade. Os Iranianos em particular crêem que o Imã oculto desde a sua “apoteose”, exerce a sua autoridade sobre os fieis tendo como intermediário, não apenas admitido mas imposto, uma Hierarquia de Mujtahid ou “gente que faz um esforço (ijtihád) de procura da verdade”, tendo títulos que evocam as suas competências e as suas atribuições, como: o “Mestre” (Mollah); “Sinal de Deus” (Áyatollah); o “Argumento do Islão” (Hojjatolislám); “Vigário do Imã” (Naíd-al-Imán) sendo que único até agora reconhecido foi o Áyatollah Rúdollan Khomeni.

al-Imán al-Máhdi al-Mutazar

Organizam-se mediante esta organização a totalidade dos Xiitas Duodecimânicos, o que por esta unidade os faz ser a esmagadora maioria dos Xias, influenciando a organização (quando não tutelando) a Hierarquia iraniana, a maioria Xiita Iraquiana e as minorias Xias dos restantes países, obtendo como se viu a solidariedade de todos os Xiias sobre as afirmações produzidas por Mahamud Ahmadinejad.

Quando este foi eleito, com um Currículo “invejável” no passado de ter liderado o ataque á Embaixada dos E.U.A. em Teerão, ganhou a tendência conservadora e que governa actualmente todos os órgãos do poder político, que se filia na ideia que o poder político tem que se submeter á Hierarquia religiosa e não o contrário como defende a tendência moderada (que perdeu as eleições com Akbar Hashemi Rafsanjani) e que até á pouco tempo governava o poder político. Por este motivo tais ideias, sobre Israel, já tinham sido repetidas vezes sem conta na sua campanha eleitoral, então não eram levadas a sério. E agora deverão ser?


Akbar Hashemi Rafsanjani

Posso arriscar que esta afirmação foi mais um meio de afirmação dentro da comunidade Xia e uma obtenção do respeito de entre os Sunitas, o pânico internacional deste modo é irreflectido, não é seguindo as opiniões de uns mentecaptos que não percebem rigorosamente nada de política externa e religiosa (e que actualmente pululam a administração dos E.U.A.) que o mundo tem que temer o Irão, pois o verdadeiro temor tem que vir do seu potencial nuclear e da evolução anti-laica que é uma característica mais dentro do campo Sunní do que do Xia no Islão.

10.29.2005

Blognocio de Outono…como descrever muita coisa…em tão poucas palavras…

Falar do Blognocio de Outono é com este problema que me confronto, tentar descrever muita coisa em tão poucas palavras, houve dezenas de pequenas coisas que poderia destacar, no fundo falar do encontro de pessoas com tantas perspectivas e visões diferentes é tentar descrever a humanidade, e essa não se descreve, observa-se, estuda-se e tira-se como que um retrato universal, só que o mesmo tem um problema não se pode através do negativo, reduzir a descrição ao ponto de se descrever em algumas linhas o que se passou.

Reduzo por esse motivo a minha descrição destacando três sentimentos mais gerais.

Fraternidade (foi este Blog que nos juntou por isso fizemos jus ao seu nome) com que se pautou todo o jantar, pessoas com perspectivas políticas, sociais e vivências culturais distintas conviveram como se conhecessem á séculos (sendo que umas já se tinham encontrado e outras, como eu, não).

A Liberdade discursiva e respeitosa que uniu todos os convivas e participantes, ao ponto de as somas de vários se completarem, havendo neste encontro blogueiro ou da sua comunidade um ponto em comum, todos eram "vizinhos" (virtuais) uns dos outros, ou seja, conheciam as suas diferenças e perspectivas por esse motivo o que se fez naquele jantar foi aprofundar as mesmas e partilhar outras.

Por fim a Solidariedade que se tentou implementar, através da ideia deixada pela Sandra Feliciano, da existência de uma Associação da Comunidade Blogueira, que servisse alguns propósitos, de entre estes destaco a regulação da mesma sobre vários princípios éticos generalistas, a protecção dos direitos de autor dos Blogueiros e a ajuda aos iniciados neste mundo criando um centro de recursos sobre os Blogs (os objectivos referidos são finais, o projecto traça um caminho evolutivo, em que o final se reverte, de entre outros, nestes pontos).

Sobre estes três signos e com a perspectiva de se realizar outro em Janeiro em que a Associação fosse um assunto incontornável do mesmo encontro, aí já com ideias e contributos pensados por todos (partindo do excelente trabalho da Sandra), fomos todos para casa com a convicção reforçada de que partilhámos experiências e vivências e que demos o nosso tempo por bem empregue.

10.27.2005

A PEDRA




O distraído nela tropeçou.
O bruto a usou como projéctil.
O empreendedor, usando-a, construiu.
O camponês, cansado da vida, fez dela assento.
Para meninos, foi brinquedo.















Drummond a poetizou.
Já David matou Golias.
Miguel Angelo extraiu-lhe a mais bela escultura...
E em todos esses casos, a diferença não esteve na pedra, mas no homem!
Não existe "pedra" no seu caminho que você não possa aproveitá-la para o seu próprio crescimento.

10.26.2005

Sobre as votações...apelar á votação na minha concorrente...

É interessante verificar o concurso que agora entro o 1.º Blog Cup Super Show, todos os concorrentes, de uma maneira ou de outra, entram num espírito de competição saudável e põem posts a pedirem para votar neles.

Decidi fazer diferente (inclusive até porque já votei nela várias vezes), porque até simpatizei com a minha concorrente nesta eliminatória, a “palavras de ursa” (da Margarida V.), que tem posts de poesia castelhana (língua que conjuntamente com a portuguesa será uma das que, pode pela sua riqueza linguística, ser uma das línguas de futuro num mundo unido e globalizado) bastante bonitos, vejam estes, “Amo-te quando te amo” e “Enganou-se”, e outros políticos e sociais muito interessantes, por exemplo, “10 Anos de prisão”, “Standing up for freedom” e “Unite for children” (é pena é ser do FCP, mas ninguém é perfeito), por isso apelo ao voto no Blog dela, acho que vai ter mais sucesso nas votações do que o meu, pois sempre tive o espírito mais de participar do que de competir, pois partilho mais daquela visão/reflexão que se encontra no Blog desta por parte do citador (que até veio a propósito): "O sucesso é uma consequência e não um objectivo" de Gustave Flaubert.

Conferência do Clube Loja de Ideias...a não perder.


O Clube «Loja de Ideias» convida a estar presente na sua iniciativa

«A evolução do sistema eleitoral em Portugal
(do vintismo aos nossos dias)»

que ocorrerá na
Biblioteca-Museu República e Resistência
(Rua Alberto de Sousa, 10-A à zona B do Rego)

Quinta-feira, dia 3 de Novembro de 2005, pelas 21.00h.
No âmbito do ciclo sobre a «Reforma do Sistema Político Português», e no seguimento das suas recentes iniciativas, o Clube «Loja de Ideias» apresenta a conferência «A evolução do sistema eleitoral em Portugal (do vintismo aos nossos dias)». Este evento pretende apresentar uma evolução política e legislativa do direito de voto em eleições em Portugal, numa perspectiva histórica sistematizada e comparada.

Num tempo históricos de incertezas e vontades reformadoras, interessa-nos procurar, na nossa existência colectiva, por um passado de participação cívica interessada e progressista. Para esse efeito propomos um recorrido aos últimos dois séculos pretendendo retirar para o nosso presente indícios de continuidade e de rupturas com os nossos velhos hábitos eleitorais.

A iniciativa contará com a presença dos seguintes conferencistas:

Zília Osório de Castro (FCSH/UNL), sobre o Vintismo

Paulo Jorge Fernandes (UAL), sobre a Regeneração

José Tavares Castilho (CEHCP-ISCTE), sobre a I República

José Reis Santos (FCSH/UNL), sobre o Estado Novo

Pedro Alves (FDL), sobre a III República

Moderador: Jorge Macieirinha (Clube «Loja de Ideias»)

Debate aberto ao público.

O Clube «Loja de Ideias» apresenta-se como uma iniciativa não partidária e não ideológica e tem como objectivos contribuir para a construção de novos espaços de debate e intervenção política, fora dos círculos institucionais, visando uma melhor e oleada articulação entre a sociedade civil e a sociedade política e partidária; em suma, contribuir para a melhoria da relação entre o cidadão e a Cidade.

10.25.2005

Presidenciais 2006

Reflecti bastante sobre este assunto, nomeadamente sobre que candidato apoiar depois de ter elaborado um perfil, em que repito se enquadrava qualquer um, tenho diante de mim as várias possibilidades de pré-candidaturas anunciadas.

Antes de passar ao concreto diga-se de passagem que estas eleições, tem para mim uma importância marginal em termos ideológicos, tal como as legislativas, representam algo em que não me revejo, não só na sua acepção nacional como nas funções que exercem que me parecem manter o “status quo” enquistado de um significado com existência politica, a nação, que é o “objecto de trabalho político” ou “significado ideológico” presente que se tornou central e incontornável do nosso tempo. O desprezo que nutro por esse objecto ou significado, tem a ver com o facto do mesmo levantar mais barreiras e problemas do que soluções, que serve, e serviu, para manter egoísmos e a descredibilização crescente na democracia e a não resolução, por parte dos poderes instituídos da mesma (mesmo que tenham boa vontade), de forma humana e fraterna dos principais problemas que a humanidade (e os cidadãos políticos livres que a compõem) enferma, não só por limitações de espaço e impacto das politicas realizadas mas também porque não se pode hoje em dia resolver problemas com base em fronteiras limitadas sem se ter em conta que a Terra é Pátria e é Gaia e a humanidade é um todo sem raças (pois estas atribuímos nós ficticiamente aos animais irracionais) mas com diferentes modos de crença e vivências culturais distintas.


O Tabu pariu um rato...

Esta é a expressão que poderei utilizar para o candidato que apareceu como o D. Sebastião dos actuais média, o Salvador que irá vingar a Direita das derrotas humilhantes sofridas nos últimos tempos.

Nunca conseguirei sentir hepatia por Aníbal Cavaco Silva, faz-me recordar tempos em que o autismo e a arrogância eram lei, onde ao poder absoluto se associou uma classe chupista de apaniguados políticos, em que se secava tudo á sua volta com teorias do milagre económico e social, que nunca vi e em que uma geração inteira foi reconduzida ao epíteto de "rasca" por contestar medidas de avaliação injustas e reivindicar mais qualidade para os estabelecimentos de ensino que frequentavam.

O "Homem do Tabu" irá ter problemas fortes com a mediatização e popularização da campanha, pois não se pode transformar uma pessoa hirta e antipática num fenómeno generalizado de aceitação popular, nem mesmo com os impérios da Impresa e da Média Capital por detrás, o primeiro por interesses comuns partidários o segundo por este ser da "Opus Dei" (assunto de que falarei num post mais á frente).


A esquerda partidária...


Começando por Jerónimo de Sousa, por principio e por saber com o que posso contar, nunca apoiaria alguém que pertence á direita da esquerda, quem defende uma ideia centralizadora de poder e de forma continuada preconiza ataques sistemáticos a toda a esquerda, pois se arroga (arrogam) o direito de ser os únicos de esquerda, quando na realidade são os únicos fascistas de esquerda, por ser contra o fascismo, nunca apoiaria um candidato que o defende, mesmo que só ideologicamente.

Francisco Louça, alguém que se candidata em nome e por causas fracturantes e bandeiras já conhecidas, tem um ligeiro problema com a ideia da União Europeia (como aliás o anterior também tem), ter um Presidente que é "Euro desconfiado" é para mim um contra-senso, aliás nunca percebi essa posição do Bloco de Esquerda e continuo sem a perceber, por esse motivo dispenso o modismo de lhes dar o meu voto e por arrasto a este o meu apoio.

Ambos os candidatos atrás referenciados aparecem claramente com os seus partidos e militantes e simpatizantes, na sua esmagadora maioria unidos aos mesmos, pelo que não só deturpam o espirito das candidaturas presidenciais, como não percebo como é que o Tribunal Constitucional pode aprovar, tais candidaturas e candidatos que referiram várias vezes, em vários órgãos de comunicação social, que não foram estes que decidiram avançar, mas que foram os órgãos dos seus partidos que o decidiram por estes.

Entre o Socialismo e a Social-Democracia...

Na área Socialista (efectivamente socialista e não marxista-leninista ou de marxismo multicolor) surgiu Manuel Alegre, o poeta será com certeza uma boa novidade, tentará "levar a imaginação ao poder" veremos se o deixarão? Embora nutre simpatia por este, nunca o apoiaria, por uma razão, a de que me separa deste e da sua ideia de "Pátria", bem como do "patriotismo" a que este tanto se refere até á exaustão, esse nacionalismo de esquerda, que muitos julgam saudável, mas que para mim não passa de um egoísmo encapotado igual ao da direita ou da extrema-direita, a ideia de "Pátria" (como a de nação Portuguesa) trouxe-nos até aqui e não acredito que, ao cavarmos uma trincheira mais funda atrás desta sejamos capaz de evoluir para uma coisa melhor. O que me afasta de Manuel Alegre, poderia juntar-me a Mário Soares, que felizmente não tem essas teias de aranha, é um Federalista Europeu convicto (embora algo mitigado em alguns aspectos) e tem ao contrário do que muitos pretendem passar, ou até pensam, uma juventude de pensamento que o faz estar á frente de qualquer ideia mais cristalizadora de uma Social-Democracia já implementada (tenha esta experiência sido nórdica ou alemã), ideologia que como este diz "se renova com a experiência", aliás é o único candidato ideologicamente realmente ao centro, com a esquerda depois do hífen. É interessante verificar que Cavaco Silva é liberal o que pressupõe que em termos ideológicos esteja nitidamente á Direita (pelo menos no quadro ideológico Europeu Continental). Mas o grande "tribuno", também não levará o meu apoio, pois falhou em duas coisas essenciais, primeiro não se mostrou capaz de se anunciar sozinho e depois esperar que o P.S. o apoiasse como seria lógico, mas fez o contrário, o que dá a ideia que concorda com a partidarização do cargo, errou e o P.S. também. Não ficou bem a este ter entrado no jogo, acho que não fui o único a referir-lhe isso, outros mais competentes e com mais ascendência sobre este o fizeram. E para além disso e em segundo lugar, Mário Soares, hipotecou o consenso á esquerda (mesmo que este fosse tardio, ou seja, só na segunda volta) ao anunciar-se com uma boa parte das estruturas políticas de topo do P.S. presentes, rejeitando um apoio do Bloco de Esquerda, será que este não tinha força para avançar sozinho? Claro que tinha! Não o fez, por isso errou. A prova que as coisas foram e continuam a ser mal conduzidas é esta parvoíce persecutória aos apoiantes de Manuel Alegre dentro das estruturas partidárias do P.S., provocando o efeito boomerang de muitos militantes socialistas, o apoiarem pois estão contra o Secretariado e a nomenclatura que o apoia. Veremos as cenas dos próximos capítulos!!!

A minha candidata...



Diante destes factos pus-me á procura de candidatos verdadeiramente independentes, ou seja, que não vivam á sombra de partidos ou de facções dentro destes (sejam ou não pesos políticos democráticos ou referencias de pensamento de cada um dos lados ideológicos), a entrevista de Manuela Magno ao Jornal de Noticias convenceu-me e decidi apoiá-la, aliás já tinha, antes de haver o anuncio destas cinco candidaturas referidas, mostrado bastante simpatia pela sua pré-candidatura, o porquê dessa simpatia, deve-se a vários motivos, entre outros o de ser independente da partidocracia dominante, o de ter um óptimo Currículo e de não ter objectivos que não sejam os de apresentar civicamente uma candidatura e com esta mostrar que a ditadura partidocrática pode ser torneada, agora só precisamos de 7.500 assinaturas.

10.22.2005

III Reflexões pós eleitorais ás Autárquicas 2005

Quando analisamos os resultados a frio, duas semanas depois, tiramos três conclusões que são indiscutíveis e que se podem tirar de quaisquer outras eleições locais, municipais ou comunais realizadas noutro qualquer país ou território deste planeta, a saber:
Nas autarquias locais ou comunais os cidadãos eleitores escolhem essencialmente as pessoas, tendo as políticas nacionais governamentais uma influência marginal, mas não desmesurável em alguns centros urbanos, nomeadamente os centros urbanos próximos dos centros de poder ou com áreas urbanas concentradas;
Por razões diversas a abstenção diminui de forma clara, esta só aumenta ou se mantém por factores puramente locais que normalmente são desligados dos factores abstencionistas a nível de uma eleição nacional ou federal, de entre outras temos, o facto de o candidato local apresentado não ser suficientemente mobilizador, os cidadãos não se sentirem motivados pelos programas apresentados, o facto dos cadernos eleitorais não estarem actualizados e muitos cidadãos não residirem no local onde estão recenseados e por esse motivo não sentirem que o seu voto contribuirá para melhorar o sitio onde vivem (passa-se muito mais isto na Europa do que podemos imaginar) e por fim o descrédito que o poder local possa ter com as politicas até agora desenvolvidas;
Por ultimo a conclusão que, independentemente da maior ou menor identificação com o cidadão escolhido ou a abstenção existente, á sensação que as autarquias locais, municipais ou comunais fazem mais pelos cidadãos do que quaisquer outras politicas governamentais realizadas a nível central, podendo-se explicar este fenómeno pela proximidade entre os eleitos e os eleitores e pelo facto de em muitos países este poder ser menorizado em termos de tomada de decisões em termos ficais ou de politicas de segurança pública (por exemplo na América do Norte esta é uma função essencialmente local) o que cria a sensação que as autarquias apenas dão ou criam condições e fazem coisas essencialmente positivas (mesmo as acções negativas são vistas como a realização de alguma coisa) em oposição ao governo central que é muitas vezes o que anuncia as medidas mais negativas (como o aumento de impostos ou as restrições salariais ou de apoio ao investimento ou á sua criação).

No fundo o poder ser mais próximo cria vários factores, mesmo havendo factores que já aqui referimos que podem deturpar os apresentados, resumidamente e com alguma dose de garantia de que serão inquestionáveis, o poder local, comunal ou municipal:
Investe melhor o dinheiro que lhe é dado pois há um controlo por parte dos cidadãos mais próximo, sendo maior a probabilidade de alguém que não o faça não ficar muito tempo a ocupar os lugares em que exerce o seu poder;
Há uma maior proximidade entre os cidadãos eleitores e os eleitos havendo por esse motivo uma maior identificação;
A descredibilização política é menor pois sente-se que há uma maior possibilidade tanto de controlo como de denúncia dos actos com que não se concorda.

Por esse motivo quando se fala de reforma do sistema eleitoral e da aproximação dos cidadãos eleitos aos eleitores, estar a pensar-se macropoliticamente sem se ter em conta estes factores micro políticos é tentar pensar-se no todo sem se preocupar por parte importante do mesmo todo que se pretende resolver, reflectir sobre este aspecto é por esse motivo fundamental, utilizando um slogan que já esteve muito em voga (não percebo porque desapareceu), temos que “agir localmente para pensarmos globalmente e pensar local para agir global”.

10.19.2005

Sete Mares tão próximos...

Encontram-se pessoas de todos os cantos nos lugares mais inesperados, no ultimo Blognócio de Outono que terei o prazer de fazer um relato mais detalhado num post mais á frente, encontrei um Blogueiro (decidi-me por esta versão mais aportuguesada do nome), que anima culturalmente São Domingos de Rana, a freguesia onde vivo quase desde que nasci, estando agora a promover diversos encontros de poesia na Biblioteca Municipal de São Domingos de Rana, também irá lançar um livro de poesias suas no dia 19 de Novembro pelas 19 horas no mesmo espaço.
Este, tem um Blog, o Sete Mares, por estes motivos o Jorge Castro (ou OrCa), merece esta referência especial.

10.18.2005

Impressões pessoais sobre a conferência, do Clube Loja de Ideias, sobre a reforma do sistema eleitoral de 13/10...

A Iª Conferência sobre a reforma do sistema eleitoral, pois esta insere-se num Ciclo, tendo o “Clube Loja de Ideias” programado mais três, a próxima está anunciada neste post, esta intitulava-se “Reforma do sistema eleitoral português. A discussão Hoje.” E contou com a presença dos seguintes convidados conferencistas:
Fernando Rocha Andrade, Subsecretário de Estado da Administração Interna;
João Rebelo, Deputado e representante do C.D.S.-P.P.;
João Teixeira Lopes, Deputado e representante do B.E.;
Victor Dias, Membro do Comité Central e representante do P.C.P., enviado em substituição de António Filipe;
Faltando o representante a indicar pelo P.P.D./P.S.D., alegando o referido partido para a ausência de um seu representante, com o facto de se realizar naquela noite um Conselho Nacional do partido, o que impedia presença de alguém que falasse por este e tendo chegado atrasado por engano do local o Deputado João Rebelo.


A ausência do representante nacional do P.P.D./P.S.D., levou a que os representantes dos “partidos médios” (utilizando a designação utilizada por João Rebelo) pusessem em causa as propostas apresentadas pelos “grandes partidos”, as primeiras intervenções foram esclarecedoras e enriquecedoras, resumidamente e retirando os pontos mais importantes focados por cada um:
O Deputado João Rebelo criticou as propostas apresentadas de reforma do sistema eleitoral para Assembleia da Republica pelo P.S. e pelo P.P.D./P.S.D. de forma veemente e bastante esclarecedora, apresentando uma proposta alternativa, que na prática só ia alterar pontualmente o sistema vigente de eleição dos deputados á Assembleia da Republica.
Fernando Rocha Andrade, Subsecretário de Estado da Administração Interna, explicou a proposta do P.S., distanciando-se da proposta de reforma apresentada pelo P.P.D./P.S.D., bem como explicou o sistema complexo em que esta se baseava, um sistema misto com círculos uninominais e federando um dois concelhos/áreas eleitorais, com círculos de correcção regionais/distritais (este rebateu a opinião que o sistema não era bem misto mas sim um “sistema de representação proporcional com círculos uninominais com candidaturas maioritárias”), podendo haver uma votação no candidato nos círculos uninominais e na lista do partido nos regionais/distritais, defendeu as virtuosidades do modelo e rebateu as criticas de que iria transformar os “partidos médios” em “partidos pequenos”.
Victor Dias, criticou as propostas apresentadas de reforma do sistema eleitoral para Assembleia da Republica pelo P.S. e pelo P.P.D./P.S.D., referiu que a proposta do P.S. tinha como “pai” ideológico o Prof. Dr. Luís Nunes de Almeida (Ex-Presidente do Tribunal Constitucional) e que nem este acreditava muito nesta, dizendo que a tinha apresentado porque assim evitaria que se apresentasse uma pior, referiu ainda que os deputados dos “partidos médios” (B.E., P.C.P. e C.D.S.-P.P.) foram eleitos com um número maior de votantes que os do bloco central, por fim, criticou ao de leve as propostas de alteração apresentadas pelos partidos maioritários de alteração ás eleições das autarquias locais, nomeadamente sobre a composição dos executivos serem formados unicamente por uma cor politica e/ou lista (a que fosse mais votada).
Teixeira Lopes, do Bloco de Esquerda, referiu que o problema das reformas apresentadas até agora pelos partidos não atacava o ponto essencial, que era a sensação de distância entre os eleitos e os eleitores, referindo que a proposta do P.P.D./P.S.D. era demagógica quando referia a diminuição do número de deputados, apresentou como contra propostas ás apresentadas pelos partidos do bloco central parlamentar os estudos do Sociólogo Boaventura Sousa Santos.



Passou-se entretanto ao debate, numa primeira ronda intervieram quatro assistentes do público: Jaime Santos; Dr. António Alvim (médico); Pedro Louro (advogado); Luís Alberto Teixeira (Jornalista). Nesta ronda de referir que foi levantada a questão do sistema eleitoral para o poder Judicial, criticando (o Pedro Louro) o sistema actualmente vigente, também destaco que o Dr. António Alvim disse que iria publicar recentemente um livro sobre o assunto dando alguns dados bastante importantes que enriqueceram o debate.


Nas respostas os quatro conferencistas opuseram-se a uma alteração do sistema eleitoral para o poder judicial, o Fernando Rocha Andrade rebateu as diversas criticas efectuadas á sua intervenção e modelo proposto de reforma tanto pelos intervenientes do público como pelos restantes conferencistas e o Victor Dias explicou em mais detalhe a oposição do P.C.P. á alteração as apresentadas pelos partidos maioritários de alteração ás eleições das autarquias locais.

Na segunda ronda de debate intervieram nove assistentes do público: Ernesto Bruno; Manuela Magno (professora universitária e pré-candidata á Presidência da Republica); António Lopes (professor); Carlos Ferreira (professor); Fernanda Anjius (professora universitária); Manuel Pedro; Diogo Moreira (professor); Dário Rocha (estudante) e Ricardo Fresco (gestor de cliente bancário). Nesta ronda de intervenções destaco várias intervenções, a da Manuela Magno que perguntou como é que os partidos pretendiam com as várias propostas de alteração dos sistemas eleitorais chegar mais próximo dos cidadãos eleitores, a do António Lopes (ou será do Carlos Ferreira) que referiu que tinha feito com os seus alunos do secundário vários exercícios sobre este assunto e a do Diogo Moreira que fez uma pergunta bastante pertinente, se os círculos uninominais apresentados na proposta do P.S. previam a eleição de independentes (infelizmente esta pergunta, juntamente com outra que já não me recordo, ficaram sem resposta pelo Subsecretário de Estado).

Na ronda final os três convidados conferencistas (o Deputado João Rebelo devido a ter que se deslocar para o Porto por razões de agenda teve que se ausentar mais cedo), falaram sobre as suas visões de futuro sobre a mesma reforma, focalizando mais a da reforma do sistema eleitoral dos deputados á Assembleia da Republica, pelo que á 0:30 minutos do dia 14 de Outubro se deu por encerrado o debate (que começou atrasado ás 21:35 do dia 13 de Outubro).

Conclusões:

A conferência correu bastante bem, tivemos cerca de 70 assistentes, com uma audiência que cada vez mais vem pelos anúncios (na Visão e no Público) e por curiosidade do debate e menos porque pertence ao círculo de amigos dos integrantes do Clube Loja de Ideias, foram também feitos reparos a alguns pontos na organização da conferência pelos assistentes, que agradecemos e levamos em conta.

O que continua a falhar é o interesse dos órgãos de comunicação social sejam escritos, radiofónicos ou visionados, sinceramente não me ocorre, no dia 13 de Setembro, que assuntos ou noticias se deram como tão importantes para não haver uma cobertura mesmo que mínima de um debate tão esclarecedor.

A utopia...

A utopia está lá no horizonte.
Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos.
Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos.
Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei.
Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.

Eduardo Galeano

10.12.2005

Arquitectos do Poder

Para quem desconhece, mas que muitos gostam de falar (e quando falam muitos destes mandam umas atoardas fortes) sobre o assunto e passando a publicidade faço aqui uma remissão para o excelente artigo, públicado no DIÁRIO DO COMÉRCIO, intitulado: ARQUITETOS DO PODER.

Sem comentários para este cantinho á beira mar plantado, pois aqui as teias de aranha abundam e os pré juízos são mais que muitos, basta comparar-mos o excelente artigo referido, com uma análise jornalística objectiva e informada e o lixo jornalístico que se escreveu no SEMANÁRIO (já percebemos porque quase acabou o “Comércio do Porto”, as pessoas e certos sectores católicos, preferem ler, este caixote de jornalismo feito de mentiras), intitulado PS dividido no ataque à Igreja Católica, que ferirá até os cidadãos inteligentes e informados, que como eu, não pertencem ao partido visado.

II Reflexões pós eleitorais ás Autárquicas 2005

A reflexão pós eleitoral sobre as autárquicas, tem a ver com as candidaturas independentes, não baterei mais no quarteto já conhecido do “Partido dos Piratas”, nem falarei sobre as responsabilidades que a partidocracia ditatorial dominante tem em relação ao descredito de tais figuras, já o fiz num anterior post.

Falarei sobre o acesso a estas, existe uma Lei Orgânica que as rege, não só estas mas todas, esta lei orgânica a nº1 de 14 de Agosto de 2001 que é extensa quanto baste tem uma versão explicativa mais centralizada no assunto feita pela Comissão Nacional de Eleições, por isso oficial, intitulada: Processo de Candidatura de Grupos de Cidadãos Independentes.

Ao lermos tanto a lei como a versão explicativa reduzida, verificamos três gritantes diferenças entre o acesso de uma candidatura realmente independente ao sufrágio e uma candidatura partidária pertencente á oligarquia actualmente governante.

Começando pela apresentação das candidaturas das listas dos grupos dos cidadãos independentes estes grupos de cidadãos tem que apresentar no mínimo entre 50 e 2000 (no caso da esmagadora das urbanas) nas freguesias e de 250 a 4000 (no caso dos tiverem acima de 250.000 eleitores, pois a proporcionalidade ultrapassa largamente esta fasquias se fosse aplicada a formula) nos municípios. Dirão que será um objectivo atingível, mas se compararmos que para se constituir um partido precisamos de 7.500 proponentes, qualquer candidato a um município considerado grande (são cerca de 20) terá que fazer mais de metade do esforço e para uma freguesia urbana populosa (cerca de 100) um terço do esforço, incomparável o esforço que exigem, mas talvez seja superável se começarmos a preparar a candidatura com anos de antecedência, ou isso, ou que se tenha caciques ou tenha sido um autarca membro de outro partido.

O prazo para apresentação das listas, é ridículo pois se considera que estes devem apresentar as suas candidaturas tal e qual os partidos, quando sabemos que comparar os factos entre uma estrutura organizada que não tem que recolher assinaturas e outras que tem que o fazer, é no mínimo dificultar a tarefa, ainda para mais quando se pede que as listas cumpram determinados requisitos (não exigíveis aos partidos) e que estas assinaturas dos proponentes sejam ordenadas!!!

Por fim á o caso ridículo e completamente desigual de ás candidaturas independentes ao se exigir que a subvenção estatal só lhes é atribuída mediante o facto de a mesma obter no mínimo 2% dos votos sufragados, dir-me-ão que é um patamar pequeno, mas no fundo a desigualdade comparativa é que conta, pois depois de se esforçarem por obter as assinaturas e de cumprirem determinadas pré condições e requisitos (não exigíveis aos partidos) ainda tem que sofrer de uma desigualdade, pois a subvenção não é discutida quando um partido beneficia do apoio de todos os cidadãos eleitores apenas por apresentar a sua candidatura.

Mas veremos se esta figura não for suficientemente democrática, talvez apareça um “Partido dos independentes” que sirva apenas para isso, para viabilizar candidaturas independentes (sejam de esquerda, centro ou de direita) a todas as eleições e nomeadamente ás eleições autárquicas, veremos, eu e um grupo de cidadãos independentes, esperamos que tal aconteça, senão avançamos com o plano aqui descrito, que não nos agrada, mas no fundo é isso que a actual oligarquia partidocrática ditatorial dominante está a pedir que façamos.

10.11.2005

Bênção Pagã

"Que o caminho seja brando aos teus pés;
Que o vento sopre leve em teus ombros;

Que o Sol brilhe cálido em tuas faces;
Que as chuvas caiam serenas em teus campos.

E, até que eu de novo te veja,
Que os Deuses te guardem nas Palmas da Mãos!”

Conferência do Clube Loja de Ideias...a não perder.


O Clube «Loja de Ideias» convida a estar presente na sua iniciativa

«A reforma do sistema eleitoral português. A discussão hoje.»

Esta ocorrerá na Biblioteca-Museu República e Resistência,
na quinta-feira, dia 13 de Outubro de 2005, pelas 21.00h.
No âmbito do ciclo sobre a «Reforma do Sistema Político Português», o Clube «Loja de Ideias» apresenta a conferência «A reforma do sistema eleitoral português. A discussão hoje». Este evento pretende confrontar as diversas propostas de alteração do sistema eleitoral nacional hoje existentes. Sabemos que o Partido Socialista e o Partido Social-democrata preparam legislação própria sobre a matéria. Sabemos também que contam com a oposição, assumida, de Bloco de Esquerda, Partido Comunista Português e Partido Popular.

Esta actividade procurará, assim, confrontar estas diversas visões e propostas.

A iniciativa contará com a presença dos seguintes conferencistas:

Fernando Rocha Andrade, Subsecretário de Estado da Administração Interna

Joao Rebelo, representante do CDS/PP.

Joao Teixeira Lopes, representante do BE .

António Filipe, representante do PCP

Representante a indicar pelo PSD

Debate aberto ao público.

O clube «Loja de Ideias» apresenta-se como uma iniciativa não partidária e não ideológica e tem como objectivos contribuir para a construção de novos espaços de debate e intervenção política, fora dos círculos institucionais, visando uma melhor e oleada articulação entre a sociedade civil e a sociedade política e partidária; em suma, contribuir para a melhoria da relação entre o cidadão e a Cidade.
Contamos com a sua presença!

10.10.2005

I Reflexões pós eleitorais ás Autárquicas 2005

Irei abordar três reflexões pós eleitorais sobre as autárquicas, a primeira será sobre o que se passou e como deverá ser, neste país (a ficção em que infelizmente resido) um autarca modelo, não só para ter sucesso na sua eleição como para ter larga exposição mediática ou nenhuma, pois esta ultima poderá prejudicar a sua reeleição.

Um autarca modelo deve ser:

Arguido não acusado, os já acusados como se deixaram apanhar não são modelos de virtude (pois quem gama e se deixa apanhar não é digno de ser eleito), tem que concorrer contra o seu partido politico mas no fundo nunca ter saído deste nem terem deixado de ter o apoio das bases do mesmo, expulsas, em vias disso ou ainda militantes.


Deve governar á vista para o povo, não tendo noção nenhuma de visão para o seu Concelho, deve de preferência governar como qualquer ditador populista sul-americano (daqueles que existem na Venezuela, em Cuba ou na Ilha da Madeira), puxando as orelhas aos vereadores, ao pé do povinho (dá um ar que manda) ou mandando “x” ou “y” como seus criados apontarem e resolver os problemas, e de vez em quando virem á televisão, mandarem umas atoardas contra as forças culturais ou desportivas, das suas cidades (conforme os gostos, até á autarcas que escolhem os dois, outros apenas preferem um ou outro).


Mas á outra opção, que o ilibe de governar, que é não fazer mesmo nada pelo seu município e aparecer regularmente nas televisões e revistas, seja em comentários desportivos, se aproveitando da morte de alguém ou indo a festas da sociedade, estes autarcas são dignos da poupança que se lhes exige, pois ao não fazerem nada, para além de não serem criticados, poupam dinheiro e não aumentam o défice publico.
Deve ter uma larga base de apoio financeiro, vindo não só dos “Rotary” (esse centro perfeitamente indiferente aos interesses dos construtores civis) como das forças vivas dos Concelhos como as personalidades mediáticas, os empresários, os meios de comunicação social (nacionais e regionais) e por fim e não menos importante os taxistas, estes grupos são com certeza os maiores financiadores ou apoiantes (visto que os órgãos de comunicação social, seja local ou regional, nunca financiaram nenhuma) das campanhas, a par com o financiamento publico e os fundos próprios dos candidatos (mesmo que muitos sejam uns pobretanas quando são eleitos pela primeira vez).

Por fim um autarca modelo, deve ter uma máquina bem oleada de cacique dos votos, seja com autocarros ou carrinhas em que se vai buscar os eleitores (que vão votar em consciência, sublinho este facto) outra opção é comprar caciques locais, oferecendo-lhes casas ou dando condições para que as suas famílias (que ás vezes até habitam noutros continentes), para fazer com que estes mobilizem os seus “carneiros” (é pena é que haja cidadãos que se prestem a este papel) v. eleitores.

10.08.2005

Dia de Reflexão

Reflectir quando se é parte, ou seja, candidato é difícil reflectir imparcialmente, pois se entrei num projecto, acreditei no mesmo, por esse motivo tornei-me parte deste, ficando assim a reflexão limitada.

Neste dia de reflexão espero três coisas quando as urnas fecharem:

Que haja pouca abstenção, pois vou pertencer a uma mesa de voto e gostava de ver muitas pessoas exercerem o seu acto de cidadania e para além disso mostrava-se que o descrédito é só aparente;

Que os candidatos do “Partido dos Piratas”, a saber Valentim Loureiro, Isaltino de Morais, Fátima Felgueiras e Adelino Ferreira Torres percam contra qualquer outro candidato e que as pessoas na sua sabedoria nos surpreendam, nomeadamente em relação ao primeiro dos citados, embora saiba que a probabilidade de isso acontecer é remota;

Que no meu Concelho, o de Cascais, haja uma mudança e que esta se revele como boa para as pessoas e não mais uma mera repetição dos anteriores que infelizmente fizeram ou muito pouco ou cometeram ilegalidades q. b..

Veremos quantos desejos destes se realizam...

10.06.2005

À Deriva...pelas questões de energia...

No Blog, À Deriva, uma série de posts que começou com “Questões de energia” e finalizou com “Pequena reflexão sobre a energia em Portugal”, pôs em foco excelentes perspectivas “sobre a situação energética actual, com especial atenção sobre o petróleo. Tentei também falar das opções de energias renováveis, tanto as tradicionais, como as mais trendy sem esquecer as mais obscuras. Tentei não fugir à questão do nuclear, tanto na sua alternativa absolutamente "limpa" - a fusão - como o caso presente mais "sujo" - a fissão.” por palavras do próprio autor.
Acho que deveria dar uma ênfase e uma relevância a esta série de excelentes posts, que embora o autor tenha centrado neste cantinho á beira mar plantado, é com certeza transversal e muito relevante.
Ao autor JSA, fica o meu agradecimento, cabe-me a mim agora pensar e se calhar continuar, com um ou outro post, o excelente tema que este lançou, espero não o fazer sozinho, só espero que tenha para isso o mesmo engenho.

10.02.2005

Cavalo à solta

Minha laranja amarga e doce
meu poema
feito de gomos de saudade
minha penapesada e leve
secreta e pura
minha passagem para o breve breve
instante da loucura.
Minha ousadia
meu galope
minha rédea
meu potro doido
minha chama
minha réstia
de luz intensa
de voz aberta
minha denúncia do que pensa
do que sente a gente certa.
Em ti respiro
em ti eu provo
por ti consigo
esta força que de novo
em ti persigo
em ti percorro
cavalo à solta
pela margem do teu corpo.
Minha alegria
minha amargura
minha coragem de correr contra a ternura.
Por isso digo
canção castigo
amêndoa travo corpo alma amante amigo
por isso canto
por isso digo
alpendre casa cama arca do meu trigo.
Meu desafio
minha aventura
minha coragem de correr contra a ternura.
José Carlos Ary dos Santos

O desprezo..

É frequente muitos Blogistas ou Blogueiros (alguém me sabe dizer a designação correcta?) referirem-se a outros, interessante verificar que fazem juízos críticos sobre os textos dos outros, e isto sem que os mesmos provavelmente saibam ou liguem a isso, esse direito como é obvio assiste-os, tanto aos que o fazem como aos que o desprezam, pois estamos numa sociedade livre e qualquer um o pode fazer, não obstante este facto importante, acho um bocado ridículo tais posts com esses comentários a outros post e noutros Blogs, pois a menos que seja algo que o autor reconheça, é redutor ou mesmo improdutivo o fazer.

Faço este post pois é constante tais referencias, até feitas por pessoas que conheço, mas a autofagia nunca foi nem será o que mais aprecio nesses post, pois o que interessa ao JPP do Abruto que falem deste, é o que ele quer, mas se reconhece os outros como interlocutores, não me parece.

Se vos disser que um breve passagem pelo mesmo Blog não me surpreendeu pelo olhar exclusivo para o seu umbigo, tal não vos deixará de espantar, pois os Blogs são na sua generalidade criados para isso, para olharmos para nós e deixarmos as nossas ideias, ou promover outras de que gostamos, mas talvez não sirvam para desprezar, por acto ou por omissão, as opiniões dos outros.

Por esse motivo, desprezo cidadãos que desprezam opiniões de outros, estar a dar-lhes publicidade é ridículo, talvez e depois de ter feito a referência ao Blog em causa, tenha sido ridículo em escrever este post, mas fi-lo com a convicção que o mesmo poderá servir como um alerta e ao mesmo tempo poderá contribuir para que tanto os autores desses posts como os post com essas referências diminuam.

Pelo menos na área da minha vizinhança!!!