Lideres sindicais mortos!!!
Luciano Enrique Romero Molina era membro da SINALTRAINAL, um sindicato colombiano que já tinha recebido muitas ameaças, em relação ás suas lutas, tanto do governo colombiano como das milícias para-militares de direita, que e ao contrário do que o governo diz não foram desmanteladas, trabalhava para a CICOLAC, uma empresa que é detida pelo gigante alimentar, mas também farmacêutico Nestlé, este foi demitido em Outubro de 2002 depois de ter liderado várias disputas laborais dentro da empresa, embora vivendo escondido desde então, pois recebeu inúmeras ameaças de morte e tendo solicitado protecção governamental, ao abrigo do programa que este governo tem que protege os membros sindicais e lideres dos direitos humanos, protecção essa recusada (na realidade deram-lhe dois telemóveis e mandaram-no para casa!!!), foi encontrado morto, depois de ter sofrido torturas brutais, no dia 11 de Setembro de 2005 no Distrito de Las Palmas na Província de La Nevada, região controlada pelos para-militares de direita.
Diosdado “Ka Fort” Fortuna
Diosdado “Ka Fort” Fortuna, Presidente da União Filipina dos Trabalhadores – Farmaceuticas, Alimentares & Industrias Aliadas (UFE-DFA-KMU) e também Presidente da PAMANTIK-KMU (outra organização sindical de âmbito regional), representava 660 filiados sindicalizados numa fábrica da Nestlé, na região de Laguna, que estavam em greve e boicotavam a mesma fábrica, desde que, em 14 de Janeiro de 2002 a mesma se recusou a acatar um acordo colectivo laboral e retirou os direitos de reforma aos trabalhadores, mesmo havendo uma sentença do Supremo Tribunal dando-lhes razão, este foi morto, em 22 de Setembro de 2005, quando chegava de moto a casa com vários tiros no peito, já chegando sem vida ao hospital, os seus colegas e camaradas, acusam a multinacional de estar por detrás do crime para pôr fim á greve que decorria.
Diosdado aliás sucedeu a Meliton Roxas, que foi morto em 1989 quando estava num piquete de greve na mesma fábrica, mas não é anormal tais factos ocorrerem neste país, pois no ano passado na Fazenda Luisita foram brutalmente assassinados grevistas e lideres sindicais dos trabalhadores agrícolas enquanto lutavam pelos seus direitos, preconizando um triste massacre de má memória.
Separados por 10.000 Km, tais assassínios, dificilmente seriam coincidentes, não fosse os escassos 11 dias que os separam e ambas as lutas que lideravam estarem ligadas á multinacional Nestlé.
Sacco e Vansetti
Não serão com certeza os últimos, mas mais uns mártires, para se juntarem á lista das lutas dos operários e trabalhadores por melhores condições de trabalho, lista essa que tem como primeiros mártires, pelo menos titulados, Sacco e Vansetti, esperemos que as empresas compreendam que não é assim que se resolvem conflitos, e que estes crimes mais uma vez não fiquem impunes.