Conspiracionismos III
A célebre ligação Judaico Maçónica e Comunista mundial deve-se a mitómanos como Leon Taxil e á I.C.A.R. que não sabendo mais do que condenar a Maçonaria, mete-a no mesmo saco que o Comunismo, mas estes primeiro acusam-na de Judaísmo, é certo que alguma base da mitologia simbólica judaica tem lugar de destaque nos trabalhos ritualistas das Irmandades Maçónicas, mas esta também deriva das tradições das antigas Ordens profissionais dos pedreiros franceses, escoceses ou ingleses e dos canteiros alemães que puseram em lugar de destaque várias passagens do velho testamento que se referiam à sua profissão e a mitos antigos que fundados na construção do Templo de Salomão o aplicavam à construção de seres humanos melhores. Esta ligação da Maçonaria ao Judaísmo e à suposta conspiração mundial comunista e judaica foi cultivada pelos movimentos de extrema direita por toda a Europa, apoiados por um substrato ideológico filiado no conservadorismo de sectores radicais da I.C.A.R. e de outras correntes conservadoras e radicais religiosas, tal como o Islamismo Radical ou os Evangélicos Radicais, destacando-se de entre estes alguém que também foi perseguido pelos Nazis e regimes fascistas mas que ainda hoje continua a acusar as Irmandades Maçónicas das piores barbaridades, as Testemunhas de Jeová ou os membros da Sociedade da Torre de Vigia.
O Comunismo foi um grande defensor da extinção da Maçonaria pois acreditava que esta era uma crença, e como "a religião é o ópio do povo", este era mais um ópio, bem como os Maçons na sua generalidade, são contra a luta de classes, defendem um interclassismo, mas haviam outras razões como sociedade secreta podia fazer frente ao seu poder totalitário incontestável bem como sendo composta por homens livres nunca aceitariam uma ditadura e sendo profundamente democráticos, os Maçons, seriam contra as ditaduras sejam estas de uma classe, de um partido ou de um homem.
As mesmas razões foram o motivo da perseguição que os Nazis moveram contra esta, alguns conspiracionistas levantam teorias absurdas de relações entre estes e as Irmandades Maçónicas, é certo que um grupo provavelmente pertencente à Sociedade de Tule deu origem aos mitos que eram seguidos tanto pelas altas esferas do Partido Nazi como pelas SS, a sua guarda de elite, e que algumas crenças ou mistérios partilhados por alguns Ritos das Irmandades Maçónicas sejam comuns, mas a Maçonaria e as suas Irmandades foram dissolvidas e todos os Irmãos foram perseguidos e muitos fuzilados sem julgamento, pelo regime Nazi e todos os regimes Fascistas, a I.C.A.R., nomeadamente em Portugal, Espanha, França, Itália e em alguns países do Leste da Europa ajudou-os avidamente nesse trabalho, resta dizer que Josemaria Escrivá de Balaguer, fundador do Opus Dei, gostava de dizer que muito piamente tinha denunciado uma Loja Maçónica na sua localidade, a quando da Guerra Civil de Espanha, e que todos os seus integrantes levaram o castigo "divino" de serem fuzilados.
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