O OUTRO LADO DA MOEDA!!!

3.14.2008

Manuel dos Santos assinala 50 anos de vida do Parlamento Europeu

A luta permanente na defesa dos direitos humanos é, provavelmente, a matriz estruturante da vida do PE no decurso dos seus 50 anos de existência, declarou o Deputado Manuel dos Santos à comunicação social no dia da celebração, esta semana, de meio século da instituição.

Ao longo da sua existência, e durante os últimos 20 anos (recorde-se que foi só a partir de 1986 que a instituição passou a designar-se oficialmente como Parlamento Europeu), verificou-se um constante reforço dos poderes parlamentares, no seio da UE, e foi reforçado o papel de representação dos cidadãos.

Manuel dos Santos recordou que a Assembleia Parlamentar, antecessora do actual PE, começou com 6 países e 142 membros, em 1958, e, hoje, é composta por 27 Estados-Membros e conta com 785 Deputados. É evidente que este crescimento não teria pleno sentido se não se associasse uma completa revolução de funções e competências do PE.

São agora cerca de 500 milhões, os cidadãos europeus que reclamam a sua representação, através da instituição parlamentar, o que se traduziu no reforço do poder parlamentar europeu, decisivo no domínio da produção legislativa, das questões orçamentais e do controlo do poder da CE.

O Deputado, também Vice-Presidente do PE, salientou que o Parlamento é uma instituição respeitada em todo o mundo e a experiência de integração regional com sucesso que representa, tem vindo a ser aplicada em outras regiões do mundo, nomeadamente em África e América Latina.

Manuel dos Santos referiu também que as amplas competências do PE não chegam a custar 1% da despesa global da UE, e que estes gastos são permanentemente auditados e controlados por orgãos internos e externos de fiscalização, reforçando a transparência e a prestação de contas que é devida aos cidadãos.

O futuro da UE e do seu projecto político é, por isso, cada vez mais, dependente da evolução da instituição parlamentar que, porque representa directamente os cidadãos, é a que está melhor colocada para criar e reforçar uma verdadeira cidadania europeia, afirma Manuel dos Santos.

Fonte: Newsletter InfoEuropa Nº 144 de 14 de Março de 2008

3.04.2008

Os professores vão para a rua porque a vergonha há muito deu lugar à pouca vergonha neste sítio chamado Portugal.

O sítio vai ter uma semana agitada com os professores a preparar uma manifestação contra a política de Educação do Governo e naturalmente contra a ministra da pasta. Importa conhecer as razões que levam os professores para a rua.

Os professores vão para a rua porque uma senhora com um saudável mau feitio, de seu nome Maria de Lurdes Rodrigues, acabou com o Ministério dos Professores e tenta, há três anos, criar o Ministério da Educação.

Os professores vão para a rua porque a ministra acabou com a pouca vergonha dos furos nos horários dos alunos, horários esses feitos à medida dos gostos e interesses dos professores, e criou as aulas de substituição, situação que obriga as senhoras e os senhores a passar mais tempo nas escolas.

Os professores vão para a rua porque Maria de Lurdes Rodrigues fez aprovar um novo Estatuto da Carreira Docente que acabou com os privilégios e regalias, muitas delas obscenas, do anterior estatuto tão do agrado dos sindicatos.

Os professores vão para a rua porque o novo Ministério da Educação, ainda em formação neste sítio cada vez mais mal frequentado, decidiu avançar para a avaliação dos senhores e senhoras que são pagos para ensinar a ler e a escrever as crianças do sítio.

Os professores vão para a rua porque a ministra decidiu enviar para as escolas centenas de sindicalistas que não punham lá os pés há muitos anos.

Os professores não vão para a rua protestar contra o insucesso escolar.

Os professores não vão para a rua indignar-se com o abandono escolar.

Os professores não vão para a rua gritar contra as notas miseráveis em Português e Matemática.
Os professores não vão para a rua exigir um ensino de qualidade que acabe com as os vergonhosos conhecimentos dos alunos nas disciplinas da área de ciência.

Os professores não vão para a rua, vestidos de negro, lamentar o analfabetismo e a iliteracia das crianças e adolescentes.

Os professores não vão para a rua protestar contra estes miseráveis trinta anos de ensino que colocaram Portugal numa situação inqualificável na União Europeia.

Não.

Os professores vão para a rua defender a incompetência e o laxismo.

Os professores vão para a rua porque a política do Governo colocou os interesses de pais e alunos acima dos seus privilégios.

Os professores vão para a rua porque o seu Ministério da 5 de Outubro está a ser substituído por um Ministério da Educação.

Os professores vão para a rua, apoiados pelo PCP, PSD e parte do PS, porque têm medo de ser avaliados.

Os professores vão para a rua porque a vergonha há muito deu lugar à pouca vergonha neste sítio chamado Portugal.
António Ribeiro Ferreira
P.S. - Concordo quase totalmente com este artigo, apenas discordo da ideia que o autor tem que não se evoluiu nada nos últimos 30 anos e que a educação era boa antes do 25 de Abril, o que não é verdade pois tanto a taxa de analfabetismo como a elitização do ensino superior isso contradiziam, para além disso decidi publicar esta opinião depois de ter recebido este e-mail de um professor e com o título "Quem é capaz de calar este senhor", o mesmo diz tudo sobre o que muitos destes sindicalistas (comunistas que defendem a "ditadura do proletariado" e por isso com grande autoridade para defenderem a liberdade!!!) acham da liberdade de expressão, deve ser a mesma que ensinam aos estudantes, por isso é que cada vez mais as novas gerações de estudantes são mais interventivos democraticamente e não alienados. Ainda me lembro de quando era dirigente associativo estudantil haver professores que faltavam todas as 5ª Feiras para ir á feira de Carcavelos fazer compras ou do laxismo que existia na sua avaliação a tal ponto que quando um pai no Concelho Pedagógico a que eu pertencia sugeriu uma avaliação diferente foi unânime a sua reacção de recusa, como se diz em Lisboa em "casa de ferreiro espeto de pau"!!!