O OUTRO LADO DA MOEDA!!!

12.20.2005

Aviso Importante!!!

Agradeço a todos os Blogueiros que me desejaram Boas Festas!!!

Sobre esta época tenho uma importante notificação a fazer:

Aproxima-se a época festiva, Natal e Final do Ano. Considerando a minha qualidade de pessoa importante organizada, comunico a todos vós, meus amigos, admiradores, e toda a sorte de pessoas que de uma ou de outra forma gostariam de ter a honra de me oferecer algo para que possam ser por mim eventualmente recordados, já que estou disponível das 16 às 20, (todos os dias), para receber os vossos presentes.

Ciente de que este aviso vos é de extremo interesse e importância, e tomando em consideração a experiência dos anos idos, em que se formaram longas, perturbantes e trabalhosas bichas em frente à minha casa para a entrega de presentes, apelo, sinceramente, para que cenas como essas não voltem a repetir-se e espero que pautem pelo civismo, urbanidade nas vossas entregas.

Evitem correrias de última hora e a desilusão de não me poderem oferecer um presente!

Admite-se também a entrega de apenas um presente por pessoa.

12.15.2005

Sobre a evolução....

A inteligência, clareza e corrente discursiva fazem este post:

Macaco, não por favor ...

Um monumento contra o obscurantismo a que noutros países se tenta voltar, ao se ensinar a teoria criacionista em vez da evolucionista.

Humor negro com algum fundamento...

Aqui vai uma sugestão para ser atendido com prioridade nos Hospitais Portugueses.

Está doente?
Dirija-se a um hospital.
E diga que lhe morreram as galinhas todas.

Fazem-lhe todos os exames....e com sorte ainda aparece na televisão.

12.14.2005

...sem palavras...

Sobre a execução legal do 1001 condenado á morte nos EUA, restam-me poucas palavras...

Utilizo por isso as dos outros, destes post: Conan, O Bárbaro e TERMINARTOR 4.

Resta-me por fim uma enorme angústia...

Tributo...ao hino laicista...e á paz...



Imagine there's no heaven...
It's easy if you try.
No hell below us,
above us only sky...
Imagine all the people
living for today...

Imagine there's no countries...
It isn’t hard to do.
Nothing to kill or die for,
and no religion too...
Imagine all the people
living life in peace...

Imagine no possessions...
I wonder if you can.
No need for greed or hunger,
a brotherhood of man...
Imagine all the people
sharing all the world...

You may say that I’m a dreamer,
but I’m not the only one.
I hope some day you'll join us,
and the world will live as one.

12.08.2005

Reflexões sobre o Nacionalismo...

Em primeiro lugar, o nacionalismo crê e faz crêr no carácter único das suas características. Uma nação acredita na originalidade e na unidade dos seus traços constituintes - sociais, culturais, e até biológicos.
Em segundo lugar, a nação promove o isolacionismo, levado até ao ponto da autosuficiência nos mais diversos domínios. Tal isolacionismo é também transferido para o passado, fazendo crêr na sua antiguidade histórica como legitimação da construção nacional.
Em terceiro lugar, a nação promove o geocentrismo, fazendo uma comunidade crêr que se encontra no centro do cosmos, e que o resto do mundo gira na sua periferia.
Em quarto lugar, a nação é concebida em termos de sociabilidade horizontal, onde a hierarquia de poder e de prestígio são supostos não existir - sendo substituída por uma profunda camaradagem capaz de gerar e albergar sentimentos e emoções de grupo muito significativos.
Em quinto lugar, os sinais de nação manifestam-se a grupos específicos intra-nacionais como réplicas deles próprios. Os diversos grupos intranacionais são capazes de reconhecer a sua própria identidade através de muitos dos traços constituintes da materialização do nacionalismo.
Em sexto lugar, o nacionalismo afirma a bondade e generosidade do povo, até mesmo a sua ingenuidade. São pronunciados juízos de valor auto-referenciais, sempre positivos, e moralmente estruturantes.
Finalmente, em sétimo lugar, o nacionalismo promove o anonimato e recusa o individualismo em prol do mito do esforço e da criação colectivos. O exemplo mais evidente são os túmulos dos soldados desconhecidos, um dos emblemas mais poderosos dos nacionalismos.
João Soeiro de Carvalho
PS – Retirado integralmente deste post: Nacionalismo.

Será o 1001 executado nos EUA!!!

Stanley Tookie Williams III, conhecido por Tookie, nasceu a 29 de Dezembro de 1953 em Nova Orleães. Sem a presença do pai, e distante da própria mãe, cresce no complicado bairro de South Central de Los Angeles.

Em 1979, com 17 anos, cria em conjunto com Raymond Lee Washington, o gang de rua "Crips". Era generalizada a profusão de gangs em Los Angeles, praticando violência indiscriminadamente. Os "Crips" poderão ter surgido em resposta a este fenómeno, como forma de protecção da sua comunidade. No entanto, é o próprio Tookie que afirma que, apesar da existência desse sentimento, os "Crips" não podem ser vistos como os “bons da fita”, nem como algo positivo. Os "Crips" alastraram rapidamente. No ano em que foi criado, o gang já tinha membros por toda a Califórnia e as suas práticas já se tinham tornado tão violentas como as de qualquer outro gang da altura, verdadeiros arruaceiros que aterrorizavam bairros inteiros.

Também em 1979, Raymond é assassinado por um membro de outro gang, ao passo que Tookie é preso, acusado do homicídio de 4 pessoas num assalto. Em 1981, é declarado culpado e condenado à morte, apesar das suas permanentes alegações de inocência. Desde aí no corredor da morte na Prisão de San Quentin, é colocado em solitária em 1987. Ao fim de dois anos, inicia um processo de reflexão que o leva a constatar a gravidade do seu acto enquanto criador dos "Crips". Este gang já encontra modelos copiados em 42 Estados, bem como na África do Sul e na Suíça.

Perante tais factos, Tookie chega ao arrependimento total face à história violenta do gang. Inicia então um trabalho, que como o próprio explica, é dirigido aos mais jovens, pois são estes os que necessitam de algum modelo em que se possam inspirar e são aqueles que ainda podem fugir aos caminhos que ele próprio percorreu. Em 1996, lança a série de Livros "Tookie Speaks Out Against Gang Violence" dirigido aos jovens do ensino básico e, em 1998, o livro "Life in Prison". Ambas as obras são dirigidas a jovens, procurando desencorajá-los da vida em gangs e nas ruas, mostrando as consequências da violência. O livro "Life in Prison" procura descrever a angústia de um condenado à morte, desmistificando a vida passada na prisão. Ambas as obras se sustentam na sua experiência, procurando chegar assim mais facilmente aos jovens que já se encontram em risco.

Simultaneamente, lança o Projecto de Internet para a Paz nas Ruas, em que liga jovens de bairros problemáticos da Califórnia e da Suíça, bem como de outros pontos do globo, incentivando-os à aprendizagem através do uso de computadores e à troca de experiências que os possa levar a evitar a vida de violência nas ruas.

Com o trabalho efectuado, Stanley Williams já foi nomeado 5 vezes para o Prémio Nobel da Paz e 4 para o Nobel da Literatura, pelo seu trabalho com estes jovens em situações de risco.

Stanley demonstra um profundo arrependimento sobre o seu envolvimento na violência de gangs, mas reitera a sua inocência nas mortes de que é acusado. No seu julgamento, constatou-se que a sua culpa foi formada sobre testemunhos de indivíduos, todos eles com algum tipo de acusação pendente, levando o próprio Tribunal de Recursos a declarar em 2002, que estes poderiam ser facilmente incentivados a mentir, em busca de um qualquer perdão ou atenuante para os seus casos.

No entanto, o Supremo Tribunal recusou o apelo de Tookie, para que se investigassem eventuais casos de racismo e discriminação no seu caso, bem como as suas afirmações de inocência. Por exemplo, o Acusador do Ministério Público, retirou três jurados Afro-Americanos do júri. Nas alegações finais, comparou Stanley durante o julgamento a um "Tigre de Bengala", e declarou que "a comunidade negra de South Central Los Angeles era o equivalente ao habitat natural de um Tigre de Bengala". Este acusador já foi censurado duas vezes pelo Supremo Tribunal da Califórnia por comportamento semelhante.

Stanley Tookie Williams está para ser executado a 13 de Dezembro de 2005.

Campanha da Greenpeace...

A Greenpeace de França lançou esta campanha:

http://www.etopia.be/IMG/wmv/enpanne.wmv

Gostava de partilhar convosco o activismo com inteligência, que foi demonstrado neste vídeo, sobre um problema que infelizmente todos nós conhecemos bem.

12.05.2005

Pena de Morte.

Aproveitando o facto de o meu caro amigo Fernando B. do Blog: Fraternidade ter referido o assunto com um interessante e muito completo post sobre os Corredores da Morte, mas dando uma ênfase aos E.U.A. (sem esquecer outras realidades) com a qual concordo na sua totalidade.

Falarei do mesmo assunto mas dentro do aspecto da ética e dos valores civilizacionais que um estado de direito, independentemente da sua organização politica deve ter em relação a este assunto e apontando casos de estados, para além dos E.U.A., que se contradizem na sua opção de manutenção da Pena de Morte.

Matar legalmente!!!

É o que se fala quando falamos em Pena de Morte, ou seja na atribuição através de uma decisão jurídica e também politica, pois os recursos ou eventuais perdões são sempre uma decisão politica de âmbito pessoal, na qual a comunidade e a pessoa por si eleita ou que exerce o poder por esta e/ou ficticiamente em nome desta, como nos estados Monárquicos e ditatoriais sejam fascistas ou pertençamente marxistas, opta por retirar a vida a outro ser humano.

Existem vários argumentos pró pena de morte que são basto conhecidos, por exemplo:

A Morte é a única maneira de reparar o mal que a outra pessoa fez!!!
Pela Morte teremos a remissão dos pecados que essa pessoa cometeu pela as outras pessoas!!!

Melhor que eu este Blog sobre a Pena de Morte, na sua área Porquê Abolir a Pena de Morte rebate de forma correcta e metódica todos os argumentos que poderão sequer ser utilizados na sua defesa.

Num dos muitos argumentos que este apresenta fala-se por exemplo da descriminação na sua aplicação, este assunto já referi anteriormente num meu post: Quando a opção sexual é um crime !!! em que refiro e denuncio precisamente o facto de que os homossexuais masculinos no Irão são condenados à morte e sumariamente executados pelas suas opções sexuais, este caso que poderemos achar bárbaro não é diferente do relato no post Corredores da Morte, pois a pena não é diferente, apenas há uma aparente maior legitimidade, mas esta é aparente, pois os recursos apenas adiam a pena e aumentam a tortura física e psicológica da pessoa visada pela pena e a maneira de morrer é apenas um pormenor pois o objectivo, que é provocar a morte, consuma-se.

É interessante ver que assistimos a uma regressão do seu uso, tal deve-se não só mas também ao facto da grande pressão da União Europeia, e das suas opiniões públicas bem como de várias organizações, na qual destaco por razões óbvias a Amnistia Internacional, mas também porque os seres humanos quando vivem em estados democráticos terem alguma renitência em apoiar a existência desta pena.

Pois a ética democrática quando interiorizada gera através de uma compreensão dos limites e do reconhecimento das falhas humanas, que forçosamente a aplicação da Pena de Morte implica, nem que seja pelo facto de poder ser injustamente aplicada, levando através disso ao reconhecimento que esta deve ser abolida.

Subsistem na área Retencionista, ou seja países e territórios que mantém a pena de morte, mesmo para crimes vulgares e que activamente a praticam (pois existem países onde embora esta seja legal já não é aplicada à mais de dez anos) muitas ditaduras sejam fascistas, como a Jordânia, a Republica Democrática do Congo, a Arábia Saudita ou a Suazilândia ou pertençamente marxistas (quase todas) inclusive a coqueluche dos intelectuais ocidentais, ou seja Cuba, nada que não seja algo que esperemos pois quem decide nestes casos ou é uma figura ditatorial ou uma elite que pertençamente representa a sua população.
Também existem países em que sob a tutela dos E.U.A. patrocinam a pena de morte como o Paquistão, o Afeganistão, o Iraque ou a Jamaica, tomando como exemplo o seu tutor, são bons "filhos" por esse motivo.
Na área das democracias não aquelas apenas formais, como o Zimbabué, a Tanzânia ou Singapura, mas as já de facto implantadas temos vários casos que podemos considerar como gritantes entre eles o já citado caso dos Estados Unidos da América, a que podemos juntar a Autoridade Palestiniana, a Índia, o Japão, a Coreia do Sul e Taiwan.

E porquê?

Nos casos do Japão, a Coreia do Sul e Taiwan porque cada um à sua maneira tenta ser um exemplo de motor económico, social, ético e politico na Ásia e no mundo, opondo-se inclusivamente tanto a Coreia do Sul como Taiwan a regimes (Coreia do Norte e Republica Popular da China) que estes consideram errados, não obstante estes aplicam a pena dos que criticam com tanta desenvoltura. Não sendo por esse motivo tão diferentes eticamente destes últimos.

A Índia é a maior democracia do mundo e pretende num futuro próximo ser um dos motores da economia mundial e entrar no jogo mundial da liderança económica, social, ética e politica, mas tem imensos problemas já conhecidos como a explosão demográfica descontrolada, a concentração maciça e desordenada da maioria da sua população em cidades e a pobreza num dos países em que a diferença entre os ricos e os pobres é gritantemente demonstrada a estes podemos juntar a aplicação da pena de morte, que aqui mais do que em outro país do mundo só é aplicada a pessoas desfavorecidas que não tem acesso a bons advogados. No país de Mahatma Gandhi, o campeão do pacifismo e da independência pela acção pacifica, presta-se assim tributo ao seu fundador.

Por fim a Autoridade Palestiniana, este estado (que segundo muitos ainda não o é), afirma-se contra Israel e a sua politica de assassinatos selectivos, é apoiado pela União Europeia tanto em termos sentimento popular como em financiamento e promove com esse apoio a pena de morte nos seus territórios e aplica-a essencialmente a pertenços colaboradores palestinianos com o estado de Israel. Onde temos então a diferença!!! Será que o meu dinheiro como contribuinte activo do IVA serve para patrocinar tais actuações!!!

Em relação à Pena de Morte, embora se esteja mais próximo da sua erradicação em termos mundiais, só será passado quando for um valor ético assumido mundialmente, através de uma Confederação ou Federação Mundial de povos e estados, até lá está dependente dos poderes políticos ocasionais que vão governado os respectivos estados nacionais.

Comentário ao post: A Opus Dei e a candidatura de Cavaco Silva...

Houve um comentário feito a este meu post: A Opus Dei e a candidatura de Cavaco Silva... feito pelo Arrebenta, que me levou a este Blog: The great portuguese disaster 1985-1995, digamos que o mesmo através do cómico e da ironia diz muitas verdades, fiquei agradavelmente surpreendido e por isso recomendo a sua leitura.

12.02.2005

Os crucifixos na escola pública são inconstitucionais.

Antes de passar ao comunicado do Ricardo Alves da Associação República & Laicidade, gostaria de referir que concordo com este em "número, género e grau" e o subscrevo inteiramente, por isso lhe dei relevância e o reproduzo aqui, passemos então ao mesmo:
A presença de crucifixos nas salas de aula de escolas públicas é inconstitucional e ilegal. É inconstitucional porque «as igrejas (...) estão separadas do Estado» e «a liberdade de consciência (...) é inviolável» (artigo 41º da Constituição da nossa República), porque «o ensino público não será confessional» (artigo 43º) e porque «todos os cidadãos têm a mesma dignidade e são iguais perante a lei» e «ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de (...) religião» (artigo 13º). É ainda ilegal porque «o Estado não adopta qualquer religião» e «ninguém pode ser obrigado a (...) receber (...) propaganda em matéria religiosa» (artigos 4º e 9º da Lei da Liberdade Religiosa).
O actual Presidente da Comissão de Liberdade Religiosa, Menéres Pimentel, enquanto Provedor de Justiça assinou em 1999 um parecer sobre a presença de crucifixos nas salas de aula de uma escola pública de Lisboa, no qual declarou que «trata-se de uma situação desconforme com o princípio da separação das confissões religiosas do Estado e, concomitantemente, com a liberdade religiosa individual e com a liberdade de consciência, que não pode ser sustentada nem pelo peso da tradição, nem pela vontade maioritária ou quase unânime dos encarregados de educação».

A inconstitucionalidade da presença de crucifixos nas salas de aula de escolas públicas está portanto assente e é assumida pelos poderes públicos. Apenas por desconhecimento, militância clericalista ou laxismo se pode transigir com a situação actual e inventar argumentos para não cumprir preceitos da Constituição. E o cumprimento da Constituição não pode depender nem de relações de poder de nível escolar, nem de pedidos de pais que têm o direito de manter a sua crença ou ausência de crença privada.
Apesar de a lei que nos une ser clara, são invocados em defesa da permanência dos crucifixos diversos argumentos que importa desmontar:
O primeiro é geralmente o argumento da tradição. A esse, respondo que tudo o que nos é essencial tem em Portugal uma tradição recente: a liberdade, a democracia ou a laicidade, por exemplo. Mais, informa-se que a «tradição do crucifixo» nem é muito antiga: data de 11 de Fevereiro de 1936, quando foi legislado na Assembleia Nacional salazarista que «em todas as escolas públicas do ensino primário e infantil existirá, por detrás e acima da cadeira do professor, um crucifixo, como símbolo da educação cristã, determinada na Constituição». Portanto, quem quiser defender a «tradição do crucifixo» que o faça consciente de que é uma tradição salazarista e fundada na Constituição fascista de 1933.
A triade que durante muitos anos arvorou nas paredes das escolas.
Outro argumento muito invocado, e igualmente perigoso, é o da «maioria sociológica». Porém, é por termos uma Constituição que os nossos direitos individuais estão acima das maiorias conjunturais e das tradições. As «comunidades» em que vivemos não têm o direito de saber se professamos esta ou aquela religião ou nenhuma, de nos obrigarem a respeitar a religião da maioria, ou de nos obrigarem a conviver com símbolos religiosos em espaços que são de todos. Não se pode presumir a indivíduo algum, por estar inserido num grupo, uma «identidade cultural» que ele pode querer alterar ou a que pode querer renunciar de todo.
Como argumento de desespero, existe quem invoque o trabalho caritativo feito por instituições ligadas à ICAR (Igreja Católica Apostólica Romana). Confesso que não suspeitava de que esse trabalho é feito em troca de contrapartidas deste género... Será que se deve fazer uma contabilidade de quantos crucifixos vale cada malga de sopa dada a um sem abrigo? É preferível que o Estado apoie as obras de assistência social independentemente da crença ou não crença de quem as faz.
Numa situação de ainda maior desespero, existe quem argumente com o hipotético «valor artístico» de alguns crucifixos. Sem querer entrar em discussões de gosto, sugiro que onde houver necessidade de ter obras de arte na sala de aula se substituam os crucifixos por reproduções de quadros impressionistas ou clássicos, ou reproduções de esculturas de Rodin...
Só seremos iguais como cidadãos, o ateu e o católico, o muçulmano e o baha´i, o protestante e o budista, se cada um de nós aprender a respeitar o espaço do outro, e o Estado garantir a neutralidade dos espaços que são de todos.
A sociedade será tanto mais livre e plural quanto mais o Estado for laico. A liberdade religiosa exerce-se na esfera privada e associativa, sem apoios indevidos nem interferências do Estado para além de zelar pelo cumprimento das leis comuns a todos.
O Estado não deve promover nem impedir o exercício da religião!!!
As escolas não são igrejas!!!