Revolta na Bounty
Depois de se apropriar do trabalho alheio, do impacto do aumento das taxas do IVA e das receitas resultantes da reforma dos impostos sobre o património, ao dr. Macdo já não bastam as forças terrenas e recorreu ao poder do divino, convencido que também aí se poderia apropriar de algum milagre alheio. Entretanto, já está a preparar para o próximo dia 26 uma grande encenação nacional, trazendo à capital e à custa do erário público todos as chefias dos serviços de finanças.
O resultado de todas estas manobras é a revolta generalizada, uma situação que começa a parecer a revolta na Bounty. A direcção distrital de Lisboa do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos já tomou posição contra as patéticas entrevistas dos seus presidentes e pelo menos a direcção da distrital de Évora já tomou posição em apoio desse comunicado. Afinal onde está o apoio dos trabalhadores ao senhor do Millennium?
A luta desesperada do dr. Macedo está a ter efeitos mais perversos do que ele imaginou, gerando uma situação da qual só pode resultar a sua demissão, pois nenhum governo pode estar sujeito à suas manobras e assistir tranquilamente ao desmoronar da máquina fiscal.
Se o dr. Macedo ganharia tanto no Millennium com o que ganha na DGCI porque se assiste a tantas movimentações de alguns sectores em defesa do dr. Macedo? O director-geral dos Impostos, que aparenta ter um QI mediano pois só isso justifica a encenação religiosa que promoveu, está longe de ser um Nobel da gestão e todas estas movimentações são suficientes para nos fazer meditar um pouco.
Que forças e interesses estarão por detrás de toda esta procissão?
Comunicado da direcção distrital de Lisboa do STI:
«Comunicado n.º 1/2007
«…é um erro o Governo mudar o director-geral só por uma questão financeira.»
Tendo em conta que o último Conselho Distrital de Lisboa, realizado em 29.11.2006 foi aprovado por unanimidade um protesto contra as habituais declarações da D.N. do STI, na pessoa do seu presidente, bajuladoras e laudatórias do Director-Geral dos Impostos, Dr. Paulo Macedo, a vários meios de comunicação social.
E sendo que no Conselho Geral do STI, que decorreu em 11 e 15 de Dezembro de 1006, esta Direcção Distrital alertou aquela D.N. da inconveniência para o sindicato, e para o desagrado junto dos funcionários e dos sócios, de tais declarações. Inconveniência porque nem tudo corre bem na DGCI.
De facto basta referir o exagerado tempo de espera dos contribuintes nos Serviços de Finanças, bem como as condições de conforto em que essa espera é efectuada, para facilmente concluirmos que a carência de recursos humanos é em visível, como aliás o demonstra uma leitura atenta do último Balanço Social.
A verdade é que o notório trabalho na área do património e das execuções fiscais, deve-se essencialmente ao empenho e carolice de muitos trabalhadores, que a implementaram e que estão a levara cabo um considerável desenvolvimento nessas áreas, com a introdução das respectivas aplicações informáticas, concebidas pela DGITA, que há muito eram reclamadas pelos Trabalhadores.
O sucesso mediático do Director-Geral deve-se essencialmente à notável capacidade para cavalgar esta onda que tem sido laboriosamente semeada pelos muitos funcionários da Administração Fiscal, junto da comunicação social, que por sua vez se encarrega (sabe-se lá porquê) de apresentá-lo como um salvador, um D. Sebastião.
Porque sempre entendemos que o STI existiu e existe para defender os interesses dos Trabalhadores dos Impostos, a Direcção Distrital de Lisboa, inequivocamente, demarca-se das habituais declarações da actual D.N, alertando esta, mais uma vez, para a conveniência de doravante se abster de proferir declarações de igual teor, a fim de não minar a independência e a unidade dos trabalhadores dos impostos.
Votos de um bom ano de 2007.
Saudações sindicais
A Direcção Distrital de Lisboa do STI»
In: http://jumento.blogspot.com/2007/01/revolta-da-bounty.html
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