O OUTRO LADO DA MOEDA!!!

3.25.2007

Há 50 anos Juntos na Europa!!!




A assinatura do Tratado de Roma, a 25 de Março de 1957, uniu várias nações no seio de uma grande família europeia. Cinquenta anos depois, estamos cada vez mais próximos. Embora continuemos a ser diferentes do ponto de vista da cultura, da língua e das tradições, a nossa união baseia-se em valores comuns:a liberdade, a democracia, o Estado de Direito, o respeito pelos direitos humanos e a igualdade. Cinquenta anos depois, há muito para festejar.

Paz e estabilidade

Cinquenta anos sem nenhuma guerra entre os países que fazem actualmente parte da União Europeia (UE) é um facto histórico sem precedentespara o qual muito contribuíram a integração e o alargamento de seis para 27 países. A União Europeia tem, além disso, sido também um arauto da paz no mundo.


Liberdade e democracia

A democracia é um dos principais valores comuns da Europa. Entre esses valores, destaca-se o da liberdade, que a União Europeia consagrou acrescentando‑lhe novos matizes como a liberdade de circulação de pessoas e de bens além‑fronteiras. Os cidadãos da União podem estudar, trabalhar e viver em qualquer país da UE com um mínimo de trâmites burocráticos, assim como beneficiar das vantagens sociais e no domínio da saúde em todos os Estados-Membros. É possível viajar em cada vez mais países da UE sem precisar de passaporte. A UE lançou também as fundações de um espaço onde as fronteiras já não são um obstáculo à justiça nem à liberdade.

Prosperidade

Os cidadãos da UE beneficiam de alguns dos níveis de vida e sociais mais elevados do mundo. E é precisamente essa a via que a Europa escolheu:assegurar o equilíbrio entre o aumento da prosperidade e o modelo social europeu. Mas uma pujança económica integrada também implica responsabilidades à escala mundial, o que a UE tem procurado reflectir nas suas políticas comercial e de ajuda.

Emprego e crescimento

Trabalhar em conjunto permitiu criar um mercado único: o maior espaço de comércio livre do mundo, uma moeda única partilhada pela maioria dos cidadãos europeus e normas comuns de protecção do ambiente e de segurança dos produtos. A conjugação destes factores fomentou o emprego e o crescimento e alargou o nosso leque de escolhas de produtos e serviços a preços competitivos.


Trata-se, sem dúvida, de resultados únicos que merecem ser festejados, mas não devemos comemorar apenas o passado. Temos uma oportunidade única de compreender melhor o presente, de nos voltarmos para o futuro e de debatermos a Europa que queremos.


3.09.2007

Crucifixos retirados de escolas vendidos em leilão da Câmara Municipal da Chamusca

Os crucifixos que estavam nas salas de aulas das escolas do primeiro ciclo de Parreira e Semideiro foram retiradas pela câmara municipal e vão estar para venda no leilão do município no sábado. O da escola da Parreira foi retirado pelo próprio presidente do município, Sérgio Carrinho (CDU), responsável pelos leilões municipais. Estas eram das poucas escolas da região que ainda mantinham os símbolos religiosos, cuja retirada tinha sido determinada pelo Ministério da Educação no caso de haver queixas. O autarca diz que no dia da votação para o referendo ao aborto, no dia 11 de Fevereiro, em visita às assembleias de voto, reparou que a cruz estava no local e retirou-a. E que a do Semideiro, a última que resistia no concelho, foi retirada há uma semana.

Sérgio Carrinho explica que os símbolos religiosos não devem estar expostos nos serviços públicos por estarmos num Estado laico. “Isto não tem nada a ver com convicções pessoais do presidente ou dos vereadores”, argumenta. Sobre a venda destas duas cruzes e outras duas que já estavam à guarda da autarquia, o presidente sublinha que isso faz parte de uma estratégia que tem vindo a ser seguida. “Temos aproveitado o material antigo das escolas, como mapas, equipamento que já não se usa, para vender”, realça. O leilão do município decorre sábado a partir das 10h30 no Edifício Lagar.

Algumas escolas continuam a manter o símbolo do cristianismo na parede, como acontece na escola do primeiro ciclo de Vale do Paraíso, concelho de Azambuja. Há um ano O MIRANTE fez uma reportagem no local, tendo a então vice-presidente do agrupamento de escolas Vale-Aveiras, Margarida Relêgo, justificado que a cruz nunca foi retirada porque nunca ninguém fez pressão nesse sentido. A professora recordou que quando as escolas eram construídas o crucifixo fazia parte do equipamento que lhes era distribuído.

As escolas do país começaram a retirar os crucifixos depois de uma polémica que estalou em Novembro de 2005, quando a Associação República e Laicidade protestou contra o facto de num Estado laico se manterem símbolos religiosos em edifícios públicos.

"O Trono e o Altar" e a R.T.P.!!!

As cerimónias oficiais da inauguração do novo Centro de Produção da RTP, inseridas nas comemorações do 50.º aniversário daquilo que deveria ser a nossa "televisão pública" foram, uma vez mais, motivo de expressão do arreigado clericalismo de que o nosso regime republicano, às suas mais altas instâncias, teima em não se saber libertar.

Na ocasião – só pode ter sido por ironia!!! –, Cavaco Silva fez discurso a alertar para o facto de a RTP dever ter "especiais exigências de rigor e imparcialidade".
Começou pelos vistos bem a sua imparcialidade em termos religiosos!!!

E quanto ao rigor o que dirá este Presidente da República depois do Policarpo Cardeal ter apelado à condenação moral de pessoas que hajam ao abrigo de uma lei da república!!!
Para saber mais aqui fica uma breve noticia da Associação Républica & Laicidade.

Para quem não viu a reportagem, aqui fica um breve registo em sequência fotografica:









Fonte do post: Site da R&L

3.05.2007

Pretende vir trabalhar para a UE?

Conheça as principais novidades em relação a concursos para as instituições europeias:


Possibilidades de trabalho noutros Estados-Membros:
Mobilidade profissional na Europa

3.04.2007

Declaração de Bruxelas

Nós, o povo da Europa, aqui afirmamos os nossos valores comuns. Não se baseiam numa só cultura ou tradição, mas assentam em todas as culturas que conformam a Europa moderna.

  • Afirmamos o valor, a dignidade e autonomia de cada indivíduo e o direito de todos à maior liberdade possível compatível com os direitos dos outros. Defendemos a democracia e os direitos humanos e procuramos para o maior desenvolvimento possível de cada ser humano.
  • Reconhecemos o nosso dever de cuidar de toda a Humanidade incluindo as gerações vindouras e a nossa responsabilidade e dependência da Natureza.
  • Afirmamos a igualdade de homens e mulheres. Todas as pessoas devem ser tratadas de igual forma perante a lei, independentemente de raça, origem, crença religiosa, idioma, género, orientação sexual ou capacidades.
  • Afirmamos o direito de todos a adoptarem e seguirem uma crença ou religião da sua escolha. Mas as crenças de qualquer grupo não podem ser utilizadas para limitar os direitos dos outros.
  • Defendemos que o Estado deve permanecer neutro em questões de religião e crença, sem favorecer nem prejudicar ninguém.
  • Defendemos que a liberdade pessoal deve ser combinada com a responsabilidade social. Procuramos criar uma sociedade justa baseada na razão e na compaixão, na qual cada cidadão possa desempenhar plenamente o seu papel.
  • Defendemos tanto a tolerância quanto a liberdade de expressão.
  • Afirmamos o direito de todos a uma educação aberta e completa.
  • Rejeitamos a intimidação, a violência e a incitação à violência na resolução de disputas e defendemos que os conflitos devem ser resolvidos através da negociação e por meios legais.
  • Defendemos a liberdade de investigação em todas as esferas da vida humana e a aplicação da ciência ao serviço do bem-estar humano. Procuramos usar a ciência de forma criativa, não destrutiva.
  • Defendemos a liberdade de criação artística, valorizamos a criatividade e a imaginação e reconhecemos o poder transformador da arte. Afirmamos a importância da literatura, da música e das artes visuais e do espectáculo para o desenvolvimento e realização do ser humano.
25 de Março de 2007, no 50º aniversário do Tratado de Roma e da fundação da União Europeia


A Declaração de Bruxelas é um documento que decorre da iniciativa conjunta das Associações:
A mesma já motivou a adesão de muitas outras associações cívicas europeias, bem como de inúmeros cidadãos a título individual.

Trata-se de um texto que, redigido em termos muito abrangentes, visa congregar esforços dos cidadãos europeus no sentido da afirmação e da defesa dos valores seculares/laicos da Europa, designadamente no âmbito de uma (previsívelmente) próxima iniciativa de retoma do projecto de dotar a União Europeia com uma Constituição Política.