O OUTRO LADO DA MOEDA!!!

9.18.2007

Começou a União Europeia Regional!!!

Vou deixar que trechos de um artigo de jornal intitulado "Amargas diferenças" (in EXPRESSO - 1.º Caderno, Edição 1820 de 15 de Setembro de 2007) que explica a realidade Belga actual, traduza por palavras o que se está a passar nesse país e o que poderá ser o inicio da construção de uma União Europeia Regional e não multinacional como hoje a vêmos, mesmo que não haja uma separação adia-se apenas o inevitável.
"(...) É esta última postura que as instituições europeias albergadas em Bruxelas parecem ter adoptado relativamente à mais recente crise ‘belgo-belga’. Desencadeada após as eleições em Junho, tem como pano de fundo a incapacidade de formação de um novo governo, face aos profundos desentendimentos entre as duas principais regiões, Flandres e Valónia.

Uma solução terá obrigatoriamente que passar por uma coligação multipartidária e nacional, mas as reivindicações de maior autonomia colocadas em cima da mesa pelos negociadores flamengos, onde algumas vozes defendem abertamente a independência, têm agudizado as tensões e inviabilizado um entendimento.

É desta que o casal se separa? E, caso isso aconteça, como é que as coisas se processariam ao nível da União Europeia (UE), da qual a Bélgica é membro fundador?
A Comissão Europeia opta pela discrição, pois qualquer intervenção seria “contraproducente, no momento actual”, afirmou ao Expresso uma fonte da instituição. Mas a reflexão é tentadora: “teria que se adaptar os Tratados...”, prossegue a mesma fonte, antes de se interromper abruptamente: “Não temos nenhum jurista a analisar cenários!”, pois a possibilidade “é de tal forma hipotética que não vale a pena especular”.
O assunto é tão sensível que outro diplomata europeu ouvido pelo Expresso apenas aceita referir-se-lhe “na qualidade de antigo estudante de direito internacional” para afirmar que também na instituição onde trabalha “não há nada pensado” sobre uma possível separação da Bélgica. Numa reflexão “pessoal e espontânea” nota que seria preciso estabelecer qual das novas entidades resultantes da divisão do país assumiria os direitos e obrigações da Bélgica. A outra, “em princípio”, teria que pedir novamente a adesão à UE.
Caroline Sagesser, investigadora do CRISP, um dos centros de investigação política mais reputados da Bélgica, estima que caso este cenário avançasse seriam de esperar “muitas pressões de outros países para o evitar”. E dá o exemplo da Espanha e da França, onde existem “vontades autonomistas” e que não gostariam de ver um precedente no seio do clube europeu. Mas esta investigadora acrescenta elementos que baralham ainda mais qualquer análise, nomeadamente a reacção da comunidade germanófila da Bélgica (cerca de 75 mil pessoas, com governo e parlamento próprios) e a situação de Bruxelas que está localizada na Flandres, mas cuja população é esmagadoramente francófona: “quem garante que o fim da Bélgica originaria apenas duas novas entidades?”.
No entanto, Sagesser considera que “se a Flandres quisesse realmente ser independente, isso já tinha acontecido”, pelo que a actual retórica separatista constitui “um meio de pressão para influenciar as negociações em curso”. Será?
O antigo estudante arruma o assunto da forma que melhor resume a atitude das instituições europeias perante o desagregar do lar que os acolhe: “se se separarem logo se vê, mas até lá é-nos indiferente”."

O autor deste artigo, Daniel do Rosário, desconhece com certeza que há mais países para além da Espanha ou da França em que tal cenário não seria visto com bons olhos, o actual Reino Unido é cada vez mais um Reino cada vez menos unido, à Itália nunca se pôde dar ao emaranhado de regiões estado natural um verdadeiro estatuto de nação, tal como a Austria ou a Alemanha que são e sempre foram uma aberração enquanto estados nacionais e o que dizer da Polónia com as suas minorias nacionais e regionais e que nem na opção religiosa é unida, como sempre nos fizeram crer.
E até aqui no seu actual país, seria uma benção para o desenvolvimento armonioso da Região Estado de Lisboa, Oeste e Vales do Tejo e Sado a independência das outras regiões que vivem economicamente à sua sombra:
Da Madeira em que o potenciais "Jaime Ramos" seriam apenas candidatos a ditadorzecos regionais a gritar não contra Lisboa mas contra Bruxelas, mas talvez não com tanto sucesso, pois o papão do inimigo comum não pega quando é assim tão grande, desonerando os Lisboetas dos 300 milhões de euros que todos os anos tem que avançar para cobrir os seus gastos farónicos.
Dos Açores que como região ultraperiférica e apostada numa agricultura de excelência, mantendo as suas tradições seculares insulares e aliada ao Turismo seja um exemplo de sucesso económico em contraponto à Madeira.
Do Norte de Portugal (que até se poderiam chamar de Portugal e juntar ou não com a Galiza), potenciais "Luis Felipe Menezes", "Narciso Miranda" ou "Valentim Loureiro" seriam com a sua demagogia e populismo bacoco seres que tentem chegar ao poder da sua região estado, agitando o papão do não investimento de Bruxelas sem ferir os ouvidos dos Lisboetas e suas regiões continuas com alarvidades constantes, espero igualmente que hajam potenciais "Rui Rio" ou "Elisa Ferreira" para os contrapor.
Das Beiras (Região Centro) que como uma região dinamica estabelecerá uma plataforma economica entre as regiões que nas suas Beiras a poderão desenvolver e esta desenvolver com elas, haja entendimento é que Coimbra será sem duvida a sua capital natural.
Do Alentejo que aliado à Extremadura (ou apenas fortemente associado a esta) poderá ser uma verdadeira região desenvolvida, bilingue com tradições próprias e uma enorme pujança economica.
E finalmente do Algarve que se poderia transformar num Reino, como já foi, agora no âmbito da Commonwealth, com quem reina no Reino dos Ingleses como seu soberano, eles até gostam tanto dos ingleses e tem lá tantos milhares que talvez não se importassem importar o seu sistema ditatorial de chefia de poder.