O OUTRO LADO DA MOEDA!!!

11.17.2005

Outra boa proposta para Sábado...pelo Clube Loja de Ideias...


Inserida no âmbito do seu ciclo 30/25, o Clube «Loja de Ideias» apresenta no sábado dia 19 de Novembro a dupla sessão:

Pelas 16 Horas
«O dia em que o Governo parou»
A greve de 19 de Novembro de 1975

Oradores:

Diogo Moreira
Comandante Vitor Crespo

Moderador:

Luis de Sousa

Pelas 19 Horas
«30 anos depois. Que leituras Políticas»

Oradores:

Luis Fazenda
Jaime Serra (a confirmar)
Anacoreta Correia
Joao Cravinho

Moderador:
Paulo Dias

Debates abertos ao público.

Biblioteca-Museu República e Resistência
(Rua Alberto de Sousa, 10-A à zona B do Rego)
Temos para nós três momentos definidores da contemporaneidade portuguesa: Abril de 1974, Novembro de 1975 e Junho de 1985. Em 25 de Abril de 1974 iniciámos a ruptura necessária para transportar Portugal para a modernidade europeia e mundial. Nesse momento rompemos irreversivelmente com o Estado Novo e com o seu regime politicamente castrador. Abriram-se portas de possibilidades. Avançavam-se rumos e sonhos. Em Junho de 1985, em pleno Mosteiros dos Jerónimos, ao assinarmos o tratado de adesão à (então) CEE, concretizávamos um dos sonhos de Abril: estar na Europa, e com a Europa. Ambicionávamos a Democraticidade e o Desenvolvimento. Já tínhamos Descolonizado.
Entre estes dois momentos, e finalizando o verão de todos os projectos, Novembro de 1975. É este o mês das nossas decisões. É este o mês do confronto final. Político, militar e social. É este o pináculo do conflito latente entre as realidades propostas. São as manifestações e contra manifestações; é a independência de Angola; é o cerco à Constituinte; é o debate dentro e fora dos plenários; são as grandes parangonas dos jornais anunciando novas auroras e denunciando velhos crimes; é a greve do VI Governo Provisório; é o 25 de Novembro.
Este ciclo de conferências propõe, assim, um olhar para esse decisivo mês. A 30 anos já iniciámos o processo de descompressão que permite a observação fria e descomprometida. O ciclo está fechado.
Nestas conferências, propomos duas dimensões de análise: uma apoiada na factualidade dos acontecimentos – e baseada nos episódios de 19 de Novembro –, e outra assente na visão política, proferida a 30 anos de distância.
O Clube «Loja de Ideias» apresenta-se como uma iniciativa não partidária e não ideológica e tem como objectivos contribuir para a construção de novos espaços de debate e intervenção política, fora dos círculos institucionais, visando uma melhor articulação entre a sociedade civil e a sociedade política e partidária. Em suma, ambiciona acrescentar planos interpretativos que possam contribuir para melhorar a definição de espaços públicos, partindo do estudo das relações de quem neles intervêm e procurando aperfeiçoar a relação entre o cidadão e a Cidade.

3 Comments:

Blogger Poesia Portuguesa said...

Em primero lugar: Parabéns pela música! Uma bela escolha. E o vídeo é lindo!

Sobre a proposta para sábado é pena ser em Lisboa...e eu estar no Norte...

Grata pela partilha ( ai esta música...) Vou ver se arranjo o link para a colocar no meu Blog...
;)

18/11/05 11:24  
Blogger manhã said...

Quando vi 19 de Dezembro, de repente pensei que se referia ao 18 de Dezembro e à greve dos profs!

19/11/05 12:35  
Blogger augustoM said...

Como a minha idade me permitiu viver todo esse percurso que debateram, vou apresentar algumas questões à sucessão dos acontecimentos.
25 de Abril de 1974- Abertura das portas ao modernismo e às possibilidades, certo, mas de quem e para quem?
Novembro de 1975- O momento da decisão, certo, mas não passou de tentavivas de assalto ao poder e que acabou por ser aproveitado pelos que queriamos ver desaparecer. Foi na prática uma contra revolução dentro da própria revolução. O oportunismo revolucionário. (Isto dá pano para as mangas, que hoje querem cortar).
Junho de 1985- Entrada na CEE, sem dúvida, concretizar parte dos sonhos de Abril, pois nem todos estavam interessados na adesão. Para os partidários (onde me incluo) era o iníciar do desenvolvimento, mas entrámos com o pé esquerdo.Aceitámos o caminho mais fácil e hipotecámos Portugal. A negociação para a nossa entrada foi simplesmente pensada no dinheiro que podiamos receber. E recebemos e muito, para além do alcatrão, quem viu e usufruiu do dinheiro? Hoje todos pagamos os juros desse dinheiro.
Tenho um post sobre o assunto que se estiver interessado em ler posso lho enviar, que se baseia na premissa: "Que Portugal teriamos hoje se quando entramos para a CEE não tivessemos recebido um tostão".
Esta para mim é a nossa questão maior.
Um abraço. Augusto

21/11/05 14:13  

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