O OUTRO LADO DA MOEDA!!!

4.28.2007

Uganda lidera «Campanha de 1 Bilhão de Árvores»

O Uganda é o líder da iniciativa «Plantemos para o Planeta: Campanha de 1 Bilhão de Árvores», de acordo com a página de Internet da iniciativa, tendo já plantado mais de um milhão de espécimes.
O Uganda tem 1.054,820 de árvores inscritas como plantadas, 1.052,670 delas no âmbito de acções da Nuwamanya Tree Foundation, organização ugandesa que ultrapassa a plantação levada a cabo pelo Motobo Enviroment Live Programme no Quénia.
No país de origem de Wangari Maathai, Nobel da Paz 2004 e mentora da Campanha, o Motobo Enviroment Live Programme já plantou 200 mil árvores, sendo o principal responsável pelo quarto posto ocupado pelo país a 12 de Março, quando constava do sítio da campanha com 209.473 árvores.

Entre o Uganda e o Quénia figuram na tabela a Sérvia, ocupando a segunda posição com 241.746 árvores, e a Espanha, que conquistou o terceiro lugar com 214.362 exemplares - contagem que pode aumentar a qualquer momento, alterando os lugares no «ranking».

Outros países cujos números de árvores inscritas mostram entusiasmo pela iniciativa são o Peru (que está na quinta posição com 140.206), o Uruguai (no sexto posto com 130.001) e o Senegal (em sétimo com 100 mil espécimes).

Apesar de os valores não se aproximarem dos atingidos pelo Peru ou pelo Uruguai, diversos outros países da América Latina têm alinhado na campanha «Plantemos para o Planeta», caso do México, do Brasil ou da Costa Rica.
Também no continente americano mas a Norte, os Estados Unidos não parecem especialmente motivados, tendo plantado até agora somente 7.707 árvores ao abrigo da iniciativa.
Na Europa, a seguir às já referidas Sérvia e Espanha, surgem a França, com 39.162 árvores, Chipre, com 17.736, e Itália, com 7.309, qualquer deles a larga distância do único país nórdico representado - a Finlândia, com apenas uma dezena de espécimes na lista.
Em África - além dos líderes Uganda, Quénia e Senegal - de assinalar o empenho da Tanzânia, com 65.200 árvores a contribuírem para a meta do bilhão (mil milhões).
No que se refere à Ásia, o país mais empenhado é a Indonésia, com 17.120 exemplares, seguida da Síria, com 10 mil, enquanto na Oceânia, vai a Austrália à frente com 25.236 árvores, enquanto a Nova Zelândia se fica pelas 11.
Os lugares finais do «ranking» são preenchidos pela República Checa e a Jordânia, antepenúltimas, com cinco árvores inscritas; Singapura, Chile e Croácia, empatados em penúltimo com três cada um, e o Equador, em último, com duas árvores - mesmo assim, claro, à frente dos muitos territórios que nem uma árvore têm inscrita.
De salientar que no Senegal, Mali, Polónia, Marrocos ou Mongólia as acções foram realizadas por uma única entidade em cada país, enquanto nas Maldivas foram várias as entidades já envolvidas, não havendo, porém, um único particular a colaborar.
Situação diferente se verifica em Espanha, Itália, França e EUA, onde é bastante elevado o número de particulares activos, sendo de sublinhar que no Irão e na Coreia do Sul são os particulares quem participa com maior número de árvores.
E em Moçambique e no Panamá - cada um com 300 espécimes plantados - as acções devem-se mesmo a um único particular.
A Campanha - dinamizada pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente e que visa envolver pessoas e entidades do sector público e privado para a plantação de árvores no meio rural e urbano - tem como principal fragilidade as dificuldades em monitorizar as acções.

Um «calcanhar de Aquiles» patente no sítio da Campanha na Internet, onde é possível encontrar duplas entradas e inclusões repetidas na secção de «Compromissos» e de «Plantadas».
«Desde o início da campanha, já foi inserida por três ou quatro vezes informação falsa - houve quem introduzisse a informação de que tinha plantado mil milhões de árvores -, o que é corrigido de imediato», explicou Meryem Amar, do Programa Ambiental da ONU.
«Há um certo grau de confiança no nosso interface com os participantes e, até ao momento, tem havido transparência e responsabilização na forma como é conduzida a campanha», assegurou a responsável, que a agência Lusa contactou via e-mail.
Questionada sobre valores aparentemente pouco prováveis indicados no sítio, Meryem Amar reiterou que «a plantação de árvores tocou pessoas de todo o mundo», acrescentando que «a vasta maioria actuou com total honestidade».
in Diário Digital em 14.03.07