O OUTRO LADO DA MOEDA!!!

11.16.2007

"UE deve dar prioridade aos direitos humanos e liberdades fundamentais nas relações com países terceiros", defende Jamila Madeira

"A incontestável presença dos direitos humanos universais e a garantia das liberdades fundamentais nas relações da UE com o mundo deve ser o móbil para qualquer premissa negociável com qualquer parceiro no mundo", afirmou esta semana a Deputada Jamila Madeira, na sessão plenária do Parlamento Europeu, em Estrasburgo. Os Deputados debateram o reforço das relações da UE com os países vizinhos. Jamila Madeira considera que "o papel da UE no mundo é hoje algo absolutamente indispensável para conseguirmos conquistar alguns equilíbrios essenciais à prossecução de paz e justiça no planeta". A eurodeputada socialista e Vice-Presidente da Comissão Económica da Assembleia Parlamentar Euro-Mediterrânica sublinhou que a região do Mediterrâneo "pela proximidade geográfica com a Europa, pela afinidade ancestral, pela diversidade cultural e pela permanente instabilidade política, deve exigir da UE uma intervenção absolutamente determinada" quanto às premissas dos direitos humanos e liberdades fundamentais. Jamila Madeira criticou ainda as propostas recentes apresentadas pelo Presidente francês, Nicolas Sarkozy, sobre a União do Mediterrâneo por surgirem "completamente fora do contexto". "Apesar de ser uma proposta absolutamente útil pelo reavivar do debate em torno do Mediterrâneo, desvincula-se das premissas fundamentais da UE, no que respeita à supremacia dos direitos humanos universais e das liberdades fundamentais, considerando-as questões laterais perante um pragmatismo caso a caso que alimentaria um relacionamento a várias velocidades", afirmou. O papel da UE "não é alimentar o 'ralenti' em que os nossos parceiros se refugiam nem é alimentar divisões". Assim, "garantir o cumprimento da Zona de Comércio Livre em 2010 na região, entre todos os seus pares, é um objectivo ao nosso alcance, mas sem nunca deixarmos cair a nossa essência de valores e direitos humanistas e democráticos", concluiu.

Fonte: Newsletter InfoEuropa Nº 130 de 16 de Novembro de 2007