O OUTRO LADO DA MOEDA!!!

9.19.2006

Aprovado Parecer de Jamila Madeira sobre novo Fundo de Ajustamento à Globalização

Foram aprovadas esta semana, por larga maioria, as propostas formuladas pela Deputada Jamila Madeira para o novo Fundo de Ajustamento à Globalização – instrumento criado pela Comissão Europeia com o objectivo de contribuir para a reintegração no mercado de trabalho de trabalhadores vítimas de fenómenos como o encerramento e a deslocalização de empresas. Depois do sim da Comissão do Desenvolvimento Regional do PE, as conclusões da eurodeputada socialista irão agora ser integradas no Relatório de fundo respeitante a esta matéria, da responsabilidade da Comissão Parlamentar do Emprego e Assuntos Sociais.
No documento elaborado, Jamila Madeira procurou apresentar soluções que ajudem a promover uma aplicação célere do novo Fundo e uma distribuição equitativa e justa dos montantes disponíveis – 500 milhões de euros por ano, já a partir de 2007. A deputada, que considera ser "de louvar" o espírito que presidiu à constituição do novo instrumento, apela a que as verbas em causa "contribuam efectivamente para preservar os trabalhadores desempregados dos graves problemas económicos e sociais inerentes à sua condição".
Jamila Madeira recorda que, segundo os últimos dados conhecidos, há neste momento 19 milhões de desempregados na União Europeia, com tendência para agravar. "Trata-se de um fenómeno preocupante, sendo por isso imperioso criar condições para ajudar as pessoas vítimas da globalização a encontrarem rapidamente um novo emprego e a adquirirem novas competências".
O Modelo Social Europeu "tem um importante papel a desempenhar nesta matéria", sublinhou a deputada. A UE deve, por isso, enfrentar os desafios que se apresentam "com rasgos de inovação e de modernização da sua economia e do seu mercado de trabalho", apostando "na formação, no conhecimento e na valorização daqueles que se encontram no desemprego por causa das alterações nos padrões do comércio global". Para Jamila Madeira, é essencial, por exemplo, "proporcionar formação e acesso rápido a um novo trabalho, incutindo a ideia da flexisegurança, mas apostando também no incentivo ao espírito de iniciativa e à criação de condições para que se constituam com êxito novas pequenas e médias empresas no espaço europeu".
Fonte: InfoEuropa - Socialistas Portugueses no Parlamento Europeu

9.12.2006

Concurso logótipo.


No dia 25 de Março de 2007 celebra-se o 50º aniversário da assinatura do Tratado de Roma - documento que esteve na origem de todo o processo de integração europeia. Para assinalar a data, a UE promove um concurso destinado a estudantes de arte ou de áreas relacionadas e a jovens designers, tendo em vista a criação de um logótipo de aniversário.

Concorra a partir da seguinte ligação (em inglês):

Viva!!! A Madeira já é independente...

Neste site, Around the world, que merece uma visita pois tem de facto fotografias belíssimas, a Madeira aparece como estado independente.

Assim já não teremos que pagar os seus défices constantes e sermos vilipendiados por o fazermos...

Agora só falta, os Açores, o Norte, o Centro, o Alentejo e o Algarve...
Já agora podem deixar agregado ao Estado Região de Lisboa e Setúbal, a Região Oeste...pois precisamos das suas hortas e campos...

9.11.2006

Sobre a ultima Guerra no Líbano IV

Os Vencedores e Vencidos.

Podemos dizer que houve um claro vencedor, outras duas instituições/organizações internacionais com ganhos internos e três derrotados.

Os derrotados foram tanto Israel (se bem que não completamente), tal como o Hizbollah e o Irão. O vencedor foi a longo prazo o povo não Xiia e não apoiante do Hizbollah no Líbano e as organizações que beneficiaram internamente deste conflito foram O.N.U. e a União Europeia.

O primeiro derrotado foi claramente o Exercito Israelita e a estratégia ofensiva que utilizaram. A estratégia era clara, primeiro uma Guerra Aérea Massiva, ganhando preponderância no ar, acompanhada por operações de eliminação limitada de alvos ou de conquista de pontos de resistência importantes e depois numa ultima fase com uma invasão terrestre mais ou menos massiva eliminando uma grande parte da ameaça da força oponente. Esta foi a estratégia americana que teve sucesso na I Guerra do Golfo e na Invasão do Afeganistão mas que mostrou limitações na Invasão do Iraque e muito antes disso na Somália. Se analisarmos esta estratégia tem como percursora a "Guerra dos seis dias" em que Israel eliminou a força área dos países que o circundavam e representavam uma clara ameaça, depois com recurso a tropas especiais atacou atrás da linha fronteira alvos específicos, decorrendo ao mesmo tempo bombardeamentos aéreos massivos e á posteriori ocupou com uma invasão os territórios da Cijordânia e outros parcialmente. Correndo bem a fase 1 (bombardeamento e controlo aéreo e eliminação de muitos alvos por ar) e a fase 2 (operações limitadas e conquista de pontos de resistência importantes) da operação israelita nitidamente escapou-lhe a fase 3 que seria o cerco e estrangulamento do Hizbollah. Perderam também na guerra psicológica e foram menos hábeis na contra argumentação, pois tal como os americanos contam sempre com fortes sentimentos "contra estes" façam bem ou mal. A nível interno a gestão também não correu muito bem, tendo um primeiro-ministro sempre optimista, sendo contrariado a cada dia que passava pelo que ia acontecendo no terreno e uns Chefes Militares de operações bem como o Ministro da Defesa mais realistas. Mas não foi assim tão derrotado quanto os seguintes, pois conseguiu um objectivo estratégico a médio e longo prazo que é o confinamento e controlo de um dos aliados externos do Irão a norte.

O Hizbollah é o outro derrotado, digam o que disseram os seus dirigentes ou querendo atirar areia para os nossos olhos, este tem que desarmar, as forças regulares do Líbano uma vez com o apoio das forças da O.N.U. vão se encarregar disso elas próprias, os elementos Cristãos e Drusos claramente maioritários no Exercito assegurar-se-ão no terreno daquilo que os seus lideres não conseguiram nas mesas das negociações, pois terão não só uma força militar da O.N.U. com poder de fogo para os apoiar como serão balizados por uma nova resolução que prevê isso mesmo de forma bastante clara. O Hizbollah a partir da agora ficará como partido, se reagir como força beligerante será eliminada como tal pelos seus e pela força da O.N.U.. O Hamas dessa forma e lateralmente perde o seu único ponto de contacto militar na região e terá que desarmar forçosamente, sendo outro grande derrotado. E lembremo-nos que é a Alemanha (aliado europeu de Israel) que vai controlar as costas do Líbano, porta de entrada das armas pois pela via terrestre poderiam ser fotografadas por satélite ou bombardeadas pelos aviões israelitas.

Desta forma podemos ver que as organizações representantes dos interesses Iranianos naquela parte do mundo ficaram limitadas. A aparente neutralidade dos estados Sunnis á Guerra que Israel fez ao seu vizinho foi um claro sinal que estes encaravam a Guerra como feita a um grupo aliado do Irão e não uma agressão ao Líbano como estado, para reforçar esta ideia temos a aceitação por parte de Israel a que forças Indonésias e do Qatar integrem a FINUL, o primeiro país não tem Xiias (mesmo sendo o país islâmico mais populoso) e o segundo tem uma minoria Xiia que tem dado que fazer ás suas autoridades, o que de si os faz uns aliados ideais para conjuntamente com o Exercito Libanês regular desarmar o Hizbollah. O cerco aos aliados externos do Irão era o objectivo de Israel (e dos U.S.A. que os apoiaram nesta incursão) como vimos este objectivo foi claramente conseguido, por esse motivo este é um dos principais derrotados do Conflito que se verificou.

A O.N.U. voltou com este conflito a ser o único parceiro a quem os U.S.A. poderiam recorrer para mediar o conflito e só ao abrigo da FINUL (Forças de Interposição das Nações Unidas no Líbano) e esta com um mandato renovado e com novas funções mais objectivas e especificas é que se poderia chegar a alguma situação em que esta Guerra fosse algo mais do que só mais uma entre Israel e o seu vizinho. A O.N.U. tem também um papel destacado na mediação da libertação dos prisioneiros e da sua troca. Por fim e aproveitando este “pacote” de credibilidade e intervencionismo que a O.N.U. assumiu prepara-se para sob os auspícios do Concelho de Segurança e com a mediação empenhada de vários estados (alguns que têm sido muito pouco multilaterais nos últimos tempos, como os U.S.A.) ao serviço desta, de tentar por um ponto final na ocupação das "Quintas de Cheba", veremos se este problema se resolve ou não?

A União Europeia, no seu conjunto, pelo protagonismo que exerce na FINUL (só esta o poderia fazer), no seu comando e na responsabilidade de desarmar o Hizbollah. A U.E. passa a ter uma missão militar em que realmente é visível (pois já tinha a missão da Macedónia e o comando na Bósnia) e em que esta desempenha um papel importantíssimo em termos geoestratégicos. Virão dizer os "Velhos do Restelo" é como pôr a cabeça dentro do Leão, talvez, mas se virmos bem, qual é a situação em que se assume um papel militar e geoestratégico importante, que não o é? A União Europeia com esta missão que se prevê longa e em que inevitavelmente no futuro ficará sozinha, poderá ter que começar a pôr mais a sério a criação de um exercito Europeu, ideia esta aliás partilhada por muitos europeus (como demonstram recentes sondagens a nível europeu), daí a oposição do Bloco de Esquerda, a tal esquerda alter-globalista, e da esquerda anti-imperialista (aquela que defende um império comunista totalizador e antidemocrático global) do Partido Comunista Português a esta intervenção. A U.E. ficaria assim mais forte e com uma renovada credibilidade interna e internacional, algo que estes dois “partidinhos” bem como a extrema-direita fascista abominam.

Delírio...

Este foi um comentário delirante que fizeram a um post meu, “Sobre a Guerra no Líbano III”, depois de corrigir os erros ao mesmo resolvi publicá-lo para nos rirmos um bocado neste dia em que morreram milhares porque fundamentalistas (embora islâmicos) que partilham estas teorias procederam a uma chacina por motivos religiosos:

"Segundo reza a Bíblia, os hebreus (de onde vieram os israelitas), depois de fugir da escravidão do Egipto, andaram 40 anos no deserto, sem nação, destruindo as cidades que encontravam, a mando de "Deus?". Chegaram à terra prometida, esta era ocupada por gigantes e descendentes dos gigantes: foi tudo morto, as cidades destruídas: assim nasceu a primeira nação israelita.
Mais tarde, quis o destino que aquele a quem muitos passaram a chamar de Salvador, Jesus Cristo, viesse a nascer no seio deste povo. O culto a este homem complicou o império romano, o qual expulsou os judeus da sua terra, criando a Palestina para retirar-lhes qualquer ideia de retorno.
Ora, passados mais de 1500 anos vem uns tais que se dizem judeus entrar pelo território dentro, a chacinar, reclamando desta forma uma terra perdida há tanto tempo? Mesmo que os invasores fossem mesmo judeus, que culpa tinham aqueles que lá moravam por aquilo que outros fizeram há mais de 15 séculos?
Quer dizer, a influência destes tais que se disseram judeus e que invadiram a Palestina, criando o Estado de Israel, é tal, que (para além do incontestável apoio dos E.U.A.) o selo oficial dos E.U.A. possui, por cima da cabeça da águia, uma estrela dos judeus formada por treze estrelas. Digam lá o que disserem, a desculpa inicial para esta invasão não segue a lógica do coração, nem da razão.
Por outro lado, o facto de uns países do Médio Oriente serem militarmente abastecidos pelos E.U.A. e outros pela U.R.S.S., nada mais é do que o resultado de um plano que ganha vida em Adam Weishaupt de desenvolver o capitalismo. Este plano passa pelas mãos de Marx, com "O Capital", o que veio dar a entender que o marxismo e o capitalismo continham, em si, objectivos diferentes, quando, na verdade, ambos foram criados por incentivo da mesma fonte, destinados para o mesmo fim: desenvolver um estado hegeliano em que as duas partes entrassem em convulsão, sintetizando-se na nova ordem maçónica mundial. Por isso, uma pessoa como o actor que menciona diz uma coisa daquelas, não deve andar assim tanto a dormir.
"

Como podemos inferir por este último comentário, quem é anti-semita deve ser aplaudido...esta foi a única parte em que não me ri...

9.04.2006

Sobre a ultima Guerra no Líbano III

O Líbano e a inexistente unidade nacional contra Israel

Essa foi a ideia que nos últimos tempos pretenderam passar na comunicação social, que havia uma unidade nacional contra Israel, nada poderia ser mais mítico do que esse pensamento.

Os membros do Movimento/Partido Hizbollah, do Partido Amal ambos Partidos Xiias Duodecimanicos embora rivais têm em comum o ódio a Israel mas os segundos culpam os primeiros de fazer sofrer a população Xiia com os seus constantes ataques. Os Palestinianos refugiados no Líbano que vivem Campos dos Refugiados e são cerca de 200.000 também odeiam Israel por razões óbvias.

Os Drusos ou Partidários de Ali Deus (Ali-´iláhi) que quer dizer fieis a Darazi que era partidário de Al-Hákim ou do “Homem Deus”, são uma minoria que tem milhares de adeptos no Irão, Iraque, Síria, Palestina, Israel e Líbano, sendo que neste ultimo país que são uma forte minoria (8% da população). Organizam-se em torno de uma sociedade secreta, com iniciação estrita aos membros do clã familiar, são considerados infiéis por algumas vias do islamismo o que os levou a isolarem-se e especializarem-se na arte da guerra, sendo bastante combativos. Põem-se um bocado à parte no referente ás guerras internas dos Xiias e Sunnis, bem como do mundo Islâmico, sendo muitas vezes aliados dos inimigos destes últimos, pois a quase totalidade das vias Islâmicas os persegue. Estes dividiam-se entre as Milícias do Partido Socialista Progressista (P.S.P.) e da Milícia Drusa do sul do Líbano, muitos homens e famílias inteiras tiveram que sair do Líbano para o norte de Israel quando esta retirou, pois os membros desta ultima milícia também pertenciam ás forças do Exercito do Sul Líbano (E.L.S.). Os Milicianos do Partido Socialista Progressista têm origem maioritária proveniente dos Xiias não Duodecimanicos (existem mais duas seitas islâmicas não Drusas no Líbano), cristãos nomeadamente protestantes e eram compostos esmagadoramente pelos Drusos de Beirute e do centro e norte do Líbano (os do Sul tinham a Milícia Drusa), o P.S.P., tinha e têm uma forte componente laicista e eram generalistamente comunistas nacionalistas apoiados pela então União Soviética via Síria. Sendo nacionalistas de Esquerda na sua grande maioria eram apoiados pela União Soviética em contraposição ao Hizbollah (Iraniano e então não alinhado com nenhum dos campos da Guerra fria), o Partido Amal (pró Sírio mas algo fundamentalista) e os Cristãos (pró americanos e apoiados pelo Vaticano e outros países europeus) sendo financiados por esta. Os Milicianos do P.S.P. estiveram numa primeira fase da Guerra Civil Libanesa com a O.L.P., entre 1976 e 1985 (sendo os principais impulsionadores do Movimento Nacional Libanês, depois desse ano e mais claramente depois da Invasão Israelita e em todas as Guerras dos Campos estiveram contra a O.L.P. e foram contra os Xiias do Hizbollah e os Milicianos da Al-Morabitun, em 1983 tomaram conta do Monte do Líbano e o Distrito de Chouf áreas estratégicas da Capital Beirute, obtendo por esse controlo recursos (portagens e impostos) sendo a partir daí menos controlados pela União Soviética, eram comparativamente poucos mas no entanto temíveis guerreiros, como só os Drusos podiam ser. Com a restauração da paz em 1989 o P.S.P. desmilitarizou-se e entrou na política Libanesa o seu líder Wallit Jumblatt (filho de Kamal o primeiro líder histórico do partido assassinado em 1977 pelos Cristãos apoiados pelos americanos) participou em inúmeros governos, passando depois para a oposição. Numa primeira fase enquanto governo, o P.S.P., não se opunha á militarização do Hizbollah e á presença Síria, quando viu que nem os Sírios iriam sair como prometeram nem o Hizbollah iria parar os ataques aos Drusos do Sul do Líbano e que este podia tomar conta do Governo pela força, foi um dos principais opositores á presença Síria no país e um dos mais férreos apoiantes da desmilitarização do Hizbollah, a partir dessa altura os Drusos passaram a ser parte essencial do exercito regular Libanês.

O E.S.L., era formado maioritariamente por Cristãos estes tanto no sul como no centro e norte do Líbano são fortes opositores aos Xiias e aos Sunnis, cerca de 220.000 saíram a quando da retirada de Israel do sul do Líbano e formaram conjuntamente com os Drusos aldeias e povoados no norte de Israel, que estiveram na linha da frente dos bombardeamentos do Hizbollah, sendo que a maioria das vitimas são provenientes destas aldeias e não de Haifa como nos tentaram passar as incompletas noticias, ou seja o Hizbollah vinga-se dos próprios antigos colaboradores de Israel e antigos cidadãos do Líbano. Os cristãos que são cerca de 36% do total da população estão divididos entre uma maioria Católica Maronita (cerca de 25% da população do Líbano) que responde á Igreja Apostólica Romana sendo que os seus Cardeais Patriarcas pertencem ao conclave cardinalício (inclusive o electivo), uma minoria de 10% de Católicos Ortodoxos Gregos e outra residual (0,5%) de Protestantes nomeadamente Anglicanos e Calvinistas. Foram os cristãos nacionalistas e conservadores de direita e a sua oposição á tentativa que a O.L.P. tinha de se estabelecer com as suas bases no Líbano para atacar Israel que começaram a Guerra Civil em 1976 contra uma aliança dos Drusos, Islâmicos e Milicianos do Partido Socialista Progressista que estavam com a O.L.P., aliança essa que, como já vimos, entretanto foi quebrada com a Invasão de Israel e com o apoio da Síria primeiro aos Cristãos contra a O.L.P. levando o Partido Amal e os Milicianos do P.S.P. contra a O.L.P.. Quando houve a saída do Sul de Líbano por Israel a maioria das aldeias Cristãs do Sul do Líbano foram arrasadas e assistiram-se a massacres de mulheres e crianças só por serem Cristãos (onde estava então a indignação desta Esquerda!!!), mesmo depois do seu, agora tão aclamado líder, dizer que não sofreriam represálias (que raio cinismo!!!), a tal ponto que o Governo do Líbano teve que pedir á O.N.U. a interposição das suas forças nessas aldeias e de enviar forças regulares para proteger as poucas aldeias Cristãs que se mantiveram no sul do Líbano, expulsando os seus vizinhos Xiias, pois o restante sul foi evadido e ocupado pelos Xiias que estavam sobre o controle do Hizbollah, ficando com a terra e as casas dos Cristãos e Drusos que acompanharam a retirada Israelita. Estes actualmente são representados na Assembleia por três forças políticas os Falangistas (antigos membros da Milícia Cristã e conservadores cristãos) os nacionalistas de direita da Frente Libanesa e os moderados do Partido Nacional Liberal.

Estes formam com os Sunnis e Drusos a espinha dorsal do Exercito Libanês, aquele que o Hizbollah diz que não tem competência ou legitimidade para proteger o Líbano de Israel.

Quanto aos Sunnis são 20% da população do Líbano e organizaram-se durante a Guerra Civil do Líbano numa milícia a Al-Morabitun (al-murabitūn) que quer dizer literalmente “As Sentinelas” numa primeira fase estas milícias tinham Cristãos e Drusos quando participavam no Movimento Nacional Libanês (e eram pró palestinianos) embora fossem compostas maioritariamente por Sunnis, travando numa primeira fase combates contra os Cristãos (isto na primeira fase da Guerra Civil Libanesa em 1976) e sendo aliados dos Xiias do Partido Amal e os Combatentes Milicianos do Partido Socialista Progressista mais tarde nas Guerras dos Campos (depois Maio de 1985 e da Invasão Israelita do Sul do Líbano em 1986) foram aniquilados pois tomaram o partido da O.L.P., tanto os Drusos, os Xiias do Partido Amal e a Milícia do Partido Socialista Progressista (é preciso compreender que a Síria estava nessa altura contra a O.L.P. tal como a União Soviética) bem como os seus antigos inimigos os Cristãos acabaram com a sua existência, nem sequer o Hizbollah (movimento que ficou ao lado da O.L.P.) se moveu para os proteger, desde então que se afastaram das Guerras que os Xiias e os Cristãos têm entre si e não entrariam em combates contra Israel pois embora o condenem (pela invasão da Palestina) preferem manter-se á parte dessas lutas, muitos deles emigraram para a América do Sul (Brasil e Argentina), Africa (Angola, Moçambique e Africa do Sul) e para a Europa (Alemanha e Reino Unido) sendo que as suas aldeias e bairros citadinos são caracterizados por boas casas devido á riqueza económica que adquiriam no estrangeiro, têm dois movimentos que os representam na Assembleia o Renascimento Árabe Socialista (esmagadoramente maioritário) e a Jihad Islâmica (extremista e pró palestiniano e que é o braço deste partido tanto dentro dos Palestinianos como dentro dos Libaneses Sírios).

Como podemos ver e fazendo as contas por alto temos que só cerca de 35% da população libanesa é pró Hizbollah (isso tendo em conta que os Xiias do Partido Amal os apoiam nesta luta, o que não é claro) e a manutenção de uma Guerra contra Israel. Por estes motivos é que o beligerante não é o Estado do Líbano mas um movimento radical Xiia Duodecimanico e estes, os Israelitas, não atacaram o Exercito Regular Libanês mas só a Milícia do Hizbollah, pois nem um só avião militar foi destruído (e em 40 dias de conflito nenhum levantou para fazer frente aos aviões israelitas!!!) nem um só Navio de Guerra das Bases Navais do Norte do Líbano foram destruídos (pois os do sul foram desviados com essa intenção rapidamente neutralizada) nem nenhum quartel bombardeado, sendo que no prazo de um dia, 15.000 militares libaneses foram deslocados para o sul do Líbano e nem um só entrou em confronto com as forças Israelitas que saíram em uma semana.