O OUTRO LADO DA MOEDA!!!

5.30.2006

Arquitecturas inconsequentes...

5.29.2006

O Beijo...


O beijo é um procedimento inteligentemente desenvolvido para a interrupção mútua da fala quando as palavras se tornam desnecessárias.



O destronar de um Ditador e o nascimento de mais um estado laico.

Ditador/Rei Gyanendra

Em 18 de Maio de 2006 nasceu mais um estado Laico e acabou o único estado confessionalmente religioso Hindu, o Nepal, nesta data o Parlamento passou uma Lei que declara o Ditador (com o titulo de Rei) Gyanendra à figura de um Chefe de Estado esvaziado de poderes (como se passa na quase totalidade dos Reinos Europeus), até aí e desde 1962 que no Reino do Nepal, o seu Rei, era considerado a encarnação terrena do Deus Hindu, Vishu, e foi em 2002 declarado por uma organização Hindu Mundial o Imperador Mundial Hindu, pelos vistos o Imperador será só sobre a religião, este também perdeu o seu direito de ficar isento de impostos, de ter imunidade legal (bem como a sua família) e de poder controlar o exercito.

No último censo cerca de 85% dos 27 milhões de Nepaleses declaravam-se Hindus, mas cerca de 59 grupos étnicos e culturais mantinham as suas religiões tribais originais com origem animista ou budista. O objectivo de construir um estado Hindu homogéneo foi um sonho partilhado tanto pela Casa Real Governante do Nepal como pelos extremistas Hindus da Índia, a organização Indian RSS, que doaram enormes quantias de dinheiro para que fossem suprimidos os protestos democráticos. A ingerência deve-se ao facto de que se o secularismo fosse implantado esta organização temia e com algum fundamento que o Nepal se torne terreno propício para que haja um crescimento de outras religiões nomeadamente as de origem cristã. Um recente estudo indicava que o Nepal tinha uma das maiores taxas de O.N.G.´s por rácio populacional, esta figura jurídica era utilizada para encobrir as acções dos missionários das diversas igrejas cristãs e até de organizações budistas que assim podiam operar legalmente no país, pois vigorava até então um estatuto de não conversão religiosa, embora as autoridades fossem pouco ou quase nada exigentes na sua aplicação efectiva.

O Estado do Nepal existe desde 1768, mas foi apenas em 1962 que o Pai deste Ditador e então Rei Mahendra (que não era o sucessor pois tanto este como o sucessor designado do reino, o seu meio irmão Birendra, com maior aceitação popular e menos hostil, foram mortos em circunstancias pouco claras á dois anos) dissolveu o Parlamento, reescreveu a constituição e usurpou o poder atribuindo-se poderes absolutos, desde então a oposição democrática entrou na clandestinidade e começou uma guerrilha militar maoísta pela implantação de uma Republica Popular, que foi patrocinada pela China durante muitos anos, progressivamente as liberdades foram repostas e foi eleito um parlamento com poderes limitados mas que foi ganhando novos poderes progressivamente, ficando apenas os que atrás foram referidos para os então Reis.

Vale controlado pela guerrilha maoista.

Este facto, da implantação da laicidade no estado, foi celebrado efusivamente e largamente pela população de todas as grandes cidades do país, tendo o Parlamento também declarado este dia como dia de Feriado Nacional. Parlamento este que foi reinstalado em Abril depois de massivos protestos pró democracia e pela reinstalação das liberdades democráticas e do parlamento Nepalês depois de estas terem sido suprimidas no final do ano passado bem como o Parlamento Nepalês ter sido dissolvido no ano passado e de o Rei/Ditador ter assumido os poderes absolutos.

Protestos no Nepal pelos partidários pró-democráticos.

Estas decisões foram tomadas por uma coligação de sete partidos que controla agora o governo e o Parlamento Nepalês e que tem como Primeiro Ministro Girija Parsad Koirala, estas resoluções foram feitas ao abrigo de uma série de leis especiais aprovadas por unanimidade pelo Parlamento. Nas próximas semanas vai ser eleita uma Assembleia Constitucional para refazer a constituição e será decidido por esta se o Ditador/Rei irá manter um papel simbólico e cerimonial ou se será abolida a Monarquia e reimplantada a República, relembremo-nos que o Nepal pertenceu a uma série de republicas aristocráticas que ou foram promovidas por Alexandre o Magno e o seu Helenismo no caminho para a Índia, ou têm uma origem ainda mais antiga. O Primeiro-Ministro Koirala defende a primeira solução mas a oposição e os rebeldes militares maoístas (que agora suspenderam os combates) defendem a reinstalação de uma Republica, facto que não parece afastado das pretensões da maioria da população, segundo as ultimas sondagens.

Fonte parcial: Boletim racionalista internacional.

Mulheres Candidatas ás eleições parlamentares Kuwaitianas

Pela primeira vez na história, um país da Península Saudita e Sunita (o Iémen foi uma excepção mas momentânea) aceita candidaturas de mulheres ao parlamento do país, desde a aprovação histórica em Maio de 2005 deste facto no Parlamento do Kuwait, que foi restabelecido em 1962, as mulheres se puderam candidatar a cargos públicos. Em Abril deste ano duas mulheres candidataram-se ás eleições municipais, tendo uma delas recebido a segunda maior votação, não tendo sido eleita pois a candidatura é apenas a um lugar, o de Presidente da Câmara.

As recentes eleições foram convocadas depois de ter havido uma reestruturação da Assembleia e se terem reduzido o número de membros da mesma e aumentado o número de lugares elegíveis, para esta se tornar mais funcional.

Dr.ª Rola Dashti á direita

Para estas eleições já se candidataram cinco mulheres, a primeira a se propor foi a Dr.ª Rola Dashti, Presidente da Sociedade Económica do Kuwait e umas das líderes do movimento pela emancipação das mulheres.

Fonte: Boletim racionalista internacional.

5.27.2006

Entrevista com Chalmers Johnson

Nos dias mais negros da Guerra Fria, Chalmers Johnson, professor da Universidade da Califórnia (Berkeley) e ocasionalmente consultor da C.I.A., criticava energicamente os que protestavam contra a Guerra do Vietnam acusando-os de desorientados.
Hoje em dia, Johnson é um herói para uma nova geração dos que protestam pela paz. Um dos críticos mais desembaraçados da administração Bush, o seu best-seller de 2000, Blowback, denuncia o efeito bumerangue que os EUA sofreram ao apoiar fundamentalistas islâmicos na década de 1980, um outro seu livro, Sorrows of Empire, é uma denúncia atempada da militarização que a política externa americana veio a assumir.
A propósito desse livro, Marc Cooper, do LA Weekly, conversou recentemente com Chalmers Johnson quando este passou por Los Angeles, a entrevista que é muito interessante reproduzo-a aqui na totalidade:
LA Weekly: A sua visão da política americana inverteu-se completamente desde a década de 1960. Mas quais os seus sentimentos acerca do seu país? Ainda pode ser patriota ao mesmo tempo em que está a ser um crítico feroz?

Chalmers Johnson: Naturalmente! Como disse Lord Byron: "Eu teria os poupado se pudesse". Quero dizer, gosto de viver aqui. Mas penso que estamos a tender para a situação em que estava a União Soviética em 1985. Se eu tivesse dito então que os soviéticos estavam a cinco anos de distância da extinção, você teria dito que passei demasiado tempo inalando substâncias exóticas em torno de Berkeley.

LA Weekly: O que provocou a sua mudança política?
Chalmers Johnson: Depois de os soviéticos, que eu pensei serem uma ameaça real, terem entrado em colapso, eu esperava uma muito maior desmobilização, uma retirada de tropas americanas, um dividendo de paz real, uma reorientação de despesas federais para necessidades internas. Ao invés disso, o nosso governo procurou imediatamente encontrar um inimigo substitutivo: a China, drogas, terrorismo, instabilidade. Qualquer coisa que justificasse este enorme aparelho da estrutura da Guerra Fria.

LA Weekly: Então onde é que isto deixa os autênticos patriotas de hoje?

Chalmers Johnson: O papel do cidadão agora é estar sempre bem-informado. Quando perguntaram a Benjamin Franklin: "O que conseguimos, uma república ou uma monarquia?". Ele respondeu: "Uma república, se você puder mantê-la". Não temos prestado atenção ao que é preciso fazer para mantê-la. Penso que fizemos um erro desastroso no sentido estratégico clássico quando, em 1991, concluímos que "havíamos vencido a Guerra Fria". Não. Nós simplesmente não a perdemos de forma tão má como os soviéticos. Nós ambos fomos atingidos pela ultrapassagem imperial (imperial overreach), nas indústrias de armamento que vieram a dominar as nossas sociedades. Permitimos que ideólogos capturassem o nosso Departamento da Defesa e nos conduzissem — numa frase que eles gostam — para uma Nova Roma. Já não somos uma potência do status quo respeitosa do direito internacional. Tornamo-nos uma potência revisionista, uma potência fundamentalmente oposta ao mundo tal como ele está organizado, à semelhança da Alemanha nazi, do Japão imperial, da Rússia bolchevique ou da China maoísta.
LA Weekly: Na verdade, a sua tese é que, desde o 11 de Setembro, os EUA deixaram de ser uma república e se tornaram um império.
Chalmers Johnson: É uma questão extremamente aberta se cruzamos o nosso Rubicão e se não há caminho de volta. Sem dúvida o mais importante direito na nossa Constituição, conforme James Madison, que escreveu grande parte do documento, é que se dá o direito de ir à guerra exclusivamente aos representantes eleitos do povo, ao Congresso. Nunca, continuava Madison, aquele direito deveria ser dado a um único homem. Mas em outubro de 2002 o nosso Congresso deu aquele poder a um único homem, para exercê-lo onde quer que ele queira, e com armas nucleares se ele assim preferir. E no mês de Março a seguir, sem qualquer consulta ou legitimidade internacional, ele exerceu aquele poder ao preparar um ataque unilateral ao Iraque. Os Bill of Rights — Artigos 4.º e 6.º — agora estão abertos a questionamento. Será que as pessoas realmente têm o direito ao habeas corpus? Estarão elas ainda seguras nos seus lares de capturas ilegais? A resposta por enquanto é não. Temos de esperar e ver o que o Supremo Tribunal decidirá quanto aos poderes deste governo que ele nomeou.
LA Weekly: Do seu estudo da história sabe que, tradicionalmente, quando falamos de império, temos em mente o modelo do colonialismo europeu — os britânicos na Índia, os franceses na Argélia e na Indochina. Certamente não é isto que quer dizer quando se refere a um império americano.

Chalmers Johnson: Por um império americano quero dizer as 725 bases militares em 138 países estrangeiros que circulam o globo, desde a Groenlândia à Ásia, do Japão à América Latina. Isto é uma espécie de base mundial — um mundo secreto, fechado, separado, onde o nosso meio milhão de soldados, empreiteiros e espiões vive bastante confortavelmente por todo o planeta. Penso que é um império. Concordo em que a unidade do imperialismo europeu era a colónia. A unidade do imperialismo americano é a base militar.
LA Weekly: Estas bases americanas são uma excrescência da política de contenção americana do tempo da Guerra Fria. Qual é o seu papel agora? Elas são apenas gordura? Ou estão ali para defender o investimento dos EUA?
Chalmers Johnson: O que elas não fazem é defender a segurança dos EUA. Elas simplesmente cresceram, tenham ou não tido valor estratégico. Hoje temos 101 bases na Coréia, apesar de a guerra ter acabado há mais de 50 anos. Uma vez criadas, os militares são infindavelmente criativos em descobrir novas funções para elas, muito tempo depois de o seu valor real ter-se evaporado. Estas bases mundiais tornam-se parte dos interesses estabelecidos que associamos não com segurança e sim com militarismo, o perigo do complexo militar-industrial contra o qual Eisenhower nos advertiu.
LA Weekly: Está a dizer que o incentivo real, aqui, é mais a autoperpetuação da burocracia militar ao invés de alguma grande estratégia lógica?

Chalmers Johnson: Exacto. Penso que Eisenhower estava certo quando dizia não reconhecer o poder injustificado da indústria de armamento, e você sabe que cada peça do Bombardeiro B-2 é construída em cada um dos estados norte-americanos continentais.

LA Weekly: Quais são os custos deste império para a democracia e a república?
Chalmers Johnson: Há o custo literal. Estamos a namorar a bancarrota. Não estamos a pagar o que é agora uma conta de US$ 750 bilhões. A apropriação da defesa é cerca de US$ 420 bilhões. Isto não inclui outros US$ 125 bilhões, que é o custo das Guerras do Afeganistão e do Iraque. Ainda há outros US$ 20 bilhões para armas nucleares no Departamento de Energia. Acrescente outros US$ 200 bilhões ou mais para pensões militares e para benefícios de saúde dos nossos veteranos. Tudo junto, isto significa três quartos de um trilhão de dólares. Estamos a colocar isto na conta, incorrendo num dos mais extraordinários orçamentos e déficits comerciais da história. Se os banqueiros da Ásia e do Japão se cansassem de financiá-los, se eles perceberem que o Euro agora é mais forte do que o dólar, então acaba tudo isto. Enfrentaríamos uma crise terrível. O maior custo é o que o público perderá, se já não o perdeu: a república, a defesa estrutural das nossas liberdades, a separação de poderes a fim de bloquear o crescimento de uma presidência ditatorial.
LA Weekly: Mas a história americana não começou em 20 de janeiro de 2001, ou no 11 de Setembro. Será que muito daquilo que descreve não é uma situação que data de pelo menos há um século ou mais? Porquê lançar as culpas de tudo isto sobre George W. Bush?
Chalmers Johnson: Sim, isto remonta há muito — a Teddy Roosevelt a adquirir colónias à Espanha. Mas Bush arrancou a máscara. Ele chegou e disse que somos uma Nova Roma, não precisamos da ONU ou de quaisquer amigos. Agora colocamos países a bater em listas. Certamente, se houvesse algum comité de direção de um projeto imperial americano ele consideraria Bill Clinton um presidente imperial muito melhor do que George W. Bush. É sempre melhor estratégia não mostrar a sua mão, adoptar uma abordagem indirecta mas saber exatamente para onde está indo.
LA Weekly: Numa recente revisão do seu livro, o escritor de esquerda Ian Williams reprova-o por acreditar demasiado na maldade dos bushistas. Williams argumenta que, ao olhar o Iraque, alguém pode concluir que ao invés de grandes imperialistas os rapazes de Bush são, ao contrário, trapalhões espetaculares.
Chalmers Johnson: Bem, não há dúvida que eles trabalharam mal no Iraque, desde não utilizar suficientes tropas a interpretar mal a inteligência, e há mais evidências disto todos os dias. Mas nunca houve um plano para deixar o Iraque porque não há intenção de deixar o Iraque. Estamos atualmente a construir 14 bases ali. Dick Cheney não pode imaginar abandonar aquele petróleo. E os militares não podem imaginar abandonar aquelas bases. Eis porque eles não podem propor um plano para deixá-las.
LA Weekly: Mas as políticas de Bush têm provocado retrocessos (backlashes) internacionais e internos. Isto torna-o esperançoso?
Chalmers Johnson: O sistema político por si só já não pode salvar a república. Mesmo que o Congresso queira exercer supervisão real, como pode ele fazê-lo quando quarenta por cento do orçamento militar é secreto? Tudo no orçamento da inteligência é secreto. O único sinal de esperança que eu vi foi há um ano atrás, quando dez milhões de pessoas manifestaram-se nas ruas pela paz. Também vimos as recentes eleições na Espanha como resposta ao que está acontecendo. Se pudermos ver isto agora nos EUA, no Reino Unido, na Itália, então talvez possamos ter esperança. Senão, logo estaremos conversando acerca da curta vida feliz da república americana.
Por Marc Cooper

Publicado no LA Weekly em 28 de Julho de 2004.
Texto original:
"A conversation with Chalmers Johnson, em: http://www.laweekly.com/ink/04/32/features-cooper.php"

Homenagens Filatélicas

Os C.T.T. que têm estado em destaque nos ultimos tempos mais por más razões do que por aspectos positivos, lançaram uma colecção de cinco selos onde homenageam cinco personalidades da história e cultura portuguesa, em comum o facto de terem nascido em 1906 e por esse motivo se comemorar cem anos do seu nascimento.
Os selos que apresento em baixo são da página dos C.T.T. e parte dos comentários a cada um deles também:


A emissão de um selo sobre Agostinho da Silva evoca a Filosofia e o Pensamento portugueses, e deixa-nos comuma sua citação para reflectir-mos "O dever de cada homemé fugir ao dominio do que o domina". De seu nome George Agostinho Baptista da Silva (1906-1996) este filósofo, pensador, investigador e ensaísta, é considerado um dos mais paradoxais pensadores portugueses do séc. XX. Nasceu no Porto onde, com 22 anos, concluiu a licenciatura em Filologia Clássica com 20 valores e o doutoramento com o maior louvor (magna cum laude), tendo estagiado em Paris (1931 e 1933). Fundou o Centro de Estudos de Filologia, actualmente Centro de Linguística da Universidade Clássica de Lisboa. Personalidade incómoda para o regime ditatorial, foi demitido compulsivamente de professor do Ensino Oficial em 1935. Desempregado, inicia uma série de palestras, de Norte a Sul do país. Entretanto, começa a publicação dos «Cadernos de Informação Cultural», de que foram por si escritos e editados cerca de 120 títulos. Em 1944, na sequência dos seus textos, foi excomungado pela Igreja, o que o levou a abandonar Portugal e a fixar-se no Brasil, onde ensinou em diversas universidades, até regressar em 1976. Poliglota, falava 15 línguas e dois dialectos africanos. Publicou mais de 60 obras, sendo o seu tema candente a valorização daquilo que a seu ver distingue os portugueses como povo e como cultura que são capazes de albergar em si "tranquilamente, variadas contradições impenetráveis, até hoje, ao racionalizar de qualquer pensamento filosófico".

Com a celebração dos 100 anos do nascimento de Rómulo de Carvalho, celebra-se a Pedagogia e a Poesia, o autor da Pedra Filosofal é homenageado pelo seu nome de facto, pois escrevia sob o pseudónimo de António Gedeão. Rómulo Vasco da Gama de Carvalho (1906-1997) este professor, pedagogo, investigador, historiador da ciência e poeta sob o nome António Gedeão, foi um homem de saberes múltiplos e de humor subtil. Grande comunicador, era avesso a mostrar-se, preferindo a discrição. Criança precoce, escreveu os primeiros poemas aos cinco anos e aos dez decide completar Os Lusíadas, de Camões. Apesar desta inclinação para as letras, era um entusiasta das ciências, licenciando-se em Ciências Físico-Químicas na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, tendo começado a leccionar no ensino secundário. Docente ao longo de 40 anos, deixa uma marca impressiva nos sucessivos alunos que vão aprendendo nas suas aulas. Como dizia: ser professor tem de ser uma paixão, pode ser uma paixão fria, mas tem de ser uma paixão. Uma dedicação. Um apego que se projectou numa ampla difusão científica através da colecção Ciência Para Gente Nova e de outras obras em que sobressai a Física Para o Povo. Só aos 50 anos publica o primeiro livro de poemas, Movimento Perpétuo, mas como sendo da autoria de António Gedeão. A obra é bem recebida pela crítica e Gedeão continua a publicar poesia e, mais tarde, teatro, ensaio e ficção. Torna-se amplamente conhecido, quando Manuel Freire musica e canta o seu poema Pedra Filosofal, que se torna num hino à liberdade e ao sonho.

A homenagem a Fernando Lopes Graça é, também, uma homenagem à Música do nosso país e a este que é considerado um dos maiores compositores europeus deste século. Fernando Lopes-Graça (1906-1994) que foi músico e compositor, foi uma figura marcante do séc. XX português do ponto de vista cultural e da intervenção cívica. Nasceu em Tomar, onde iniciou os estudos de piano que prosseguiu em Lisboa, ingressando no Conservatório Nacional. Em 1931 termina o Curso Superior de Composição com a mais alta distinção e é o 1º classificado para o lugar de professor de Piano e Solfejo da instituição. Mas não toma posse porque é preso e desterrado para Alpiarça. Depois de uma estada de dois anos em Paris (1937-39), onde estuda Composição e Orquestração com Koechlin, regressa a Portugal e embrenha-se em intensa actividade como compositor, pianista, crítico teatral em O Diabo e musical em Seara Nova. Nessas crónicas perpassa o seu bom humor. Organiza coros de amadores de música, escreve canções originais e harmoniza canções populares portuguesas, trabalhando sobre elementos harmónicos, melódicos e rítmicos do folclore português. Em 1941 inicia o seu magistério na Academia de Amadores de Música. Agora o compositor e intérprete pode preservar a sua independência de espírito contra o statu quo vigente. Mais tarde dirá: A Academia é o meu lar musical. Quando morreu, aos 88 anos, deixou uma vasta obra em que sobressaem composições destinadas ao piano, à voz com acompanhamento de piano e a agrupamentos de câmara.


Trazendo Humberto Delgado para o presente difundimos um passo capital da nossa História recente e prestamos um tributo à História da Aviação e à Política no seu todo, a fotografia em fundo é o célebre banho de multidão que este leva em Lisboa. Humberto da Silva Delgado (1906-1965) que ingressou na carreira militar, concluiu os cursos de Artilharia (1925), de Piloto-Aviador (1928) e de Estado-Maior (1936). Foi promovido a brigadeiro aos 46 anos e a general no ano seguinte, sendo o mais novo da sua geração. Integrou a delegação portuguesa nos acordos com o Reino Unido para a concessão de bases nos Açores (1941-1943). Nomeado director-geral da Aeronáutica Civil, funda, em 1945, os Transportes Aéreos Portugueses (TAP) e cria as primeiras linhas aéreas de ligação com Angola e Moçambique. Em 1952 foi nomeado adido militar em Washington e membro do comité da NATO. Recebeu a Ordem do Império Britânico e o grau de oficial da Legião de Mérito dos Estados Unidos. Em 1958 candidatou-se, pela oposição democrática, à Presidência da República, dando origem ao que ficou conhecido como o furacão Delgado. Recebeu por todo o país um entusiástico apoio popular, mas os resultados oficiais atribuem-lhe a derrota que nunca aceitou. Demitido das forças armadas, pediu asilo político na embaixada do Brasil, país de onde encabeçou um movimento de oposição ao governo, congregando inúmeros exilados políticos. Em 1961, o general sem medo foi assassinado por um comando da PIDE, em Badajoz (Espanha), vítima de uma cilada cuidadosamente preparada.


Ao lembrar Thomaz de Mello, são as Artes e o Design que serão aqui também recordadas. Tomás José de Melo (1906-1990) foi pintor, desenhador, gravador, ilustrador e decorador que assinava Tom. Dedicou-se à publicidade, fez cartões para tapeçarias, vidros, cerâmica e ourivesaria, cultivou a aguarela e o desenho. Nasceu no Rio de Janeiro, Brasil, mas residiu tanto tempo em Portugal e tamanha foi a sua participação nas artes plásticas que foi adoptado pelo país de que os seus antepassados eram originários. Descendente de uma família nobre portuguesa, chegou a Portugal em 1926 e aqui se instalou definitivamente. Caricaturista com vários álbuns publicados, colaborador de jornais infantis, como O Papagaio, em que deixou uma marca inovadora, distinguiu-se ainda como grafista e decorador. Integrou desde 1937 a equipa do Secretariado Nacional da Informação (S.N.I.) nas exposições internacionais de Paris e Nova Iorque bem como na do Mundo Português, realizada em Lisboa em 1940. Sobre a sua pintura escreveu o crítico Fernando de Pamplona: Usando de formas sintéticas e de traço grosso e espontâneo, quando não num geometrismo sem arestas vivas, representa, com uma nota de melancolia, trechos do velho casario e tipos populares, de preferência da beira-mar (Nazaré, Póvoa, Figueira) e, bem assim, da charneca alentejana, a que imprime, por vezes, cunho ilustrativo. Foi autor de diversas emissões filatélicas dos C.T.T. Correios de Portugal.

Desigualdades...


Esta imagem de um país da América Latina, demonstra bem as desigualdades gritantes que subsistem lado a lado nestes países.

5.25.2006

Ao Meio-dia...

"Um Mestre chega-se junto a um conjunto de Mestres que acompanhados por aprendizes se preparavam para começar a trabalhar, e pergunta a um Mestre:
– Mestre, a que horas pretendem iniciar os trabalhos?
– Ao Meio-dia, quando o sol está no zénite, na plenitude de seu poder luminoso e calorífico para que a obra seja bem realizada.
Chegado o Meio-dia iniciou-se a construção de uma Catedral."

Mesmo que esta hora pareça o fim, lembremo-nos que a Fénix renascia das suas cinzas.

5.23.2006

'.' LUTO .'.

MORREU HOJE, EM CARNAXIDE, O NOSSO QUERIDO FERNANDO BIZARRO!
BLOG FRATERNIDADE
O CORPO FICARÁ EM CAMARA ARDENTE, NA IGREJA VELHA DE CARNAXIDE, AMANHÃ (24/05/2006) A PARTIR DAS 11:00 DA MANHÃ.

VAI SER CREMADO NA 5ªF. (25/05/2005) NO ALTO DE SÃO JOÃO ÁS 12:00

AGORA QUE PASSA AO ORIENTE ETERNO
CHOREMOS!
(DIVULGUEM NA FRATERNIDADE BLOGUEIRA)

A Raça Humana


Uma inglesa de pele negra, com ancestrais de pele branca, deu à luz a estas gémeas em Abril de 2005 por cesariana, uma de pele negra e a outra de pele branca, a Remee de olhos azuis e de pele branca e a sua irmã Kian de olhos castanhos, que nasceu um minuto depois e é de pele negra. Tanto a mãe, Kylie Hodgson, quanto o marido, Remi Horder, são filhos de casais de pele diferente e as mães de ambos eram de pele branca e os seus pais pele negra.
A cor da pele crê-se é determinada por sete genes que trabalham juntos para a definir, se uma mulher tem uma pele mista, os seus óvulos normalmente contém essa mistura de códigos tanto de pele negra como de pele branca, o mesmo acontecendo aos homens com a mesma pele.
Mas ocasionalmente o óvulo ou o espermatozóide pode conter exclusivamente genes com a informação de uma só cor de pele e se um óvulo for fecundado por um espermatozóide com as mesmas informações em relação á pele deste, provirá um ser humano com a pele de ambos os gâmetas independentemente de a mãe ou o pai serem de pele completamente diferente.
No caso de um casal com a pele de proveniência mista a probabilidades de algum dos cenários referidos se verificar são de uma para cem, mas a de os cenários ocorrerem ao mesmo tempo e de a mulher que dê á luz gémeos falsos será também de um para cem e por fim se envolver dois óvulos fertilizados por dois espermatozóides ao mesmo tempo as probabilidades neste caso também são de um para cem, ora 100 x 100 x 100 dá 1.000000 de probabilidades para a situação ocorrer, estas probabilidades de nascimento de gémeas assim verificaram-se assim todas neste caso.

Segundo os especialistas em fertilidade os dois óvulos foram fertilizados ao mesmo tempo e que a Remee foi originada por um espermatozóide com genes exclusivamente de proveniência da área materna de ambos os país e que fecundou um óvulo do mesmo tipo, enquanto com a Kian, um outro espermatozóide com genes de proveniência da área paterna de ambos os país fecundou um óvulo com genes destes o que resultou no nascimento de duas gémeas mas com aparência diferente.
As duas bebés completam um ano em Abril e só vêm provar que as raças apenas existem na nossa mente.
A única que existe é apenas uma, a Humana.

5.19.2006

Maçonaria está a crescer em Portugal como alternativa.

O Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano, António Reis, defendeu que a maçonaria em Portugal está a crescer e surge como uma alternativa a ideologias, religiões ou partidos. Num debate sobre a Franco-Maçonaria, António Reis garantiu que "nos últimos dez anos o número de maçons do Grande Oriente Lusitano duplicou". Guiada pelo princípio do "livre pensamento", a maçonaria "pode contribuir para preencher um vazio espiritual" - embora não faça "apelo ao transcendente" - sem cair nos "efeitos perversos" associados aos partidos ou religiões, nomeadamente os "dogmatismos e sectarismos", afirmou.
Tanto António Reis como a Grã-Mestre da Grande Loja Feminina de Portugal, Maria Belo referiram os constrangimentos que sentiram enquanto membros e deputados do Partido Socialista na defesa das suas ideias, porque estavam submetidos às "estratégias de poder". "Os partidos são instrumentos de conquista de poder em que "a liberdade de discurso é limitada" e "afastam-se das práticas de cidadania porque prometeram muito e criaram desilusões", defendeu António Reis.
Na maçonaria, que traz "uma proposta de moral universal", o único poder que se reivindica "é o poder dos valores", especificamente "a liberdade, a igualdade, a fraternidade, a laicidade e a cidadania", acrescentou.

5.18.2006

A Comunidade Germano-Russa do Gás

Este foi o título de um post no Bicho Carpinteiro, um Blog que celebra um aniversário de Blogosfera, é um Blog colectivo, bastante interessante pois tem dois intervenientes que gosto de acompanhar, a Joana Amaral Dias uma politica para além de bonita muito inteligente (é pena é ser do Bloco de Esquerda, mas ninguém é perfeito) e o José Medeiros Ferreira um dos poucos (senão o único) comentador que o faz com fundamentação, este é o autor do texto do post:
“Uma nova comunidade europeia desponta no horizonte de 2010: a comunidade germano-russa do gás que fará do mar Báltico um elo de ligação directo entre os dois países. É o primeiro grande movimento estratégico da Alemanha depois da reunificação, caso se considere o desmembramento da ex-Jugoslávia apenas um pequeno precedente na alteração do mapa político europeu.”
São óptimas noticias talvez seja o prenuncio da integração a longo prazo (mais meio século?) da Federação Russa na União Europeia, algo que vejo com bons olhos, mas que em termos geopolíticos seria difícil se não houvesse motivos geoeconómicos fortes.
Talvez seja este um primeiro passo, se bem que envergonhado, para que haja novos passos e que estes criem e alimentem o reforço das relações entre a Federação Russa e a União Europeia em termos económicos e que estes potenciem uma integração das duas Federações a Russa e a (quase Federação) Europeia.

5.17.2006

As pressões da Opus Dei...

Não durou muito tempo para que esta organização se ache com poder para exigir alguma coisa, poder esse que lhe advém pelo controlo absoluto que detém em todos os cargos e assessorias em relação ao órgão de soberania, Presidente da Republica.
Tudo começou como reacção a um projecto de lei sobre o protocolo do Estado, em preparação pelo grupo parlamentar do PS, e que não contempla a presença de representantes de confissões religiosas, a noticia vinda no Expresso, no dia 13 de Maio, orgão oficial dos aliados do novo Presidente da Republica, refere que o PS tem em preparação um projecto de lei que exclui o Cardeal Patriarca dos lugares de honra em cerimónias oficiais, segundo o mesmo artigo, Vitalino Canas, Vice-presidente da bancada socialista, o diploma que será apresentado esta semana define a "precedência das figuras do Estado e do poder público" contexto em que não se enquadram representantes das confissões religiosas, evocando a lei da liberdade religiosa, que estabelece como princípio a "não confessionalidade" dos actos oficiais do Estado.
No dia 16 de Maio numa noticia publicada pelo Diário de Noticias (outro órgão de comunicação social aliado á actual entourage Presidencial), João Bosco Mota Amaral, um conhecido numerário da Opus Dei, defende que deve haver lugares da Igreja no protocolo oficial, segundo esta noticia, o mesmo está a preparar um projecto de lei alternativo ao do PS sobre as alterações ao protocolo do Estado, o ex-presidente da Assembleia da República afirma que a proposta que o PS deu a conhecer "não faz sentido", este argumenta ainda com um problema de reciprocidade, referindo que "quando há cerimónias religiosas, em Fátima por exemplo, os titulares do Estado também aparecem. Seria estranho que, há uns anos atrás, nas exéquias do senhor Cardeal D. António Ribeiro se tivesse reservado a quinta fila para o Presidente da República ou o Primeiro-ministro" e acrescenta que "cada um na sua esfera própria deve respeitar-se, até porque no protocolo do Estado estão definidos outros lugares que não os dos funcionários públicos de topo", mas a sua vóz não está isolada dois dias antes e no mesmo Jornal (que tem espicaçado a opinião pública, nomeadamente os Católicos Apostólicos Romanos, em relação a este problema) outro prelado, um Bispo o emérito de Leiria-Fátima, D. Serafim Ferreira e Silva, que também tem relações com a prelatura sendo apontado como membro desta, considerou a decisão normal, na medida em que existe "uma separação legítima entre as duas realidades e instituições", até aqui tudo normal, mas á laia de ameaça deixou uma advertência, "o povo é inteligente e percebe que um Estado que se alheia de uma organização eclesiástica está a ofender" a sua própria história, para quê mais palavras para incendiar os ânimos dos Católicos Apostólicos Romanos e dos membros que rodeiam o novo Presidente da Republica.
Veremos o que este fará depois de o projecto de lei passar na Assembleia da Republica, vetará politicamente ou manterá uma política de não confrontação?

5.11.2006

A aceitação do filme O Código Da Vinci no Brasil e no mundo

No dia 8 de Maio foi publicado no Jornal Brasileiro, "Gazeta do Povo" a seguinte noticia:
"Secretário da CNBB compara O Código da Vinci a falar mal da própria mãe.

O Bispo auxiliar de São Paulo, Dom Odilo Scherer, secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (C.N.B.B.), recomendou nesta segunda-feira muita atenção "para fazer o discernimento adequado" sobre os fatos reais e a ficção quando se lê ou se assiste ao O Código Da Vinci, obra de Dan Brown que vendeu milhões de exemplares e cuja versão cinematográfica está para estrear nos cinemas de todo o mundo. Para Dom Odilo há "questões que devem se tratadas com respeito", como a própria mãe. "Quando se fala mal da própria mãe é preciso ver, não que a mãe está fazendo de errado, mas o que está acontecendo com quem está falando mal da própria mãe - comparou Dom Odilo, afirmando ainda que tratar esse assunto "de maneira baixa revela decadência cultural". Para o secretário-geral da C.N.B.B., "O Código Da Vinci é ofensivo à fé católica e desrespeitoso" a quem tem fé. "Quanto a ser um livro ou um filme ofensivo à fé católica, acho que é desrespeitoso em relação à consciência, em relação à fé de muitas pessoas. Acho que existem questões que devem ser tratadas com mais respeito, quando se trata da fé de milhões de pessoas, de um patrimônio religioso da humanidade que mais 2 mil anos de história" - disse.

Dom Odilo Scherer lamentou que personagens fictícios sejam misturados aos reais. "Lamentável que em uma obra de ficção se misturem personagens reais, situações históricas reais, que confundem as pessoas. Por isso é preciso ter muita atenção ao ler e ao ver para fazer o discernimento adequado entre o que são fatos e personagens verdadeiros." De acordo com o Bispo, tudo o que se falar a partir de agora sobre a polémica obra "vai ser propaganda", mas ele não se recusou nesta segunda-feira a comentar e a criticar o livro e o filme, em entrevista colectiva sobre a 44ª Assembleia Geral da C.N.B.B., que começa nesta terça-feira em Itaici, localidade do município de Indaiatuba, na região de Campinas (SP). "O povo saberá ler e ver o filme como ele é. O filme é baseado em um livro que é ficção e sobre argumentos de ficção. E sobre argumentos de ficção não se discute. Os argumentos ali apresentados não são verdadeiros. Acabou! Uma ficção é uma ficção e assim deve ser encarada." – concluiu."

E a Igreja Católica Apostólica Romana que na sua milenária actuação ainda não soube ter o mínimo de inteligência para ver que quanto mais empola o assunto mais este filme se torna apetecível, deveria ter aprendido com os precedentes de Jesus Superstar, A Paixão de Cristo ou a versão mexicana do O Crime do Padre Amaro pelos vistos estão a aliar-se á campanha de Marketing de um filme proveniente de um sofrível livro.

Também soube através da Redacção do "Último Segundo" um informe por e-mail Brasileiro que:
"SÃO PAULO – O Deputado Salvador Zimbaldi (P.S.B. de S.P.) entrou na Justiça Estadual de São Paulo, na última quinta-feira, com uma medida cautelar contra a distribuidora Sony Colombia Picture. Zimbaldi tenta impedir a veiculação do filme O Código Da Vinci nas salas de cinema no Brasil, de acordo com a assessoria do deputado.
Zimbaldi alega que a obra agride fatos históricos bíblicos que fazem parte, inclusive, da colonização do Brasil. Ele ressalta que a obra desrespeita os princípios cristãos e deturpa a Bíblia.
O filme causa polémica em todo o mundo. Um grupo de igreja australiano lançou um site e uma série de anúncios de cinema desafiando teorias do sucesso O Código da Vinci para coincidir com o lançamento da versão para as telas. A campanha de U$ 38 mil pela Anglican Sydney Media incita espectadores do filme e leitores do romance de Dan Brown a procurar a verdade sobre Jesus Cristo.
O Código da Vinci sustenta que Jesus casou com Maria Madalena e teve descendentes. A versão para filme do livre best-seller, estrelando Tom Hanks, está marcada para estréia no mundo todo dia 17 de Maio. O filme tem estreia prevista para 19 de Maio no Brasil.”

Isto tudo por causa de um filme. Para quê mais comentários!!!

5.09.2006

Galaxy Europe

A JEF Europa lançou o GALAXY EUROPE. Trata-se de um projecto que visa aproximar os europeus aos Euro deputados mais jovens contribuindo deste modo para ultrapassar esse abismo que se cria entre eleitores e eleitos.

Durante 7 semanas mais de 30 jovens Euro deputados (até 35 anos) estarão durante numa competição on-line para serem eleitos como o melhor Euro deputados Jovem 2006.

Todas as semanas 4 Euro deputados de diferentes países e de diferentes forças políticas estarão em destaque apresentado as suas opiniões sobre assuntos europeus e a actividade no Parlamento Europeus.

Podem participar trocando impressões e colocar questões aos mesmos, depois podem votar.

Para o efeito basta visitar a página: http://www.galaxy-europe.net e colocar as questões que quiserem, discutir assuntos, saber a opinião deles sobre questões europeias nomeadamente o federalismo e outros assuntos relevantes para a juventude e para a Europa.

O Dia da Europa


"A paz mundial não poderá ser salvaguardada sem uma criatividade à medida dos perigos que a ameaçam (...) . Através da colocação em comum de produções de base e da instituição de uma Alta Autoridade nova, cujas decisões ligarão a França, a Alemanha e os países que a ela aderirem, esta proposta constituirá a primeira base concreta de uma federação europeia, indispensável à preservação da paz."

São estas as primeiras linhas da declaração redigida por Jean Monnet e proferidas à imprensa por Robert Schuman, Ministro dos Negócios Estrangeiros de França, em 9 de Maio de 1950.
Nesse dia, em Paris, a imprensa foi convocada para as dezoito horas no Salon de l'Horloge do Quai d'Orsay, quartel-general do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, para uma "comunicação da maior importância".
Era assim proposta a criação da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA).

Reconhecendo a importância da data para o início do processo de construção europeia, os chefes de Estado e de Governo decidiram, na Cimeira de Milão de 1985, consagrar o dia 9 de Maio como o Dia da Europa.

5.08.2006

O céu e o inferno

Um Samurai violento, com fama de provocar briga sem motivo, chegou às portas do mosteiro Zen e pediu para falar com o Mestre.
Sem titubear, o Mestre Zen foi ao seu encontro.
- Dizem que a inteligência é mais poderosa que a força, comentou o samurai. Será que o senhor consegue me explicar o que é céu e inferno?
O Mestre budista ficou calado.
- Viu!!! – bradou o Samurai – Eu conseguiria explicar isso com muita facilidade. Para mostrar o que é o inferno, basta dar uma surra em alguém. Para mostrar o que é o céu, basta deixar uma pessoa fugir, depois de ameaçá-la muito.
- Não discuto com gente estúpida como você. – comentou o Mestre Zen.
O sangue do Samurai subiu à cabeça e a sua mente ficou turva de ódio.
- Isto é o inferno – disse o Mestre Zen, sorrindo.
O guerreiro ficou desconcertado com a coragem do monge e relaxou.
- Isto é o céu – terminou o Mestre Zen, convidando-o para entrar.