O OUTRO LADO DA MOEDA!!!

9.29.2005

Lideres sindicais mortos!!!

Nunca acreditei em teorias da conspiração, aliás acho-as na sua grande maioria “fait divers”, mas dois lideres sindicais assassinados quando lideravam lutas contra a multinacional helvética Nestlé é no mínimo suspeito.
Luciano Enrique Romero Molina

Luciano Enrique Romero Molina era membro da SINALTRAINAL, um sindicato colombiano que já tinha recebido muitas ameaças, em relação ás suas lutas, tanto do governo colombiano como das milícias para-militares de direita, que e ao contrário do que o governo diz não foram desmanteladas, trabalhava para a CICOLAC, uma empresa que é detida pelo gigante alimentar, mas também farmacêutico Nestlé, este foi demitido em Outubro de 2002 depois de ter liderado várias disputas laborais dentro da empresa, embora vivendo escondido desde então, pois recebeu inúmeras ameaças de morte e tendo solicitado protecção governamental, ao abrigo do programa que este governo tem que protege os membros sindicais e lideres dos direitos humanos, protecção essa recusada (na realidade deram-lhe dois telemóveis e mandaram-no para casa!!!), foi encontrado morto, depois de ter sofrido torturas brutais, no dia 11 de Setembro de 2005 no Distrito de Las Palmas na Província de La Nevada, região controlada pelos para-militares de direita.

Diosdado “Ka Fort” Fortuna

Diosdado “Ka Fort” Fortuna, Presidente da União Filipina dos Trabalhadores – Farmaceuticas, Alimentares & Industrias Aliadas (UFE-DFA-KMU) e também Presidente da PAMANTIK-KMU (outra organização sindical de âmbito regional), representava 660 filiados sindicalizados numa fábrica da Nestlé, na região de Laguna, que estavam em greve e boicotavam a mesma fábrica, desde que, em 14 de Janeiro de 2002 a mesma se recusou a acatar um acordo colectivo laboral e retirou os direitos de reforma aos trabalhadores, mesmo havendo uma sentença do Supremo Tribunal dando-lhes razão, este foi morto, em 22 de Setembro de 2005, quando chegava de moto a casa com vários tiros no peito, já chegando sem vida ao hospital, os seus colegas e camaradas, acusam a multinacional de estar por detrás do crime para pôr fim á greve que decorria.

Diosdado aliás sucedeu a Meliton Roxas, que foi morto em 1989 quando estava num piquete de greve na mesma fábrica, mas não é anormal tais factos ocorrerem neste país, pois no ano passado na Fazenda Luisita foram brutalmente assassinados grevistas e lideres sindicais dos trabalhadores agrícolas enquanto lutavam pelos seus direitos, preconizando um triste massacre de má memória.

Separados por 10.000 Km, tais assassínios, dificilmente seriam coincidentes, não fosse os escassos 11 dias que os separam e ambas as lutas que lideravam estarem ligadas á multinacional Nestlé.

Sacco e Vansetti

Não serão com certeza os últimos, mas mais uns mártires, para se juntarem á lista das lutas dos operários e trabalhadores por melhores condições de trabalho, lista essa que tem como primeiros mártires, pelo menos titulados, Sacco e Vansetti, esperemos que as empresas compreendam que não é assim que se resolvem conflitos, e que estes crimes mais uma vez não fiquem impunes.

Eleições legislativas de 2005 na R.A.E.M...

Este post serve para falar sobre as Eleições na cidade estado, com “alguma” autonomia, da Região Administrativa e Especial de Macau (R.A.E.M.), há alguns tempos, que acompanho com especial interesse o que se passa naquele território pelo O Sínico, um blog promovido pelo Ma Ti Long, que tem óptimos posts sobre o território em particular e Ásia em geral.

Fazendo uma análise pessoal das mesmas, verifico com interesse, que os sectores pró aprofundamento da democracia no território e que lutam pelos direitos cívicos venceram as eleições, intitulada “Associação do Novo Macau Democrático”, ficou á frente, com 2 deputados (quase 3) e que conjuntamente com a “Nova Esperança” (ligada á comunidade portuguesa/macaense e aos trabalhadores da função pública) tem 3 deputados, esta ultima esvaziou a influencia da lista “Por Macau” que até agora tinha representado a Comunidade Portuguesa/Macaense, que se viu afastada do hemiciclo regional.

Outras listas com aspirações de aprofundamento democrático ou com forte pendor da Doutrina Social da Igreja Católica e que também eram pró aprofundamento da democracia não conseguiram lugares elegíveis, pode-se inferir que se estes concorressem conjuntamente com a lista vencedora esta teria conseguido 3 deputados e provavelmente conquistado um quarto, talvez na próxima eleição aprendam com esta lição.

Houveram factores preocupantes, é que uma lista ligada a interesses económicos do jogo, e provavelmente a outros ainda menos claros e que tem, como base eleitoral a comunidade chinesa que veio da província de Fujian, intitulada “Associação dos Cidadãos Unidos de Macau” ficou em segundo lugar, elegendo 2 deputados, o seu populismo e interesses não muito claros esvaziaram outras listas, é interessante verificar que é sobre esta lista que pendem suspeitas de ter entrado numa jogada de compra de votos, que está a ser investigada pela Policia e da qual a quadrilha que a organizava, foi preza pelas autoridades uns dias antes, para saber mais sobre este assunto ver este post.

De resto as listas com interesses pró-Pequim quer dividindo-se pelos interesses dos trabalhadores com a lista da “União para o Desenvolvimento” (que representa a Central Sindical “Associação Geral dos Operários”) quer por outros interesses mais locais e tradicionais através da lista “União Para o Progresso” (que defende os interesses da Associação Geral dos Moradores ou "Kai Fong") com dois deputados cada elegeram 4 deputados, mas tanto uma como a outra sofreram uma estagnação da votação, diversos foram os factores, mas pelos vistos para a primeira a vida não estará fácil, pois tem que defender os interesses dos trabalhadores contra os atropelos constantes à classe com o seu alinhamento com o governo de Macau e em especial com a China continental, tendo por esse motivo, uma margem de contestação limitada.

As listas que concorreram por interesses empresariais a “União Para o Bem Querer de Macau” e a “Convergência para o Desenvolvimento de Macau”, com um deputado cada, conjuntamente com a “Aliança para o Desenvolvimento de Macau” que defendia os interesses de Stanley Ho e da sua e ainda toda poderosa, S.T.D.M., têm 3 deputados, não obstante estes factos tanto as primeiras pela perda de votos como a terceira por ter tido um resultado decepcionante estão claramente a perder influência.

Por fim, as várias apostas criadas por franjas pró-Pequim, não auguraram bons resultados nomeadamente a “Nova Juventude de Macau”, que foi uma desilusão eleitoral.

No computo geral vemos que os cidadãos da “Cidade Estado” de Macau estão a ir pelos caminhos mais consentâneos com a realidade internacional e que, mesmo sofrendo de efeitos populistas momentâneos, podem nos próximos actos eleitorais apostar numa via pelo aprofundamento da via democrática, esta pode revelar-se profícua nomeadamente em prol dos interesses futuros dos cidadãos do gigante asiático, talvez este virús democrático contamine o gigante e lhe provoque uma constipação.

Com outras leituras dos resultados, de uma maneira diferente e com certeza muito mais informada, temos os artigos, Análise: Balanço pós-eleitoral (efectuada por Paulo Godinho no Ponto Final) e Uma AL de oposição, ou talvez não... (efectuada por José Matias e João Varela no Macau Hoje).

9.27.2005

Mudar para Viabilizar

A Sandra Feliciano, é uma Blogueira (passemos esta expressão livre por mim utilizada, talvez até de forma incorrecta) muito profícua, quando comentou o post anterior, dirigiu-me a uma verdadeira peça de arquitectura, que esta construiu sobre a Mudança e a Viabilização do sistema político, embora limitando-o a este canto ibérico, tais propostas são bem gerais e aplicáveis a qualquer regime político com mais ou menos acuidade, visto que alguns já adoptaram parte das propostas que apresenta.

Deixo-vos então com o seu belíssimo post, Portugal: Mudar para Viabilizar.

Sobre as candidaturas de cidadãos independentes ás eleições Municipais...

Já abri várias excepções ao princípio de não discutir assuntos sobre este cantinho á beira-mar plantado, farei o mesmo mais uma vez, pois gostaria de falar sobre as candidaturas independentes que se perfilam, no mesmo, no acto eleitoral que se aproxima.

Como defensor intransigente das candidaturas independentes e do seu principio, pergunto-me, se não é o sistema, oligárquico e monopolista partidocrático em que actualmente vivemos, que ao permitir que candidatos com problemas com a justiça ou por esta já condenados, se candidatem, tenta descredibilizar tal figura legal?


Era fácil á actual cleptócracia oligárquica e monopolista dominante fazer uma alteração legislativa que não permitisse ás pessoas condenadas ou arguidas em processos, se candidatassem, nomeadamente os ligados á gestão autárquica (havendo deste modo justificação e fundamento geral e abstracto para a alteração e não uma mera limitação legal dirigida ou injusta), pois seria justo que pessoas que sejam indiciadas ou condenadas por tais factos e haja fundado receio para que possam repetir tais actos se vejam impedidos de se candidatarem a um órgão que lhe permitisse executar os mesmos actos, o que se permite agora é comparável a pôr-se um viciado em jogo a trabalhar num casino.

A possibilidade de candidaturas verdadeiramente independentes, ou seja de cidadãos que não foram apoiados pelos partidos de onde saíram, é um avanço enorme para a nossa democracia, e contribuirá para o abandono desta “ditadura” de acesso ao poder não por mérito, mas totalmente “lambe bótica” ou “capachista”, ou seja, o mérito ou o currículo de quem tem vida própria, não conta a menos que seja para cabeça de lista, e mesmo estes tem que se submeter, ás regras hercúleas que os estados maiores locais partidários, lhes impõem, como candidatos incompetentes ou auto imposições programáticas completamente esdrúxulas, mas que servem as suas clientelas locais.

E porquê é que isso se passa?

Porque os aparelhos locais tratam de afastar as pessoas mais competentes dos lugares elegíveis de topo e põem-nos para os suplentes ou não elegíveis, onde não chateiam minimamente e até dão um ar da sua graça, premiando-se os apaniguados que entram nas jogadas politicas de uma ou outra facção.

Não obstante este facto, existem centenas de cidadãos que se candidatam de forma independente, mas mais uma vez tanto os média como a cleptócracia dominante só discutem os mesmos de sempre, os outros cidadãos pelos vistos são memorizados por interesse próprio destes dois grupos de poder.

No país governado pelos Parisienses de forma colonial, os movimentos de cidadãos independentes são uma força não alienável, sendo estes os árbitros ou até os governantes de muitas comunas e Assembleias Departamentais, noutros países as candidaturas independentes aos órgãos legislativos são aceites com naturalidade, porquê esta limitação neste canto ibérico?

Esperemos que no futuro hajam cidadãos realmente independentes e que com credibilidade insenção governem autarquias pelos interesses de quem os elegem e que, através destas, as pessoas ganhem confiança na classe politica, já que nos partidos tal parece não acontecer, esperemos também, que a cleptócracia oligárquica e monopolista partidária dominante, finalmente reconheça que as candidaturas independentes de cidadãos, possam ser feitas á Assembleia da Republica, sem estarem tuteladas a interesses escusos, não considerando que estes cidadãos por serem independentes sejam diminuídos mentais, que não possam ter opiniões próprias e comuns sobre os círculos por onde se candidatam.

9.25.2005

A costa de Cascais e a Marginal nos anos 40...

Não era muito diferente de hoje nas praias, quanto aos automóveis podemos ver as diferenças.









9.22.2005

É o que dá haver um estado confessional na Europa...

Segundo a Ana Gomes no Blog, Causa Nossa, o Vaticano protege criminoso de guerra:

Carla del Ponte, a Procuradora-chefe do Tribunal Internacional Criminal para a Ex-Jugoslávia acusa a Igreja Católica e a hierarquia do Vaticano de não colaborarem na entrega do acusado de crimes de guerra e violações dos direitos humanos General Ante Gotovina, protegido num mosteiro Franciscano algures na sua terra natal, a Croácia. País, cuja abertura de negociações de eventual adesão à UE está dependente da entrega daquele homem pelas suas autoridades ao Tribunal Internacional.
Instado o Vaticano - incluindo por apelo directo da Procuradora ao Papa Bento XVI - deparou-se um comprometido silêncio. A ponto da católica romana Sra. Del Ponte decidir rebentar as pontes e vir queixar-se publicamente:«Eu levei o assunto junto do Vaticano, mas o Vaticano recusa totalmente cooperar connosco».
O actual Secretário de Estado da Santa Sé, Monsenhor Lajolo, alega que o Vaticano não tem autoridade directa sobre bispos individualmente, para se furtar a repudiar declarações do Bispo croata Mile Bogovic, de Gospic e Senj, que considerou o tribunal como «político» e determinado a distorcer o passado da Croácia e se referiu ao General Gotovina como um «símbolo de vitória».”

General Ante Gotovina

Acho bastante verosímil tal noticia, esconder um General é uma brincadeira de crianças, pois foi o Vaticano que ajudou a fugir através da Rede Odessa (ver a este propósito a entrevista bastante interessante de Uki Goñi ao Jornal do Estado de Minas) os criminosos Nazis (primeiro não alemães e católicos, entre estes muitos Belgas, Franceses e, espantemo-nos, Croatas) e lhes fornecia vias de fuga para a Argentina e outros países da América do Sul.

São claros os objectivos da Igreja Católica Apostólica Romana, esta tenta proteger as pessoas que a podiam ligar ao financiamento, que esta efectuou a uma das partes beligerantes da guerra da Ex-Jugoslávia, quando e sob a autorização do Vaticano, a Opus Dei financiou o exército Croata, refere-se que este General foi um dos principais negociadores dos apoios financeiros referidos.

Devia-se investigar melhor as relações entre o Vaticano e o pós-nazismo, e o seu envolvimento na Rede Odessa, no entanto este parece ser um assunto tabu, aparentemente até a Cruz Vermelha aparece envolvida, para além dos casos conhecidos do General Perón, ditador Argentino, que com o seu agente Carlos Fuldner criou a Rede Odessa.

Carlos Fuldner Ex-SS e agente do General Perón

O primeiro Papa da II Guerra Mundial, o Papa Pio XI, que aliás estabeleceu em 1929, entre a Santa Sé e o governo italiano de Mussolini, o Tratado de Latrão, de acordo com este, o Estado do Vaticano tem soberania plena sendo um enclave na cidade de Roma, em troca o Vaticano renuncia aos seus antigos territórios dos Estados Papais, quando se deu conta, que tinha assinado um pacto com o“diabo” distanciou-se do fascismo com a Encíclica "Non Abbiamo Bisogno" (1931), e em 1937 e com a Encíclica "Mit Brennender Sorge" condenou a ideologia nazi e o racismo a esta inerente.

Papa Pio XII

O seu sucessor, o Papa Pio XII, não só é acusado de imobilismo como foi o único Papa do século XX a exercer o Magistério Extraordinário da infalibilidade papal, invocado pelo Papa Pio IX, quando definiu o dogma da Assunção, em 1950, na sua Encíclica "Munificentissimus Deus", o mais interessante é que foi proclamando Venerável pelo Papa João Paulo II na década de 1990, na altura em que decorria a Guerra da Jugoslávia e o Vaticano se vê envolvido, nos esquemas de financiamento do então protótipo exercito nacional Croata, e das suas milícias nacionalistas católicas, factos largamente comprovados, sendo a Republica Federal da Alemanha (nesse momento esse país era governado pela C.D.U./C.S.U., esta ultima sigla é a do Partido Bávaro Democrata Cristão que conta com o apoio explicito da Igreja Católica Apostólica Romana) o primeiro país a reconhecer a Croácia, fazendo-o na cimeira de Maastricht e obrigando a restante Europa a reconhecê-la.

Por aqui se vê que a promoção do fundamentalismo e da violência não é apanágio dos estados totalitários islâmicos.

...Katharina não será amanhã...

Katharina menina, tinha mania
decalques...em flores
animais... paisagens... amores

Cresceu... virou mocinha
caderno enfeitado
...cores e laços...
...poesias e passos...
colava passado
decalques... em flores

...Ficou velhinha...


Katharina... Continua
quase a mesma
primaveras encantadas
por do sol... azul mesclado
de vermelho dourado
...fascinada com cores...
((-;...hoje, computadores...;-))
ao invés do decalque mania
enfeita sua vida menina
com Tubes - PSP's...
Stationery for Outlook Express
sets - templates..e outros
tags...metas...script's.....

...e Katharina...segue assim...

Megera??? Qual nada!!!
anonymous...user ID's
password: **** Ctrl's+C's
brinquedo futuro destino
copia imagens
...cola florindo...
...sorrindo...
Decalques PCs


Maria Inês Simões
http://www.misimoes.virtualismo.com.br

P.S. - Um poema muito interessante de uma amiga do Orkut.

9.19.2005

Sobre as bandeiras...

A bandeira é um símbolo, mal ou bem como símbolo, é o de uma fronteira física, que por sua vez é representativa de um espaço, por esse motivo é um símbolo de exclusão de todos os outros humanos que não pertencem ao mesmo espaço.


Por isso a bandeira é utilizada amplamente pela extrema direita, venerada até, pois esta assume-a com um símbolo natural de exclusão do outro não pertencente ao espaço destes.



Ao contrário do que nos querem fazer crer patriotas (que se dizem saudáveis!!!), que fingem que perderam o sentido de exclusão ou que o sublimaram, com justificações injustificáveis, as bandeiras, pelo menos as representativas de nações, nunca serão um símbolo de TODOS, sejam estes vermelhos, pretos, amarelos ou brancos, pois estes independentemente da sua cor de pele não nasceram sobre a bandeira em causa, por esse motivo, para quem defende o símbolo estes serão sempre cidadãos ESTRANGEIROS e por esse motivo EXCLUIDOS de alguma maneira.

Não adianta tapar o sol com a peneira, a bandeira exclui e tal como a fronteira, é utilizada para excluir e dividir, não se pode unir alguém sob um símbolo de exclusão, pois a carga de exclusão é demasiado forte para que se possa fazê-lo.


No recente caso do Euro 2004 era o nós contra eles, o egoísmo latente era obvio, diziam-nos que era para ganharmos orgulho em nós mesmos, quando orgulho é uma coisa que se ganha por se ser um humano recto, trabalhador e honesto, alguém que luta pela sua felicidade e que tenta que a paz, o amor e a fraternidade humana sejam a realidade e não uma palavra vã, que se reje por valores como a partilha e a compreensão, e não os de exclusão ou egoísmo, o orgulho de sermos humanos não se cria de certeza com o egoísmo.


Há bandeiras internacionais, ideológicas na sua generalidade ou com fins humanitários, outras são de Organizações Não Governamentais, estas sejam quais forem, são símbolos generosos que representam ou a busca ou representação do ideal em marcha, por exemplo a bandeira da Greenpeace representa a luta internacional pela preservação de um ambiente menos poluído, nomeadamente a preservação dos sistemas marinhos defendendo um equilíbrio justo entre a utilização do homem desta Terra-Pátria e o sistema Gaia que a gere.



Por fim (e por algum sentido veio para o fim) temos as bandeiras trans-fronteiriças onde a superação do conceito de fronteira já foi alcançado, por alguma organização não só económica mas politica e cultural, a Bandeira da ONU, da União Europeia, da União Africana, do Mercosul ou da Federação da Micronésia (tentei escolher uma de cada continente a Ásia não tem nenhuma organização deste tipo, pois a ASEAN é puramente económica), em todas estas organizações e nos seus espaços geográficos de actuação, diferentes estados nação, através dos seus representantes políticos, decidiram, abdicar de parte do seu egoísmo e sob a mesma bandeira partilharem objectivos, interesses e até cidadania bem como partes de soberania, colocando-as em comum.

Sobre as eleições na República Federal Alemã...


Como não tenho nem o engenho nem a arte que tem o Diogo Moreira, meu caro colega e amigo do Clube Loja de Ideias, para ser tão claro, simples, conciso, directo e analítico reencaminho-vos para o seu excelente post, intitulado, “Eleições Alemãs: Resultados Provisórios”, no nosso Blog do Clube.

9.16.2005

Apreciemos a beleza que a Terra-Pátria nos dá...





9.14.2005

As minhas impressões sobre a conferência, do Clube Loja de Ideias, sobre o 11 de Setembro ...




Como sempre, e está-se a tornar num apanágio do nosso Clube, esta conferência começou a horas, ás 21:30.

O painel de convidados teve algumas mudanças e acertos, o Dr. João Marques de Almeida (Director do Instituto de Defesa Nacional) não pôde vir em vez deste veio o Prof. Dr. Vasco Rato e á ultima da hora por um problema de saúde repentino, o Sheik David Munir também não pôde aparecer.

Com o Diogo Moreira como moderador e o Dr. Paulo Gomes (do Gabinete Coordenador de Segurança do Ministério da Administração Interna – GCS-MAI) do lado esquerdo e o Dr. Vasco Rato do lado direito deu-se inicio à conferência, esta contou com a presença de cerca de 50 pessoas, que foram bastante participativas.


O Diogo Moreira fez a apresentação da conferência e dos conferencistas e passamos á mesma:

O Rato e o Elefante.

Há um ditado em África que diz “Que os ratos podem abalar os elefantes”, é daí que vem aquela crença que os Elefantes tem medo de ratos, é obvio que isso é uma falácia, não sei o sentido inicial do ditado, mas aplica-se ao decorrer da conferência.

O Prof. Dr. Vasco Rato é uma personagem bastante conhecida (para quem não o conhece, disponibilizo uma foto mais próxima e que não é da conferência), como polemista, um verdadeiro “revolucionário” da direita (são tão poucos nesta categoria que podemos, neste cantinho á beira mar plantado, contá-los pelos dedos de uma mão) e mostrou de que fibra é feito um polemista da sua área politica.


Diga-se de passagem que não tenho nada contra a sua área ideológica, pois o Dr. Mota Amaral que nos honrou com a sua presença no lançamento do clube e até é mais conservador que o Prof. Dr. Vasco Rato, se portou de uma forma mais cordata e até consensual, exactamente o contrário da maneira que se portou o nosso convidado.

Neste caso o “rato abalou os elefantes”, não só os da assistência e do resto do painel de conferencistas, mas “os elefantes sagrados” dos princípios em que se fundamentam os valores europeus, até os anti-europeistas se sentiriam tentados em sê-lo, depois do razoado de afirmações que o Prof. Dr. Vasco Rato produziu no debate.

A audiência composta, a meio e meio por cidadãos jovens e menos jovens, foi amplamente participativa, e tivemos diálogos e uma troca de argumentos bastante interessante entre o Prof. Dr. e muitas das pessoas que assistiam ao debate, nomeadamente entre uma posição mais belicista e pró administração Bush (pelo menos no âmbito de actuação desta a nível internacional) defendida pelo Prof. Dr. e o contrário por muitas pessoas da assistência, a mesma foi de tal maneira animada na troca de impressões que o Prof. Dr. que tinha que sair ás 23:00 só saiu ás 0:00.

A coerência e os esclarecimentos.

A paciência demonstrada, por esse motivo pelo Dr. Paulo Gomes, foi heróica, começando a partir das 0:00 a responder ás questões que lhe foram levantadas, e sim ainda havia umas 30 pessoas nessa altura na sala, fêz o mesmo com bastante coerência.

Referiu-nos as medidas do Governo e da União Europeia em relação ao terrorismo, em evitar os atentados e na reacção pós atentados, esclareceu a audiência e limitou-se a ser directo dando as suas opiniões pessoais de forma cordata, uma bênção depois do anterior conferencista.

Conclusões e futuras iniciativas.

É pena que a comunicação social generalista, pelo menos a maioria, não tenha dado importância ao debate, se puséssemos uma dançarina do ventre provavelmente iria a T.V.I. e a S.I.C., como não fizemos foram os que foram.

Mas a pedrada no charco foi dada, ou seja, há cidadãos que estão disponíveis para discutir e lançar debates, as próximas iniciativas podem ver no Armazém da Loja.

Boas noticias...


Boas notícias por este motivo, depois das campanhas de protesto que tiveram lugar, quer dentro do país quer internacionalmente, o Governo da outra federação de estados da América do Norte, o Canadá, vai deliberar que "não haverá arbitragem religiosa no Ontário; haverá uma única lei para todos os Ontarianos", o primeiro estado onde se tentava manter os tribunais arbitrários específicos, criados para aplicação da charia (lei islâmica), situação referida por mim no meu post: “Quando a lei confessional é aplicada em estados laicos...”.

Os festejos marcados, não nos devem permitir adormecer e baixar a guarda em relação a estes assuntos, não obstante, felicito quem liderou essa campanha, e regozijo-me por esta vitória.

9.12.2005

Uma grande verdade...


Tradução:
Bush: Um dos piores desastres a atingir os Estados Unidos da América.

32 anos depois...

Enquanto todo o mundo olha para o 11 de Setembro como o dia que abalou a cidade de Nova Iorque e a nação que a tutela, num país da América do Sul todos os anos, o mesmo dia, tem um sentido diferente, é o aniversário do Golpe Militar que colocou no poder a ditadura liderada pelo general Pinochet, a mais sangrenta de todas as instaladas ao longo das décadas de 60 e 70 na América Latina, as imagens do golpe falam pelos anos seguintes:








9.11.2005

O que deveria ter mudado 4 anos depois...


Sempre que vejo as imagens dos aviões a irem contra as duas torres gémeas do complexo do World Trade Center, não consigo deixar de me emocionar e de no mínimo, sentir um nó na garganta e pensar nas centenas de pessoas que morreram com os dois impactos iniciais dos aviões, depois fico mais angustiado quando me relembro das imagens seguintes, de pessoas a saltarem para o vazio em desespero e do colapso das mesmas com a consequente perca de milhares de vidas, de cidadãos que morreram como resultado desse colapso, sendo centenas destes bombeiros, socorristas e membros das forças de segurança, que, sabendo do risco que corriam e de forma temerária se aventuraram na ajuda ao próximo, nos dois edifícios gémeos mais altos do mundo e que por esse motivo pereceram.
Já passaram quatro anos e desde então deveria ter mudado muita coisa, dos escombros das duas torres gémeas deveria ter nascido um repudio e uma condenação tão forte dos que perpetuaram o ataque e uma solidariedade que o choque de civilizações, tão propalado por Huntington (já agora, alguém já leu o livro, é que este é de uma mediocridade histórica e analítica extrema) deveria ser uma miragem, a Guerra no Afeganistão deveria ter sido o primeiro passo (não sou dos que era contra esta Guerra, nem que seja pela opressão das mulheres eu era pela intervenção internacional naquele território), mas revelou-se uma “Vitória de Pirro”.

Em vez disso um Presidente, com tiques de Imperador Puritano e tão extremista como aqueles que condena, e governante do país afectado pelos atentados do 11 de Setembro, deitou tudo a perder atacando um estado, para que as companhias que financiaram a sua campanha eleitoral e garantir o apoio destas para a campanha seguinte, tivessem negócio, enganando no processo aliados de boa fé, acabando desse modo, com a possibilidade de se constituir uma frente mínima para lutar nessa guerra que envolvesse, pelo menos, os povos dos territórios ditos “Ocidentais”.

Entretanto os atentados sucederam-se na Ásia, Médio Oriente, Oceânia e Europa (África já tinha sido devastado por estes), originando em cada um dos continentes pelo menos um atentado terrorista atribuído aos extremistas islâmicos e fazendo com que as esperanças de se alcançar a paz através do diálogo e várias intervenções armadas cirúrgicas se esboroassem.


Enquanto isso, o Planeta, esta nave em que viajamos todos, continuou a rodar e a cirandar no espaço fazendo mais ou menos quatro voltas elípticas à estrela mais próxima de nós, durante essas voltas a potência Imperial enfrenta problemas que só deveria haver no terceiro mundo, o preço do petróleo (esse que desbaratou as costas da minha amada Galiza) subiu 200% sem ter sido preciso haver atentados e o mundo tornou-se num lugar mais fechado e ao mesmo tempo mais aberto.
A contradição nesta ultima afirmação deve-se ao facto de que por motivos de segurança e de contenção dos fluxos migratórios a Europa e as duas Federações Norte Americanas bem como a Austrália levantaram barreiras á circulação de pessoas doutras partes do mundo que queiram emigrar para estes territórios, mas ouve uma maior abertura pelo conhecimento que as pessoas tem sobre esta Nave planetária e os povos e culturas que a frequentam, houve intercâmbios de ideias e conhecimentos e, mesmo havendo muitos info-excluidos, decuplicou o número de pessoas com acesso á Internet e a outro meio de informação.

Das zonas, dos Desertos, vêm noticias timidamente positivas, veremos se em vez do ódio nascem flores no deserto...

9.10.2005

Quando a lei confessional é aplicada em estados laicos...

A outra federação estadual da América do Norte, que actualmente se denomina Canadá, tem leis e princípios constitucionais bastante peculiares, que na sua grande maioria revertem a favor dos seus habitantes, as contradições são gritantes, esta federação que ainda admite que um ditador (neste caso ditadora, pois é a “Rainha” dos Ingleses e do que resta do Império Britânico nas ilhas Britânicas) a represente formalmente como chefe de estado tem provavelmente o único partido do mundo reconhecido intitulado “Partido da Marijuana do Canadá” que defende abertamente a legalização das drogas leves e duras sendo esse o seu principal objectivo eleitoral.

Um dos princípios constitucionais tem a ver com a possibilidade da criação e existência, nas comunidades e aos habitantes a que estes aderem, de “Tribunais Arbitrais específicos”, isto deve-se a factores culturais específicos canadianos, o mais importante tem a ver com as diferentes minorias indígenas e autóctones que vivem nesse território e que querem que se aplique asa suas leis tradicionais outro não menos irrelevante tem a ver com a comunidade francófona, que vive não só no Quebeque (onde tem leis e tribunais específicos e uma larga autonomia judicial), mas também espalha pelos restantes estados do país e que quer que o direito que se lhe aplicava no Quebeque se aplique nos estados onde vivem.

Entretanto e ao abrigo desta especificidade foram criados “Tribunais Arbitrais específicos” para aplicação da charia (lei islâmica), que como lei comunitária que é, foi reconhecida na sua legitimidade para ser aplicada ás pessoas de credo islâmico, não obstante de esta ter um fundamento religioso que, entre outras coisas, não reconhece a igualdade entre homens e mulheres, na resolução de questões de família e, designadamente, em assuntos de divórcio, de tutela de crianças e de herança.

A instituição de um tribunal com esta especificidade própria levou á criação de desigualdades entre pessoas que não só vivem dentro do mesmo território como até têm a mesma nacionalidade, tal situação levou á criação de um movimento de contestação dentro do país e de movimentos internacionais laicos que manifestando a sua solidariedade com a campanha internacional, desenvolvem acções de protesto contra o reconhecimento da aplicação das leis da charia no país, visto que tais leis já provocaram conflitos e até injustiças gritantes.

E porquê contestar a aplicação de tais leis e não as que são aplicadas pelas tribos indígenas autóctones, estas ultimas baseiam-se em casos jurisprudências vindos do concelho dos mais velhos que têm muitas vezes assento mulheres, é procurado a justiça pelo consenso e com a colonização ocidental estes assumiram diversos valores como também seus, ou seja, a sua aplicação leva a raras injustiças (pelo menos pela sensibilidade ocidental e laica) do que a aplicação das leis da charia.

Mas mais importante do que a noção de justiça ou injustiça e a susceptibilidade que a mesma provoca, a aceitação da aplicação de leis religiosas em estados laicos é por sí só uma aberração, indo contra qualquer principio basilar de tolerância religiosa, pois a criação de guetos religiosos onde á uma auto aplicação da justiça (um dos pilares de estabilidade das sociedades e regimes minimamente democráticos) pode criar situações de guerras e atomizações desnecessárias numa sociedade em que a aplicação da lei que se presume geral e abstracta (mesmo os regimes com regra de precedente baseia-se em regras e normas gerais e abstractas para os mesmos serem aceites) não só porque assim todas as partes são tratadas por igual aumentando-se a segurança na aplicação das normas como a aceitação das normas é mais consensual, no fundo o contrário do que aconteceu com esta situação criada.

As sociedades baseadas num legalismo laico têm que se precaver contra sistemas jurídicos que se baseiam num legalismo confessional, pois a subversão como vemos neste caso é facilmente imposta, estejamos então atentos e não só aos islâmicos, mas também porque esses são mais sub-reptícios nas sociedades ocidentais, ao legalismo influenciado pelo dogmatismo católico apostólico romano ou puritano protestante ou evangélico.

9.08.2005

Lisboa menina e moça...















No castelo ponho o cotovelo
Em Alfama descanço o olhar
E assim desfaço o novelo
De azul e mar

À Ribeira encosto a cabeça
A almofada da cama do Tejo
Com lençois bordados à pressa
Na cambraia de um beijo.

Lisboa menina e moça, menina
Da luz que os meus olhos vêem, tão pura
Teus seios sãos as colinas, varina
Pregão que me traz à porta ternura

Cidade a ponto luz bordada
Toalha à beira mar estendida
Lisboa menina e moça e amada
Cidade amor da minha vida

No Terreiro eu passo por ti
Mas na Graça eu vejo-te nua
Quando um pombo te olha sorri
És mulher da rua.

E no bairro mais alto do sonho
Ponho o fado que sei inventar
A aguardente de vinho e medronho
Que me faz cantar.

Lisboa do amor deitada
Cidade por minhas mãos despida
Lisboa menina e moça e amada
Cidade mulher da minha vida


A diferença entre a Caridade e a Doação.

Existem claras distinções entre os dois conceitos:

Caridade é um acto que serve para aliviar as consciências momentaneamente e tem um sentido religioso inerente, por exemplo ser caridoso é ajudar o próximo ou por acção momentânea ou por doação em dinheiro, a chamada esmola, outros sentidos também atribuídos ou relacionados com a Caridade, têm a ver com a compaixão a bondade e a benevolência, enfim, as tretas do costume para quem quer ficar de bem com a sua consciência sem se comprometer muito.

Doação é em termos bastantes simples o acto ou efeito de doar da parte de um particular ou da sociedade civil, enquanto acto este pode ser momentâneo ou mais comprometido, mas o efeito desta Doação tem que se revestir de um compromisso pois tem que gerar um resultado ou uma consequência, por esse motivo é que a Doação é revestida de uma forma jurídica e a Caridade não.

Quando falamos em oferecer “x” euros para uma causa estamos pura e simplesmente a entrar no campo da Caridade, estar no terreno e comprometermo-nos por essa causa, implica uma Doação e um investimento de tempo pessoal, e de forma indirecta de dinheiro pois nessa altura poderíamos estar a efectuar alguma coisa que nos desse mais rentabilidade financeira, mas com a certeza de que esta não seria tão compensadora como a satisfação emocional que muitas pessoas tiram do acto de Doar.

Um cidadão Bombeiro Voluntário está a fazer uma Doação a uma causa que é a ajuda ao próximo através das acções em que está envolvido, seja a de apagar os fogos ou a ajuda aos acidentados, mas outras pessoas e grupos de pessoas também se dedicam á Doação a causas, por exemplo quem actua em Organizações Não Governamentais (O.N.G.´s) ou Associações politicas com objectivos claros, e de alguma maneira isolado ou em grupo luta para que o mundo fique melhor, está a Doar o seu tempo e o seu dinheiro para a causa a que se associa, pode-se é pôr em causa se esta será ou não a mais correcta ou a mais compensadora, mas para a pessoa que Doa ou grupo de pessoas é com certeza.

Porquê?

Para além da falada compensação emocional, existe uma outra razão para que a Doação seja muito mais do que a Caridade, quando doamos (na totalidade da acepção dada) fazemo-lo por um altruísmo inexplicável e podemos até dizer que algumas o fazem por “amor” á causa ou á humanidade e não pela “fé” ou a recompensa momentânea e futura que a salvação lhe dará, por esse motivo é quem se entrega a uma causa religiosa ou age em nome da mesma, seja em termos de ajuda ou cometendo um acto terrorista, age por Caridade.

O Estado faz Doações ou Caridade?

Não o Estado (pelo menos o governado com um mínimo de princípios democráticos) cumpre as suas obrigações, reparte aquilo que os seus cidadãos lhe dão, ou seja dá á sua sociedade o que dela retira.

E porquê esta afirmação que há partida parece lógica?

Tem-se vindo a desenvolver uma tese em sectores “intelectuais” liberais que o apoio do Estado a catástrofes naturais ou a outras situações, mesmo as que não são excepcionais, se reveste de uma Doação (ou para outros numa pertença Caridade), como vimos nem é uma coisa nem outra, apenas mentes pouco complexas e básicas a que o epíteto de intelectual soa a ofensivo para os verdadeiros, se lembrariam de tal ideia.

9.05.2005

Conferência do Clube Loja de Ideias...a não perder.

«11 de Setembro: 4 Anos depois, onde estamos?»


Dia 12 de Setembro 2005

21 Horas


Biblioteca-Museu República e Resistência

Dentro do contexto que assume os ataques a Nova Iorque como inauguradores de uma nova fase da nossa contemporaneidade, apresentando-se como marco fundador, é nossa intenção procurar contribuir para que as reflexões sobre o 11 de Setembro se compliquem, no sentido de serem abandonadas as preocupações exclusivamente militares ou civilizacionais e serem abordadas e valorizadas algumas das múltiplas dimensões em análise neste tão complexo tema da actualidade.


Neste sentido, é nossa intenção apresentarmos o nosso debate envolto em duas linhas de reflexões: [1] uma linha de apreciação internacional, o impacto nas Relações Internacionais, as consequências estratégico-militares; e [2] uma linha de considerações internas, de análise das possíveis respostas no âmbito da segurança interna portuguesa (como responderíamos a um eventual ataque) e como vê e sente a comunidade islâmica portuguesa o impacto dos acontecimentos dos últimos anos.

Esta actividade contará com a presença dos seguintes conferencistas:

João Marques de Almeida
Director do Instituto de Defesa Nacional (IDN)

David Munir
Imã da Mesquita de Lisboa

Paulo Gomes
Gabinete Coordenador de Segurança do Ministério da Administração Interna (GCS-MAI)

Diogo Moreira
Clube «Loja de Ideias»

9.01.2005

Um momento Zen...

A Praça Marquês de Pombal na década de 40.















Nessa altura a minha amada Lisboa, mesmo vivendo tempos de obscurantismo político, com muitos populares a viverem numa pobreza extrema e sendo governada por um ruralista e fascista, tinha um lago na Praça do Marquês de Pombal, e esta era bem bonita. Não acham?